Embraer mostra confiança com 2017

10/03/2017 Logística POR: Valor Econômico
A Embraer teve dia de ganhos na Bovespa ontem, subindo 2,1% para R$ 19,18 ­ chegou a se valorizar 6% ao longo da sessão ­, após a empresa divulgar resultados de 2016 acima da expectativa dos analistas e anunciar metas para 2017 que representam potencial para crescimento de lucro e de rentabilidade.
A fabricante brasileira de aviões teve lucro líquido de R$ 648,3 milhões no quarto trimestre de 2016, 52,2% mais que em igual período de 2015. Na mesma base de comparação, a receita caiu 16%, a R$ 6,7 bilhões. 
Em dólares, o lucro líquido trimestral foi de US$ 195,2 milhões, ou 51,3% maior que a média das projeções feitas por bancos ­ Morgan Stanley, Itaú BBA e BTG Pactual, que fazem estimativas apenas em moeda americana ­, de US$ 129 milhões. A receita, de US$ 2,03 bilhões, também bateu a previsões de especialistas, cuja média era de US$ 1,94 bilhão.
Em reais, a Embraer fechou 2016 com lucro líquido de R$ 585,4 milhões, ante R$ 241,6 milhões um ano antes. A receita subiu 5,6%, para R$ 21,436 bilhões.
A companhia destacou que itens não recorrentes no quarto trimestre engordaram o ganho operacional em R$ 104,6 milhões ­ eventos relacionados ao pedido de concordata da companhia aérea americana Republic Airways, ao programa de demissão voluntária (PDV) e ao encerramento da investigação nos Estados Unidos. Mas o presidente da empresa, Paulo Cesar de Souza e Silva, disse que o corte de custos foi determinante para a melhora das margens. Em 2016, a Embraer lançou um programa para diminuir custos recorrentes em US$ 200 milhões anuais.
Souza e Silva afirmou que a empresa tem agora estrutura de custos mais enxuta para capturar melhores margens em 2017, ano em que a demanda por novas aeronaves também deve apresentar aquecimento, segundo ele. "Já percebemos em novembro e dezembro um mercado mais aquecido", disse o presidente da Embraer, citando o segmento de aviação executiva.
A Embraer estima que as receitas em 2017 fiquem entre US$ 5,7 bilhões e US$
6,1 bilhões ­ ante US$ 6,2 bilhões em 2016. Mas para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida), a empresa prevê crescimento potencial de 7,4%, podendo chegar a US$ 890 milhões, ante US$ 829 milhões ano passado. Além do mercado em recuperação para jatos executivos, o presidente da Embraer diz que há espaço para aumento de vendas de aviões comerciais nos Estados Unidos, Europa e Ásia.
A companhia ainda trabalha com um cenário em que será ajudada por um câmbio menos volátil. "Esperamos um dólar ao redor do patamar atual, entre R$ 3,10 e R$ 3,20", disse o vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores da Embraer, José Filippo. Em 2015, o dólar oscilou entre mínima de R$ 2,58 e R$ 4,19, com média no período de R$ 3,34; em 2016, de R$ 3,12 a R$ 4,16, com média de R$ 3,48 no período. 
A Embraer tem 20% dos custos denominados em reais, mas apenas 10% das receitas em reais ­ desequilíbrio que gera risco no fluxo de caixa. Por isso, a companhia tem contratos financeiros futuro (hedge), que protegem cerca de 45% dessa exposição.
A Embraer prevê investimentos de US$ 650 milhões em 2017, dos quais US$ 50 milhões na área de pesquisa e US$ 400 milhões para desenvolvimento de produto. O gasto de capital previsto para o ano é de US$ 200 milhões.
A fabricante de aeronaves encerrou 2016 com uma dívida líquida de R$ 1,87 bilhão, queda de 11,6% ante o fim do terceiro trimestre, mas piora ante o quarto trimestre de 2015 ­ quando a companhia tinha um caixa líquido de R$ 28,4 milhões.
 
