A Echoenergia, companhia recém-criada pela gestora britânica Actis, vai anunciar hoje a aquisição de dois complexos eólicos da Casa dos Ventos, que somam 346 megawatts (MW) de potência já em operação. Esse é o primeiro passo do plano da empresa de se consolidar entre os maiores investidores no setor eólico do Brasil.
Vendedor e comprador dos ativos não revelaram o valor da operação. Para se ter uma ideia do tamanho potencial da operação, o complexo eólico Alto Sertão II, de 386 MW, foi avaliado em cerca de R$ 1,8 bilhão pela AES Tietê no acordo de compra da Renova Energia. Diferentemente da Renova, que enfrenta severa crise financeira, a Casa dos Ventos não tinha pressa em se desfazer dos ativos, pois os recursos servirão para futuros investimentos em novos projetos por parte da companhia.
"A Echoenergia será o veículo de investimentos em eólica no Brasil", disse Sérgio Brandão, diretor de energia da Actis no Brasil. "A aquisição marca o início da empresa e é a primeira de uma série que poderão ocorrer", completou. Além da Echoenergia, a Actis está no setor de energias renováveis do Brasil por meio de outros dois veículos. A gestora é controladora da Atlantic, que tem cerca de 650 MW em projetos, sendo dois terços em operação e um terço em construção,
e da Atlas Renewable, herdeira dos projetos de energia solar da SunEdison na América Latina. No Brasil, são 220 MW de energia solar ainda em construção.
Os investimentos da Echoenergia e da Atlas Renewable vieram do mesmo fundo lançado pela Actis em 2017, envolvendo US$ 3 bilhões em recursos.
Embora a Actis não descarte voltar a participar de leilões de novos projetos com a Atlantic, o foco agora é no crescimento do portfólio da Echoenergia. Dentro de um a dois meses, a companhia espera fechar uma nova aquisição de ativos de geração eólica também operacionais. "Isso vai tornar a Echoenergia a segunda maior do país em geração eólica", disse Brandão. Ele, porém, não revelou quais ativos a empresa está negociando a compra."Estamos falando em montar uma empresa que vai ter de 1,2 GW a 1,5 GW em operação daqui a três ou cinco anos", disse Edgard Corrochano, presidente da Echoenergia e que comandava no Brasil a fabricante de turbinas eólicas Gamesa até o início do ano. Meta da companhia é atingir entre 1,2 GW e 1,5 GW em ativos em operação nos próximos três a cinco anos.
A Echoenergia está preparada para atingir essa potência instalada por meio de fusões e aquisições ou em leilões de energia nova. "Se tiver um leilão no fim deste ano ou começo do próximo podemos participar. O fato de termos uma massa grandede ativos operacionais nos ajuda muito", disse Brandão.
Para a Casa dos Ventos, a venda representa uma oportunidade de "reciclar capital" para novos investimentos futuros, segundo Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da empresa e filho de Mário Araripe, fundador da companhia pioneira no setor eólico brasileiro. "A Actis é um dos principais players do setor, via a Atlantic. O fato de terem comprado nossos projetos é um atestado da qualidade dos nossos ativos", disse Araripe.
Os complexos eólicos adquiridos são o Ventos de São Clemente, com 216 MW e localizado em Pernambuco, e o Ventos de Tianguá, no Ceará, que tem 130 MW.
A Casa dos Ventos ainda tem na carteira o Ventos do Araripe III, que está em fase final de construção, com 358 MW no Piauí. "O objetivo primordial da venda é reciclar capital pra podermos nos posicionar de maneira competitiva nos próximos leilões. Todos os recursos serão reinvestidos em novos ativos", disse Araripe.
O fato de os complexos adquiridos da Casa dos Ventos já serem operacionais é importante para a Actis. "Você já começa com uma empresa operacional, com fluxo de caixa. Isso faz com que a empresa seja mais forte, financeiramente falando. Com maior qualidade de crédito. Isso dá opções para que a empresa possa se expandir por meio da angariação de recursos
no mercado", disse Brandão.
Ele destacou ainda que os financiamentos de Tianguá e São Clemente tem "alta qualidade", o que também ajuda a Echoenergia caso precise levantar capital no futuro. "Não é uma empresa que nasce endividada", afirmou.
