Dólar rompe máxima histórica e é negociado acima de R$ 4,02

22/09/2015 Economia POR: Valor Econômico
Por Lucinda Pinto 
O dólar comercial iniciou o dia rompendo o teto de R$ 4 e cravando o maior patamar intradia desde a adoção do câmbio flutuante, em 1999. Em outubro de 2002, a cotação bateu R$ 4,005. Às 10h23, a moeda era negociada a R$ 4,0417, alta de 1,56%. Pouco antes, marcou a máxima histórica de R$ 4,0422. O que está por trás desse movimento é ainda a preocupação com o rumo do ajuste fiscal. E o noticiário é considerado negativo.
O adiamento do envio da proposta da CPMF ao Congresso e sinais de distanciamento entre o Executivo e o PMDB são citados como pontos que acrescentam tensão. Também há expectativa pela votação da pauta bomba: hoje o Congresso pode votar 32 vetos presidenciais que, se derrubados, afetam a situação fiscal. Estudos do governo mostram que a eventual derrubada dos vetos presidenciais pelos parlamentares implicaria um rombo estimado em R$ 127,8 bilhões em quatro anos. 
Também vale lembrar que, hoje o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebe representantes da agência de classificação de risco Fitch. Nos últimos dois pregões, rumores de que a agência rebaixaria o rating do Brasil ¬ talvez até em dois degraus ¬ têm servido de argumento para a disparada do dólar e dos juros futuros. O fato de o dólar alcançar a marca de R$ 4 tem importância também do ponto de vista técnico. Esse nível aciona ordens de stop-loss (ordens de interrupção de perdas) e zeragem de posição, o que acaba potencializando a alta da cotação. 
Além das questões domésticas, o câmbio sofre pressão do ambiente externo nesta manhã, onde as moedas de outras países emergentes também operam em queda firme em relação ao dólar. A preocupação com o quadro econômico global e as incertezas sobre qual deve ser o rumo da política monetária americana no curto prazo geram uma onda de desvalorização tanto de commodities como de moedas de países que produzem e exportam essas matérias-primas. 
Por volta das 10 horas, o dólar subia 1,55% em relação ao rand sul¬africano, avançava 0,92% ante o peso mexicano, ganhava 0,91% da lira turca e tinha ganho de 0,29% ante a rupia indiana. Na comparação ao dólar canadense, o dólar subia 0,16%, enquanto o dólar australiano cedia 0,67% na comparação à divisa americana. 
Por Lucinda Pinto 
O dólar comercial iniciou o dia rompendo o teto de R$ 4 e cravando o maior patamar intradia desde a adoção do câmbio flutuante, em 1999. Em outubro de 2002, a cotação bateu R$ 4,005. Às 10h23, a moeda era negociada a R$ 4,0417, alta de 1,56%. Pouco antes, marcou a máxima histórica de R$ 4,0422. O que está por trás desse movimento é ainda a preocupação com o rumo do ajuste fiscal. E o noticiário é considerado negativo.
O adiamento do envio da proposta da CPMF ao Congresso e sinais de distanciamento entre o Executivo e o PMDB são citados como pontos que acrescentam tensão. Também há expectativa pela votação da pauta bomba: hoje o Congresso pode votar 32 vetos presidenciais que, se derrubados, afetam a situação fiscal. Estudos do governo mostram que a eventual derrubada dos vetos presidenciais pelos parlamentares implicaria um rombo estimado em R$ 127,8 bilhões em quatro anos. 
Também vale lembrar que, hoje o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebe representantes da agência de classificação de risco Fitch. Nos últimos dois pregões, rumores de que a agência rebaixaria o rating do Brasil ¬ talvez até em dois degraus ¬ têm servido de argumento para a disparada do dólar e dos juros futuros. O fato de o dólar alcançar a marca de R$ 4 tem importância também do ponto de vista técnico. Esse nível aciona ordens de stop-loss (ordens de interrupção de perdas) e zeragem de posição, o que acaba potencializando a alta da cotação. 
Além das questões domésticas, o câmbio sofre pressão do ambiente externo nesta manhã, onde as moedas de outras países emergentes também operam em queda firme em relação ao dólar. A preocupação com o quadro econômico global e as incertezas sobre qual deve ser o rumo da política monetária americana no curto prazo geram uma onda de desvalorização tanto de commodities como de moedas de países que produzem e exportam essas matérias-primas. 
Por volta das 10 horas, o dólar subia 1,55% em relação ao rand sul¬africano, avançava 0,92% ante o peso mexicano, ganhava 0,91% da lira turca e tinha ganho de 0,29% ante a rupia indiana. Na comparação ao dólar canadense, o dólar subia 0,16%, enquanto o dólar australiano cedia 0,67% na comparação à divisa americana.