Embarques de etanol devem perder receita em 2014, diz setor

04/06/2014 Etanol POR: Agência Estado
Exportações brasileiras de etanol devem perder receita em 2014, apesar da reação observada nos últimos meses. Representantes ouvidos pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, disseram que o incremento registrado entre março e abril foi pontual e que a perspectiva para o restante da safra 2014/15 é de queda no volume embarcado ante o ciclo passado, e, consequentemente, na receita. ´Uma janela para exportação foi aberta no curto prazo, combinando-se preços nos Estados Unidos e no Brasil, mas não vemos uma tendência de recuperação´, disse o presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari.
Conforme ele, o Centro-Sul, principal região produtora do Brasil, deve exportar 1,7 bilhão de litros de etanol na atual temporada, volume 35,8% inferior aos 2,65 bilhões de litros de 2013/14. Essa redução se deve à severa estiagem no início do ano e, principalmente, à perspectiva de uma importação menor pelos Estados Unidos. O país é o principal comprador de etanol de cana brasileiro, mas está para cortar suas metas obrigatórias de mistura do biocombustível na gasolina.
A receita gerada com exportação de etanol em 2014 acumula, até maio, queda de 30%, com US$ 410 milhões, mas, desde março, tem se mantido acima daquela observada em igual intervalo de 2013. De acordo com os representantes, a reação é ´passageira´, resultado, basicamente, de preços mais atrativos do momento.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que, no mês passado, o preço do metro cúbico de etanol exportado atingiu uma média diária de US$ 708,20, valor 5,4% maior na comparação anual. Em março e abril, os preços não tiveram remuneração tão atrativa, mas foram compensados por volumes exportados 5,2% e 34,3% superiores, respectivamente - no acumulado do ano, os embarques ainda permanecem 30% menores, com 612,5 milhões de litros.
Para o presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), Miguel Rubens Tranin, esses números devem ser, no entanto, relativizados, pois a base de comparação é fraca. ´No início do ano passado, a oferta de etanol foi menor´, afirmou, referindo-se ao término da safra 2012/13, quando maior parcela de matéria-prima foi alocada para a produção de açúcar. Esse quadro se alterou com o aumento da mistura de anidro na gasolina, de 20% para 25%, em maio do ano passado, fator que respondeu em grande parte pelo mix alcooleiro da temporada 2013/14.
Em 2014/15, o Centro-Sul brasileiro deve produzir 25,87 bilhões de litros de etanol, aumento de 1,20% em comparação com os 25,57 bilhões de litros do ciclo anterior, de acordo com estimativa da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Desse total, 14,63 bilhões de litros serão de hidratado e 11,25 bilhões de litros, de anidro. A entidade representa 130 usinas de açúcar e etanol, responsáveis por mais de 50% do etanol e 60% do açúcar produzidos no País.
Exportações brasileiras de etanol devem perder receita em 2014, apesar da reação observada nos últimos meses. Representantes ouvidos pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, disseram que o incremento registrado entre março e abril foi pontual e que a perspectiva para o restante da safra 2014/15 é de queda no volume embarcado ante o ciclo passado, e, consequentemente, na receita. ´Uma janela para exportação foi aberta no curto prazo, combinando-se preços nos Estados Unidos e no Brasil, mas não vemos uma tendência de recuperação´, disse o presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari.
Conforme ele, o Centro-Sul, principal região produtora do Brasil, deve exportar 1,7 bilhão de litros de etanol na atual temporada, volume 35,8% inferior aos 2,65 bilhões de litros de 2013/14. Essa redução se deve à severa estiagem no início do ano e, principalmente, à perspectiva de uma importação menor pelos Estados Unidos. O país é o principal comprador de etanol de cana brasileiro, mas está para cortar suas metas obrigatórias de mistura do biocombustível na gasolina.
A receita gerada com exportação de etanol em 2014 acumula, até maio, queda de 30%, com US$ 410 milhões, mas, desde março, tem se mantido acima daquela observada em igual intervalo de 2013. De acordo com os representantes, a reação é ´passageira´, resultado, basicamente, de preços mais atrativos do momento.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que, no mês passado, o preço do metro cúbico de etanol exportado atingiu uma média diária de US$ 708,20, valor 5,4% maior na comparação anual. Em março e abril, os preços não tiveram remuneração tão atrativa, mas foram compensados por volumes exportados 5,2% e 34,3% superiores, respectivamente - no acumulado do ano, os embarques ainda permanecem 30% menores, com 612,5 milhões de litros.
Para o presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), Miguel Rubens Tranin, esses números devem ser, no entanto, relativizados, pois a base de comparação é fraca. ´No início do ano passado, a oferta de etanol foi menor´, afirmou, referindo-se ao término da safra 2012/13, quando maior parcela de matéria-prima foi alocada para a produção de açúcar. Esse quadro se alterou com o aumento da mistura de anidro na gasolina, de 20% para 25%, em maio do ano passado, fator que respondeu em grande parte pelo mix alcooleiro da temporada 2013/14.
Em 2014/15, o Centro-Sul brasileiro deve produzir 25,87 bilhões de litros de etanol, aumento de 1,20% em comparação com os 25,57 bilhões de litros do ciclo anterior, de acordo com estimativa da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Desse total, 14,63 bilhões de litros serão de hidratado e 11,25 bilhões de litros, de anidro. A entidade representa 130 usinas de açúcar e etanol, responsáveis por mais de 50% do etanol e 60% do açúcar produzidos no País.