O mês: o mês trouxe boas notícias ao agro brasileiro. Os preços das commodities agrícolas se valorizaram 21% no mês, recuperando as perdas dos últimos 12 meses. Uma perspectiva de melhoria na situação da Europa, com o acordo feito entre seus líderes, somadas ao apetite Chinês e os problemas de seca nos EUA recuperaram os preços e as margens. Com o novo câmbio, muito mais reais entrarão na economia brasileira. Pena que não sou produtor de soja...
Agronegócio e a meta dos US$ 100 bilhões em exportações em 2012: Após a recuperação das exportações do agro no mês de maio, em junho ocorre queda nas exportações quando comparado com junho de 2011. As exportações (US$ 8,07 bilhões), se comparadas com o mesmo período do ano passado (US$ 8,91 bilhões), caíram 9,4%. O complexo sucroenergético também seguiu esta tendência de queda, diminuindo seu valor exportado em 34,3%. O açúcar foi o grande responsável pela queda, reduzindo 37,1%, enquanto o etanol teve pequeno crescimento (1,6%).
O valor exportado acumulado no ano (US$ 44,8 bilhões) aumentou 3,7% quando comparado o mesmo período de 2011 (US$ 43,2 bilhões), o que contribui para um saldo positivo de US$ 36,8 bilhões (5,7% maior que o mesmo período em 2011). Este valor acumulado levou as exportações a alcançarem 44,8% da meta dos US$ 100 bilhões para o ano de 2012. Vamos chegar lá.
Empresas: interessante ver que avança a terceirização da colheita de cana. Uma das empresas que trabalha na atividade, a JSL, já estima faturar R$ 250 milhões em 2012 fazendo este serviço para 6 milhões de toneladas de cana. Mais de R$ 600 milhões foram investidos por duas empresas em infra-estrutura para este serviço, além da JSL, a AQCES. Isto permite a usina e a fornecedores ficarem mais leves. Eu gosto muito destes modelos contratuais bem orquestrados onde “cada macaco cuida do seu galho”.
Pessoas Canavieiras (homenagem): Estava tranquilo conversando com meu amigo Marcos Jank num hotel de Ribeirão Preto antes de uma palestra e eis que encontramos nosso Professor, com “P” maiúsculo, José Paulo Stupiello, dando um treinamento. Sempre à frente da Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (STAB), entidade que promove o intercâmbio científico, técnico e cultural entre as diversas regiões produtoras de cana-de-açúcar do país e do exterior, é um verdadeiro ícone em tecnologia de açúcar e etanol, muita produtividade tivemos graças aos times coordenados pelo Prof. Stupiello, o homenageado do mês!
Aprendizado de Viagem: neste mês o convite para uma palestra aos produtores de maçã e uva/vinho tornou possível conhecer a região de Vacaria, no Rio Grande do Sul. Uma região muito bonita para ser visitada. Muito interessante o trabalho feito com a maçã, com tecnologias de espaçamento e produtividade sendo copiadas pelo mundo. Fiquei admirado com um trabalho forte e integrativo entre a EMBRAPA e técnicos locais, junto com os pomares e packing-houses. O vinho também vem ganhando cada vez mais qualidade, pena que para nós chega com preço elevado, devido à gigantesca carga de impostos existentes. Me lembrou da foto anexa, que achei na internet...
Mercado de Cana: Passou mais um mês e nada ainda aconteceu das medidas necessárias ao setor. Fiz um texto bem crítico, convido-os a lerem nesta edição. É impressionante a falta de sensibilidade do Governo Federal. Porém, começo a acreditar numa recuperação do açúcar, o que seria um alento. O consumo segue forte e existem sinais que a Índia não produzirá o estimado, além do atraso na safra brasileira. Podemos ter boas notícias no segundo semestre.
Haja limão: fico atônito com os surtos psicóticos da diplomacia brasileira, como no caso do impeachment do presidente do Paraguai. O Paraguai não levou apenas 36 horas para tirar um presidente incompetente. Levou 3 anos. E o fez democraticamente, com apoio quase que total dos Deputados e Senadores e praticamente sem nenhuma manifestação popular contrária. A nós cabe aceitar imediatamente o resultado deste importante parceiro comercial e produtivo do Brasil, e não ficar com esta ideologia retrograda e reféns de Chaves da vida, que inclusive incitaram golpe no país. Na confusão, colocaram a Venezuela para dentro do Mercosul. Que lambança. Como disse o editorial do Estadão (03/07/12) foi “mais uma decisão desastrada e vergonhosa para a diplomacia brasileira... “O duro é que o salário desta turma toda sai dos impostos pagos pela cadeia da cana.
Até a próxima!
