DSM e Poet dão largada em etanol celulósico

05/09/2014 Etanol POR: Valor Econômico
Com investimentos de US$ 275 milhões, a empresa holandesa DSM e a americana Poet, maior produtora de etanol dos Estados Unidos, saem na frente e colocam em funcionamento hoje a primeira planta de etanol celulósico em escala comercial dos Estados Unidos. A unidade, fruto de uma joint venture entre as duas companhias, terá capacidade para produzir por ano cerca de 75 milhões de litros do biocombustível feito a partir de "resíduos" da colheita do milho, como sabugo, folhas, casca e talos.
Também estão previstas para começar a operar em 2014 nos EUA unidades de etanol de segunda geração da espanhola Abengoa, no Kansas, da DuPont e da Quad County Corn Processors, também em Iowa. No Brasil, a expectativa é que a unidade de etanol de segunda geração da Granbio (Bioflex), prevista inicialmente para começar a operar no primeiro trimestre, entre em operação ainda neste ano. A usina da Raízen (Cosan / Shell) também é aguardada para 2014.
Sem revelar o custo de produção por litro de etanol da nova planta, o presidente da DSM para a América Latina, Antônio Ruy Freire, garantiu que o projeto já tem viabilidade econômica nos Estados Unidos, onde o etanol celulósico é vendido com um prêmio sobre o etanol de primeira geração. "No caso do Brasil, o problema não é de custo, mas de preço de venda", diz o executivo referindo-se ao teto que o preço da gasolina impõe ao etanol no Brasil.
Do total investido no projeto, a DSM participou com US$ 150 milhões, por meio de capital próprio e financiamento. O restante foi aplicado pela americana. O plano das duas empresas é comercializar o pacote tecnológico com empresas que pretendam produzir etanol celulósico em outros lugares do mundo. Freire garante que a tecnologia já está pronta para ser replicada com retorno financeiro.
"O que faremos a partir de agora é adquirir mais conhecimento de como o processo funciona. É como um software de computador. É preciso fazer 'updates' para melhorar a aplicação da tecnologia", comparou.
Além de receita com a venda do próprio etanol celulósico e com a venda da tecnologia - já patenteada pelas duas empresas - a DSM e a Poet não descartam construir no futuro uma fábrica de químicos a partir da biomassa do milho nos Estados Unidos.
A unidade que entra hoje em operação fica em Emmetsburg, no Estado de Iowa, cinturão do milho americano. Por ano, as empresas vão comprar US$ 20 milhões em biomassa, que será originada em fazendas a um raio médio de 70 quilômetros da fábrica - que num segundo momento pode atingir produção de 90 milhões de litros por ano.
A nova planta usará enzimas e leveduras desenvolvidas e patenteadas pela holandesa, explica o diretor de biotecnologia da DSM no Brasil, Marcelo Castañares. No mercado brasileiro, a DSM tem contrato de fornecimento de leveduras para a usina Bioflex, da Granbio, que usará bagaço e palha de cana para fabricar etanol celulósico.
Com forte atuação no Brasil nos mercados de nutrição animal e humana, a DSM teve uma receita líquida global em 2013 € de 9 bilhões. Líder na produção de etanol nos Estados Unidos, a Poet já está em tratativas para construir uma planta de etanol de milho de primeira geração em Mato Grosso do Sul, segundo informações do governo do Estado.
Com investimentos de US$ 275 milhões, a empresa holandesa DSM e a americana Poet, maior produtora de etanol dos Estados Unidos, saem na frente e colocam em funcionamento hoje a primeira planta de etanol celulósico em escala comercial dos Estados Unidos. A unidade, fruto de uma joint venture entre as duas companhias, terá capacidade para produzir por ano cerca de 75 milhões de litros do biocombustível feito a partir de "resíduos" da colheita do milho, como sabugo, folhas, casca e talos.
Também estão previstas para começar a operar em 2014 nos EUA unidades de etanol de segunda geração da espanhola Abengoa, no Kansas, da DuPont e da Quad County Corn Processors, também em Iowa. No Brasil, a expectativa é que a unidade de etanol de segunda geração da Granbio (Bioflex), prevista inicialmente para começar a operar no primeiro trimestre, entre em operação ainda neste ano. A usina da Raízen (Cosan / Shell) também é aguardada para 2014.
Sem revelar o custo de produção por litro de etanol da nova planta, o presidente da DSM para a América Latina, Antônio Ruy Freire, garantiu que o projeto já tem viabilidade econômica nos Estados Unidos, onde o etanol celulósico é vendido com um prêmio sobre o etanol de primeira geração. "No caso do Brasil, o problema não é de custo, mas de preço de venda", diz o executivo referindo-se ao teto que o preço da gasolina impõe ao etanol no Brasil.
Do total investido no projeto, a DSM participou com US$ 150 milhões, por meio de capital próprio e financiamento. O restante foi aplicado pela americana. O plano das duas empresas é comercializar o pacote tecnológico com empresas que pretendam produzir etanol celulósico em outros lugares do mundo. Freire garante que a tecnologia já está pronta para ser replicada com retorno financeiro.
"O que faremos a partir de agora é adquirir mais conhecimento de como o processo funciona. É como um software de computador. É preciso fazer 'updates' para melhorar a aplicação da tecnologia", comparou.
Além de receita com a venda do próprio etanol celulósico e com a venda da tecnologia - já patenteada pelas duas empresas - a DSM e a Poet não descartam construir no futuro uma fábrica de químicos a partir da biomassa do milho nos Estados Unidos.
A unidade que entra hoje em operação fica em Emmetsburg, no Estado de Iowa, cinturão do milho americano. Por ano, as empresas vão comprar US$ 20 milhões em biomassa, que será originada em fazendas a um raio médio de 70 quilômetros da fábrica - que num segundo momento pode atingir produção de 90 milhões de litros por ano.
A nova planta usará enzimas e leveduras desenvolvidas e patenteadas pela holandesa, explica o diretor de biotecnologia da DSM no Brasil, Marcelo Castañares. No mercado brasileiro, a DSM tem contrato de fornecimento de leveduras para a usina Bioflex, da Granbio, que usará bagaço e palha de cana para fabricar etanol celulósico.
Com forte atuação no Brasil nos mercados de nutrição animal e humana, a DSM teve uma receita líquida global em 2013 € de 9 bilhões. Líder na produção de etanol nos Estados Unidos, a Poet já está em tratativas para construir uma planta de etanol de milho de primeira geração em Mato Grosso do Sul, segundo informações do governo do Estado.