A Embraer teve dia de ganhos na Bovespa ontem, subindo 2,1% para R$ 19,18 ­ chegou a se valorizar 6% ao longo da sessão ­, após a empresa divulgar resultados de 2016 acima da expectativa dos analistas e anunciar metas para 2017 que representam potencial para crescimento de lucro e de rentabilidade.
A fabricante brasileira de aviões teve lucro líquido de R$ 648,3 milhões no quarto trimestre de 2016, 52,2% mais que em igual período de 2015. Na mesma base de comparação, a receita caiu 16%, a R$ 6,7 bilhões. 
Em dólares, o lucro líquido trimestral foi de US$ 195,2 milhões, ou 51,3% maior que a média das projeções feitas por bancos ­ Morgan Stanley, Itaú BBA e BTG Pactual, que fazem estimativas apenas em moeda americana ­, de US$ 129 milhões. A receita, de US$ 2,03 bilhões, também bateu a previsões de especialistas, cuja média era de US$ 1,94 bilhão.
Em reais, a Embraer fechou 2016 com lucro líquido de R$ 585,4 milhões, ante R$ 241,6 milhões um ano antes. A receita subiu 5,6%, para R$ 21,436 bilhões.
A companhia destacou que itens não recorrentes no quarto trimestre engordaram o ganho operacional em R$ 104,6 milhões ­ eventos relacionados ao pedido de concordata da companhia aérea americana Republic Airways, ao programa de demissão voluntária (PDV) e ao encerramento da investigação nos Estados Unidos. Mas o presidente da empresa, Paulo Cesar de Souza e Silva, disse que o corte de custos foi determinante para a melhora das margens. Em 2016, a Embraer lançou um programa para diminuir custos recorrentes em US$ 200 milhões anuais.
Souza e Silva afirmou que a empresa tem agora estrutura de custos mais enxuta para capturar melhores margens em 2017, ano em que a demanda por novas aeronaves também deve apresentar aquecimento, segundo ele. "Já percebemos em novembro e dezembro um mercado mais aquecido", disse o presidente da Embraer, citando o segmento de aviação executiva.
A Embraer estima que as receitas em 2017 fiquem entre US$ 5,7 bilhões e US$
6,1 bilhões ­ ante US$ 6,2 bilhões em 2016. Mas para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida), a empresa prevê crescimento potencial de 7,4%, podendo chegar a US$ 890 milhões, ante US$ 829 milhões ano passado. Além do mercado em recuperação para jatos executivos, o presidente da Embraer diz que há espaço para aumento de vendas de aviões comerciais nos Estados Unidos, Europa e Ásia.
A companhia ainda trabalha com um cenário em que será ajudada por um câmbio menos volátil. "Esperamos um dólar ao redor do patamar atual, entre R$ 3,10 e R$ 3,20", disse o vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores da Embraer, José Filippo. Em 2015, o dólar oscilou entre mínima de R$ 2,58 e R$ 4,19, com média no período de R$ 3,34; em 2016, de R$ 3,12 a R$ 4,16, com média de R$ 3,48 no período. 

 
A Embraer tem 20% dos custos denominados em reais, mas apenas 10% das receitas em reais ­ desequilíbrio que gera risco no fluxo de caixa. Por isso, a companhia tem contratos financeiros futuro (hedge), que protegem cerca de 45% dessa exposição.
A Embraer prevê investimentos de US$ 650 milhões em 2017, dos quais US$ 50 milhões na área de pesquisa e US$ 400 milhões para desenvolvimento de produto. O gasto de capital previsto para o ano é de US$ 200 milhões.
A fabricante de aeronaves encerrou 2016 com uma dívida líquida de R$ 1,87 bilhão, queda de 11,6% ante o fim do terceiro trimestre, mas piora ante o quarto trimestre de 2015 ­ quando a companhia tinha um caixa líquido de R$ 28,4 milhões.