O desembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor sucroenergético caiu 59,5% em 2015 na comparação com 2014, de R$ 6,768 bilhões para R$ 2,744 bilhões.
De acordo com o gerente do Departamento de Biocombustíveis da instituição, Artur Yabe, a queda foi resultado dos juros mais altos e do atraso na liberação de recursos da linha para estocagem de etanol, que só saiu em setembro.
"Houve uma discussão orçamentária que levou mais tempo do que deveria, e o programa teve um lançamento tardio. Com isso, a janela de oportunidade para tomar esses recursos foi muito curta", afirmou nesta quarta-feira, 3, ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Em termos nominais, o valor é o menor desde o R$ 1,98 bilhão de 2006 e está bem longe dos R$ 7,6 bilhões de 2010.
Por área, o BNDES liberou R$ 893 milhões para o setor agrícola, que engloba basicamente o Prorenova, linha de financiamento voltada à renovação de canaviais. O montante representa recuo de 52% ante o R$ 1,871 bilhão de 2014 e, segundo Yabe, deveu-se ao corte de 50% no volume de recursos disponibilizados.
Quanto ao segmento industrial, que inclui produção de açúcar e etanol, o desembolso foi 65,8% menor, com R$ 1,635 bilhão - em 2014, havia sido de R$ 4,781 bilhões. Conforme destacado pelo gerente do BNDES, a menor demanda para armazenar álcool contribuiu para a queda. "Desembolsamos R$ 2 bilhões para estocagem em 2014 e, em 2015, apenas R$ 20 milhões", disse.
O único setor que apresentou aumento no total de recursos foi o de cogeração de energia elétrica. No total, foram liberados R$ 216 milhões para essa área no ano passado, 86,2% mais na comparação com os R$ 116 milhões de 2014. Para Yabe, esse incremento "já é uma evidência de que o setor sucroenergético está retomando pouco a pouco os investimentos". "Se tivermos mais uma safra de preços bons (para açúcar e etanol), haverá estímulo ao investimento, e o BNDES vai querer participar disso."
Futuro
De acordo com Yabe, ainda não há definições quanto à reedição das linhas de financiamento para 2016. O gerente do BNDES salientou, porém, que um eventual desembolso neste ano deve ficar entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões, em linha com o de 2015. "Se houver renovação (das linhas) e dependendo da demanda, esse montante pode ser maior", acrescentou.
No ano passado, as linhas para estocagem de etanol e renovação de canaviais foram anunciadas com o Plano Safra 2015/16, em junho. Foi disponibilizado R$ 1,5 bilhão para o Prorenova, metade na comparação com o ciclo anterior. Já para a estocagem, foram alocados os mesmos R$ 2 bilhões de 2014. Em ambos os casos, os juros foram elevados.
O desembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor sucroenergético caiu 59,5% em 2015 na comparação com 2014, de R$ 6,768 bilhões para R$ 2,744 bilhões.
De acordo com o gerente do Departamento de Biocombustíveis da instituição, Artur Yabe, a queda foi resultado dos juros mais altos e do atraso na liberação de recursos da linha para estocagem de etanol, que só saiu em setembro.
"Houve uma discussão orçamentária que levou mais tempo do que deveria, e o programa teve um lançamento tardio. Com isso, a janela de oportunidade para tomar esses recursos foi muito curta", afirmou nesta quarta-feira, 3, ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Em termos nominais, o valor é o menor desde o R$ 1,98 bilhão de 2006 e está bem longe dos R$ 7,6 bilhões de 2010.
Por área, o BNDES liberou R$ 893 milhões para o setor agrícola, que engloba basicamente o Prorenova, linha de financiamento voltada à renovação de canaviais. O montante representa recuo de 52% ante o R$ 1,871 bilhão de 2014 e, segundo Yabe, deveu-se ao corte de 50% no volume de recursos disponibilizados.
Quanto ao segmento industrial, que inclui produção de açúcar e etanol, o desembolso foi 65,8% menor, com R$ 1,635 bilhão - em 2014, havia sido de R$ 4,781 bilhões. Conforme destacado pelo gerente do BNDES, a menor demanda para armazenar álcool contribuiu para a queda. "Desembolsamos R$ 2 bilhões para estocagem em 2014 e, em 2015, apenas R$ 20 milhões", disse.
O único setor que apresentou aumento no total de recursos foi o de cogeração de energia elétrica. No total, foram liberados R$ 216 milhões para essa área no ano passado, 86,2% mais na comparação com os R$ 116 milhões de 2014. Para Yabe, esse incremento "já é uma evidência de que o setor sucroenergético está retomando pouco a pouco os investimentos". "Se tivermos mais uma safra de preços bons (para açúcar e etanol), haverá estímulo ao investimento, e o BNDES vai querer participar disso."
Futuro
De acordo com Yabe, ainda não há definições quanto à reedição das linhas de financiamento para 2016. O gerente do BNDES salientou, porém, que um eventual desembolso neste ano deve ficar entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões, em linha com o de 2015. "Se houver renovação (das linhas) e dependendo da demanda, esse montante pode ser maior", acrescentou.
No ano passado, as linhas para estocagem de etanol e renovação de canaviais foram anunciadas com o Plano Safra 2015/16, em junho. Foi disponibilizado R$ 1,5 bilhão para o Prorenova, metade na comparação com o ciclo anterior. Já para a estocagem, foram alocados os mesmos R$ 2 bilhões de 2014. Em ambos os casos, os juros foram elevados.