A Echoenergia, companhia recém-criada pela gestora britânica Actis, vai anunciar hoje a aquisição de dois complexos eólicos da Casa dos Ventos, que somam 346 megawatts (MW) de potência já em operação. Esse é o primeiro passo do plano da empresa de se consolidar entre os maiores investidores no setor eólico do Brasil.
Vendedor e comprador dos ativos não revelaram o valor da operação. Para se ter uma ideia do tamanho potencial da operação, o complexo eólico Alto Sertão II, de 386 MW, foi avaliado em cerca de R$ 1,8 bilhão pela AES Tietê no acordo de compra da Renova Energia. Diferentemente da Renova, que enfrenta severa crise financeira, a Casa dos Ventos não tinha pressa em se desfazer dos ativos, pois os recursos servirão para futuros investimentos em novos projetos por parte da companhia.
"A Echoenergia será o veículo de investimentos em eólica no Brasil", disse Sérgio Brandão, diretor de energia da Actis no Brasil. "A aquisição marca o início da empresa e é a primeira de uma série que poderão ocorrer", completou. Além da Echoenergia, a Actis está no setor de energias renováveis do Brasil por meio de outros dois veículos. A gestora é controladora da Atlantic, que tem cerca de 650 MW em projetos, sendo dois terços em operação e um terço em construção, e da Atlas Renewable, herdeira dos projetos de energia solar da SunEdison na América Latina. No Brasil, são 220 MW de energia solar ainda em construção.
Os investimentos da Echoenergia e da Atlas Renewable vieram do mesmo fundo lançado pela Actis em 2017, envolvendo US$ 3 bilhões em recursos.
Embora a Actis não descarte voltar a participar de leilões de novos projetos com a Atlantic, o foco agora é no crescimento do portfólio da Echoenergia. Dentro de um a dois meses, a companhia espera fechar uma nova aquisição de ativos de geração eólica também operacionais. "Isso vai tornar a Echoenergia a segunda maior do país em geração eólica", disse Brandão. Ele, porém, não revelou quais ativos a empresa está negociando a compra."Estamos falando em montar uma empresa que vai ter de 1,2 GW a 1,5 GW em operação daqui a três ou cinco anos", disse Edgard Corrochano, presidente da Echoenergia e que comandava no Brasil a fabricante de turbinas eólicas Gamesa até o início do ano. Meta da companhia é atingir entre 1,2 GW e 1,5 GW em ativos em operação nos próximos três a cinco anos.
A Echoenergia está preparada para atingir essa potência instalada por meio de fusões e aquisições ou em leilões de energia nova. "Se tiver um leilão no fim deste ano ou começo do próximo podemos participar. O fato de termos uma massa grandede ativos operacionais nos ajuda muito", disse Brandão.
Para a Casa dos Ventos, a venda representa uma oportunidade de "reciclar capital" para novos investimentos futuros, segundo Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da empresa e filho de Mário Araripe, fundador da companhia pioneira no setor eólico brasileiro. "A Actis é um dos principais players do setor, via a Atlantic. O fato de terem comprado nossos projetos é um atestado da qualidade dos nossos ativos", disse Araripe.
Os complexos eólicos adquiridos são o Ventos de São Clemente, com 216 MW e localizado em Pernambuco, e o Ventos de Tianguá, no Ceará, que tem 130 MW.
A Casa dos Ventos ainda tem na carteira o Ventos do Araripe III, que está em fase final de construção, com 358 MW no Piauí. "O objetivo primordial da venda é reciclar capital pra podermos nos posicionar de maneira competitiva nos próximos leilões. Todos os recursos serão reinvestidos em novos ativos", disse Araripe.
O fato de os complexos adquiridos da Casa dos Ventos já serem operacionais é importante para a Actis. "Você já começa com uma empresa operacional, com fluxo de caixa. Isso faz com que a empresa seja mais forte, financeiramente falando. Com maior qualidade de crédito. Isso dá opções para que a empresa possa se expandir por meio da angariação de recursos no mercado", disse Brandão.
Ele destacou ainda que os financiamentos de Tianguá e São Clemente tem "alta qualidade", o que também ajuda a Echoenergia caso precise levantar capital no futuro. "Não é uma empresa que nasce endividada", afirmou.