Eletricidade da cana ajuda a suprir a rede
24/10/2012
Cana-de-Açúcar
POR: Jornal A Cidade de Ribeirão Preto
A energia elétrica feita da cana-de-açúcar em Ribeirão Preto ajuda a garantir o suprimento do país. A Produtora Independente de Energia Elétrica (Pierp), que funciona na antiga usina Santa Lydia, foi acionada pelo governo federal para produzir com carga máxima.
Desde agosto, a antiga usina de açúcar produz 25 megawatts por hora (MWh) para abastecer o sistema elétrico. Significa que essa energia elétrica entra na rede e pode abastecer tanto Ribeirão Preto como outra cidade. A ativação da termelétrica ribeirão-pretana se deve à falta de chuvas nos estados da região Sudeste, principal produtora. O sistema nacional é baseado em hidrelétricas e depende de água. A escassez de chuvas, no entanto, afeta a capacidade da produção.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão do governo federal, no mês de setembro, período de estiagem, os principais reservatórios de Furnas tinham 48,45% do volume útil, contra 94,10% em janeiro, que é período chuvoso.
A Pierp é a única termelétrica do sistema de geração de energia emergencial no país que funciona com bagaço de cana. A empresa funciona desde 2002 nas instalações da antiga Santa Lydia, na rodovia Mário Donegá, que liga Ribeirão Preto a Pradópolis.
De acordo com o diretor da Pierp, Hilário Cavalheiro, a usina não gerava energia elétrica desde 2010. "Este ano, com as poucas chuvas que caíram até agora, o ONS determinou que entrássemos em operação", explica.
Para a produção de 25 MWh são queimadas cerca de 90 toneladas de bagaço de cana por dia pela termoelétrica. Este bagaço é fornecido pelas usinas da região de Ribeirão Preto. A termelétrica faz parte do sistema auxiliar de geração e só entra em operação em casos de queda na geração de energia.