Em queda livre preços do açúcar rompem a barreira dos 16 cents

18/12/2013 Açúcar POR: Patrícia Mendonça | Agência UDOP de Notícias
Os preços do açúcar registraram mais quedas no mercado internacional nesta terça-feira (17). Em Nova York, a commodity foi comercializada a 15,96 centavos de dólar por libra-peso, no vencimento em março/14, retração de 31 pontos. Em Londres, o açúcar fechou no mesmo vencimento a US$ 435,80 a tonelada, US$ 7,50 a menos do que os preços praticados na segunda-feira (16).
 
Uma análise divulgada hoje (18) no Valor Econômico diz que os preços estão em queda livre. "Sem qualquer sinal de impulso vindo dos fundamentos de oferta e demanda, os preços do açúcar demerara seguem em declínio em Nova York e ontem caíram ao menor patamar desde junho de 2010", explicaram os especialistas ouvidos pelo jornal.
 
Eles disseram ainda que "desde o pico de outubro, quando houve problemas climáticos no Brasil e ocorreu o incêndio no terminal da Copersucar no porto de Santos, os preços desabaram. De 22 de outubro até ontem, foram registradas altas em apenas seis sessões. O mercado é pressionado pela expectativa de um superávit global no atual ciclo, de até 4,7 milhões de toneladas".
 
No mercado interno, o preço do açúcar voltou a subir ontem (17). Segundo os índices medidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), os contratos em SP foram fechados a R$ 51,07 a saca de 50 quilos, alta de 0,57%.
 
Os pesquisadores do Cepea divulgaram ontem (17) que as negociações envolvendo açúcar cristal continuam lentas no mercado spot paulista e os preços, em baixa. "Não há pressão de oferta, já que algumas usinas encerraram a moagem desta safra (2013/14) e pretendem voltar às atividades somente a partir de janeiro. Quanto aos compradores, a maior parte tem recebido o açúcar negociado anteriormente, restringindo, assim, a necessidade de aquisição no mercado spot", concluíram.
 
 
Etanol
 
O etanol hidratado, conforme dados da Esalq/BVMF, seguiu em queda nesta terça-feira (17), retração de 0,08% e negócios firmados pelas usinas paulistas a R$ 1.223,50 o metro cúbico do biocombustível, usado nos tanques dos carros flex ou originalmente a álcool.
 
Os pesquisadores do Cepea comentaram ontem (17) que a oferta de etanol esteve um pouco maior, o que, inclusive, freou o ritmo de alta que vinha sendo verificado nas últimas semanas. "Algumas usinas disponibilizaram oferta ligeiramente maior, principalmente de hidratado, devido à necessidade de "fazer caixa" para despesas de final de ano, como o pagamento do 13º salário. Para outras unidades, o maior volume ofertado se justificou pela necessidade de liberação de espaços nos tanques para estocagem".