A partir da semana que vem uma nova leva de operações de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) deve começar a ser anunciada ao mercado, incluindo uma operação que pode superar R$ 1 bilhão da BRF, além de outros R$ 500 milhões da Suzano Papel e Celulose, apurou o Broadcast. Estão previstas ainda emissões da Fibria e da Raízen, sendo esta última em torno de R$ 500 milhões.
A primeira captação da Raízen, que totalizou R$ 675 milhões, foi concluída em outubro de 2014. Aproveitando a boa recepção, outra emissão de CRAs – essa com o objetivo de captar, pelo menos, R$ 500 milhões, foi anunciada em abril de 2015.
No momento, além da quantidade de operações que estão sendo anunciadas, chama a atenção o fato de que, apesar da crise no crédito ser uma das piores em pelo menos uma década, essas companhias estão captando a custo inferior ao de operações feitas no ano passado. A BRF, por exemplo, irá oferecer aos investidores remuneração teto de 96,5% do CDI, inferior aos 97% de captação feita com o mesmo instrumento em 2015, segundo fontes. A Suzano estipulou como teto 100% do CDI e, no ano passado, emitiu a 101% do CDI.
"A demanda tem sido grande por papéis isentos em geral, não há muita opção, e o CRA é o melhor deles nesse momento", disse fonte de uma securitizadora. Na colocação feita em fevereiro pela Bayer, de R$ 100 milhões, a demanda teria alcançado algo próximo de R$ 4 bilhões, de acordo com o mercado. A remuneração ficou no piso da banda prevista, de 0,29% acima da taxa CDI. O teto era 1,39% sobre o CDI.
"Apesar da grande demanda, os investidores são seletivos e é preciso que os ratings e a estrutura da operação sejam excelentes", acrescentou. Mesmo que haja um público grande de interessados, as próximas operações que se encontram no pipeline dos bancos estruturadores serão distribuídas gradualmente para evitar "congestionamento" nas family offices, nos gestores de fortunas e áreas de private banking.
De acordo com o Valor Econômico a partir dados da Cetip, o estoque investido em CRAs mais do que triplicou entre janeiro e dezembro de 2015, chegando a R$ 6,4 bilhões. Ainda que esteja longe do volume da parente mais conhecida, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), com quase R$ 200 bilhões, o papel chama a atenção pelo crescimento acelerado, inclusive no varejo. O retorno pode ser interessante, disseram os alocadores consultados pelo jornal. O perigo é somente a carona no sucesso da prima mais famosa, que tem características muito diferentes, especialmente quanto ao risco.
Ainda segundo o Valor, para Rubens Machado, da equipe de renda fixa da XP Investimentos, as primeiras emissões da Raízen, no fim de 2014, representaram um marco na história dos certificados. “O mercado tinha um preconceito com a emissão de CRAs porque não acreditava que teria liquidez no secundário. Provamos que ela pode ser alcançada por meio da pulverização”, diz, em referência à distribuição para um grande número de investidores.
Agora, na semana que vem, no dia 11, acontece o bookbuilding da emissão de R$ 500 milhões em CRAs da Duratex, lastreados por recebíveis de sua unidade florestal. A remuneração teto oferecida é de 102,50% do CDI.
A expectativa do mercado é de que o volume emitido este ano supere os R$ 6,3 bilhões do ano passado. Na verdade, alguns sugerem que esse número possa ser batido até o final do primeiro semestre, dado o volume de interessados no instrumento este ano. Seguramente, é possível que estimar que pelo menos R$ 3,5 bilhões venham a mercado até maio, na opinião de vários estruturadores.
A partir da semana que vem uma nova leva de operações de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) deve começar a ser anunciada ao mercado, incluindo uma operação que pode superar R$ 1 bilhão da BRF, além de outros R$ 500 milhões da Suzano Papel e Celulose, apurou o Broadcast. Estão previstas ainda emissões da Fibria e da Raízen, sendo esta última em torno de R$ 500 milhões.
A primeira captação da Raízen, que totalizou R$ 675 milhões, foi concluída em outubro de 2014. Aproveitando a boa recepção, outra emissão de CRAs – essa com o objetivo de captar, pelo menos, R$ 500 milhões, foi anunciada em abril de 2015.
No momento, além da quantidade de operações que estão sendo anunciadas, chama a atenção o fato de que, apesar da crise no crédito ser uma das piores em pelo menos uma década, essas companhias estão captando a custo inferior ao de operações feitas no ano passado. A BRF, por exemplo, irá oferecer aos investidores remuneração teto de 96,5% do CDI, inferior aos 97% de captação feita com o mesmo instrumento em 2015, segundo fontes. A Suzano estipulou como teto 100% do CDI e, no ano passado, emitiu a 101% do CDI.
"A demanda tem sido grande por papéis isentos em geral, não há muita opção, e o CRA é o melhor deles nesse momento", disse fonte de uma securitizadora. Na colocação feita em fevereiro pela Bayer, de R$ 100 milhões, a demanda teria alcançado algo próximo de R$ 4 bilhões, de acordo com o mercado. A remuneração ficou no piso da banda prevista, de 0,29% acima da taxa CDI. O teto era 1,39% sobre o CDI.
"Apesar da grande demanda, os investidores são seletivos e é preciso que os ratings e a estrutura da operação sejam excelentes", acrescentou. Mesmo que haja um público grande de interessados, as próximas operações que se encontram no pipeline dos bancos estruturadores serão distribuídas gradualmente para evitar "congestionamento" nas family offices, nos gestores de fortunas e áreas de private banking.
De acordo com o Valor Econômico a partir dados da Cetip, o estoque investido em CRAs mais do que triplicou entre janeiro e dezembro de 2015, chegando a R$ 6,4 bilhões. Ainda que esteja longe do volume da parente mais conhecida, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), com quase R$ 200 bilhões, o papel chama a atenção pelo crescimento acelerado, inclusive no varejo. O retorno pode ser interessante, disseram os alocadores consultados pelo jornal. O perigo é somente a carona no sucesso da prima mais famosa, que tem características muito diferentes, especialmente quanto ao risco.
Ainda segundo o Valor, para Rubens Machado, da equipe de renda fixa da XP Investimentos, as primeiras emissões da Raízen, no fim de 2014, representaram um marco na história dos certificados. “O mercado tinha um preconceito com a emissão de CRAs porque não acreditava que teria liquidez no secundário. Provamos que ela pode ser alcançada por meio da pulverização”, diz, em referência à distribuição para um grande número de investidores.
Agora, na semana que vem, no dia 11, acontece o bookbuilding da emissão de R$ 500 milhões em CRAs da Duratex, lastreados por recebíveis de sua unidade florestal. A remuneração teto oferecida é de 102,50% do CDI.
A expectativa do mercado é de que o volume emitido este ano supere os R$ 6,3 bilhões do ano passado. Na verdade, alguns sugerem que esse número possa ser batido até o final do primeiro semestre, dado o volume de interessados no instrumento este ano. Seguramente, é possível que estimar que pelo menos R$ 3,5 bilhões venham a mercado até maio, na opinião de vários estruturadores.