Os desembolsos em infraestrutura no total das operações diretas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) saltaram de 15% em 2008 para 31% em 2014. A previsão do banco é que essa fatia avance para 40% em 2017. São financiamentos a longo prazo, que contribuíram para fazer os contratos com prazos de amortização superior a dez anos saltarem de 9% entre as novas operações ao fim de 2008 para 28% em julho deste ano.
Essa mudança no perfil das operações de crédito, diz Marcelo Miterhof, economista da área de planejamento do BNDES, requer que o banco se capacite a ter recursos de longo prazo que acompanhem o ciclo de investimento em infraestrutura. "Esses projetos estão apontando para cima e decolando." Segundo ele, essa foi a principal razão para uma renegociação de R$ 194,2 bilhões em dívidas do banco com o Tesouro Nacional em março deste ano.
A renegociação envolveu oito contratos assinados entre 2000 e 2010 que, com ampliação de prazos de carência e de amortização, resultou em um custo adicional ao Tesouro que pode chegar a R$ 40 bilhões, segundo cálculos de analistas. A conta leva em consideração o valor presente dos contratos após a renegociação e o valor presente nas condições anteriores, usando como taxa de desconto a Selic, que expressa o custo de captação do Tesouro no mercado.
O impacto acontece porque com a repactuação foi estabelecida carência integral de juros até março de 2020 e do principal até março de 2040. Na renegociação, os juros foram definidos em TJLP, com trava de 6%.
Segundo Marcelo Nascimento, economista da área de pesquisa e acompanhamento econômico do banco, os prazos mais largos de carência acompanham o ritmos dos desembolsos que o banco deverá ter ao longo de financiamentos relacionados à infraestrutura, que têm grande processo de maturação. "Não há contabilidade criativa", diz.
Arthur Nunes, economista da área financeira do banco, diz que o alongamentos dos prazos de carência para os juros não geram maior lucro para o banco. Ele explica que os juros são contabilizados em regime de competência e não de caixa e, por isso, a renegociação não traz impacto para o resultado do banco.
Nunes lembra ainda que a trava de 6% na TJLP no fluxo de pagamento de juros foi aplicada na renegociação para espelhar as condições aplicadas desde 2009 de juros cobrados pelo BNDES nas operações de crédito para os clientes.
Os desembolsos em infraestrutura no total das operações diretas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) saltaram de 15% em 2008 para 31% em 2014. A previsão do banco é que essa fatia avance para 40% em 2017. São financiamentos a longo prazo, que contribuíram para fazer os contratos com prazos de amortização superior a dez anos saltarem de 9% entre as novas operações ao fim de 2008 para 28% em julho deste ano.
Essa mudança no perfil das operações de crédito, diz Marcelo Miterhof, economista da área de planejamento do BNDES, requer que o banco se capacite a ter recursos de longo prazo que acompanhem o ciclo de investimento em infraestrutura. "Esses projetos estão apontando para cima e decolando." Segundo ele, essa foi a principal razão para uma renegociação de R$ 194,2 bilhões em dívidas do banco com o Tesouro Nacional em março deste ano.
A renegociação envolveu oito contratos assinados entre 2000 e 2010 que, com ampliação de prazos de carência e de amortização, resultou em um custo adicional ao Tesouro que pode chegar a R$ 40 bilhões, segundo cálculos de analistas. A conta leva em consideração o valor presente dos contratos após a renegociação e o valor presente nas condições anteriores, usando como taxa de desconto a Selic, que expressa o custo de captação do Tesouro no mercado.
O impacto acontece porque com a repactuação foi estabelecida carência integral de juros até março de 2020 e do principal até março de 2040. Na renegociação, os juros foram definidos em TJLP, com trava de 6%.
Segundo Marcelo Nascimento, economista da área de pesquisa e acompanhamento econômico do banco, os prazos mais largos de carência acompanham o ritmos dos desembolsos que o banco deverá ter ao longo de financiamentos relacionados à infraestrutura, que têm grande processo de maturação. "Não há contabilidade criativa", diz.
Arthur Nunes, economista da área financeira do banco, diz que o alongamentos dos prazos de carência para os juros não geram maior lucro para o banco. Ele explica que os juros são contabilizados em regime de competência e não de caixa e, por isso, a renegociação não traz impacto para o resultado do banco.
Nunes lembra ainda que a trava de 6% na TJLP no fluxo de pagamento de juros foi aplicada na renegociação para espelhar as condições aplicadas desde 2009 de juros cobrados pelo BNDES nas operações de crédito para os clientes.