O mês: o mês trouxe boas notícias ao agro brasileiro. Os preços das commodities agrícolas se valorizaram 21% no mês, recuperando as perdas dos últimos 12 meses. Uma perspectiva de melhoria na situação da Europa, com o acordo feito entre seus líderes, somadas ao apetite Chinês e os problemas de seca nos EUA recuperaram os preços e as margens. Com o novo câmbio, muito mais reais entrarão na economia brasileira. Pena que não sou produtor de soja...
Agronegócio e a meta dos US$ 100 bilhões em exportações em 2012: Após a recuperação das exportações do agro no mês de maio, em junho ocorre queda nas exportações quando comparado com junho de 2011. As exportações (US$ 8,07 bilhões), se comparadas com o mesmo período do ano passado (US$ 8,91 bilhões), caíram 9,4%. O complexo sucroenergético também seguiu esta tendência de queda, diminuindo seu valor exportado em 34,3%. O açúcar foi o grande responsável pela queda, reduzindo 37,1%, enquanto o etanol teve pequeno crescimento (1,6%).
O valor exportado acumulado no ano (US$ 44,8 bilhões) aumentou 3,7% quando comparado o mesmo período de 2011 (US$ 43,2 bilhões), o que contribui para um saldo positivo de US$ 36,8 bilhões (5,7% maior que o mesmo período em 2011). Este valor acumulado levou as exportações a alcançarem 44,8% da meta dos US$ 100 bilhões para o ano de 2012. Vamos chegar lá.
Empresas: interessante ver que avança a terceirização da colheita de cana. Uma das empresas que trabalha na atividade, a JSL, já estima faturar R$ 250 milhões em 2012 fazendo este serviço para 6 milhões de toneladas de cana. Mais de R$ 600 milhões foram investidos por duas empresas em infra-estrutura para este serviço, além da JSL, a AQCES. Isto permite a usina e a fornecedores ficarem mais leves. Eu gosto muito destes modelos contratuais bem orquestrados onde “cada macaco cuida do seu galho”.
Pessoas Canavieiras (homenagem): Estava tranquilo conversando com meu amigo Marcos Jank num hotel de Ribeirão Preto antes de uma palestra e eis que encontramos nosso Professor, com “P” maiúsculo, José Paulo Stupiello, dando um treinamento. Sempre à frente da Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (STAB), entidade que promove o intercâmbio científico, técnico e cultural entre as diversas regiões produtoras de cana-de-açúcar do país e do exterior, é um verdadeiro ícone em tecnologia de açúcar e etanol, muita produtividade tivemos graças aos times coordenados pelo Prof. Stupiello, o homenageado do mês!
Aprendizado de Viagem: neste mês o convite para uma palestra aos produtores de maçã e uva/vinho tornou possível conhecer a região de Vacaria, no Rio Grande do Sul. Uma região muito bonita para ser visitada. Muito interessante o trabalho feito com a maçã, com tecnologias de espaçamento e produtividade sendo copiadas pelo mundo. Fiquei admirado com um trabalho forte e integrativo entre a EMBRAPA e técnicos locais, junto com os pomares e packing-houses. O vinho também vem ganhando cada vez mais qualidade, pena que para nós chega com preço elevado, devido à gigantesca carga de impostos existentes. Me lembrou da foto anexa, que achei na internet...
Mercado de Cana: Passou mais um mês e nada ainda aconteceu das medidas necessárias ao setor. Fiz um texto bem crítico, convido-os a lerem nesta edição. É impressionante a falta de sensibilidade do Governo Federal. Porém, começo a acreditar numa recuperação do açúcar, o que seria um alento. O consumo segue forte e existem sinais que a Índia não produzirá o estimado, além do atraso na safra brasileira. Podemos ter boas notícias no segundo semestre.
Haja limão: fico atônito com os surtos psicóticos da diplomacia brasileira, como no caso do impeachment do presidente do Paraguai. O Paraguai não levou apenas 36 horas para tirar um presidente incompetente. Levou 3 anos. E o fez democraticamente, com apoio quase que total dos Deputados e Senadores e praticamente sem nenhuma manifestação popular contrária. A nós cabe aceitar imediatamente o resultado deste importante parceiro comercial e produtivo do Brasil, e não ficar com esta ideologia retrograda e reféns de Chaves da vida, que inclusive incitaram golpe no país. Na confusão, colocaram a Venezuela para dentro do Mercosul. Que lambança. Como disse o editorial do Estadão (03/07/12) foi “mais uma decisão desastrada e vergonhosa para a diplomacia brasileira... “O duro é que o salário desta turma toda sai dos impostos pagos pela cadeia da cana.
Até a próxima!