Cenário para a safra 21/22 está cada vez mais consolidado
2021 deverá ser o ano do touro no mercado internacional e nacional de açúcar
A consultoria StoneX elevou sua projeção de déficit na safra 20/21 mundial de açúcar (que vai de outubro a setembro) em 50%, passando das 2,2 milhões de toneladas previstas em outubro de 2020, para 3,3 milhões de toneladas.
Para se ter ideia de tamanho, o valor representa toda a produção do adoçante de todos os estados do Centro-Sul, exceto São Paulo, ao longo de dois meses e meio da atual safra.
Caso se confirmem, esse será o maior déficit mundial desde a temporada 15/16, quando no seu final os preços na bolsa de Nova Iorque atingiram patamares acima dos 22,50 centavos de dólar por libra peso.
Na visão dos analistas, o menor potencial produtivo em países representativos como Tailândia, União Europeia e Rússia, é o principal argumento que sustenta a previsão, contudo também há uma expectativa de crescimento na demanda global em primeiro lugar com a expectativa do fim da pandemia e a postura forte de compra da China no mercado (estima-se para a safra em curso a importação de 3,9 milhões de toneladas, 140 mil toneladas acima do período anterior).
Assim, a queda dos últimos 15 dias, tanto no mercado interno como no externo, vai se mostrando como um ajuste de preços e não uma movimentação rumo a uma temporada com valores baixistas.