Muitas nações europeias, que não possuem a irradiação solar favorável como a brasileira, concedem incentivos e estímulos aos consumidores empresariais ou à população, visando instalar os aparelhos de captação da radiação do sol.
Conforme menciona a entidade de classe europeia da indústria fotovoltaica, a energia solar já corresponde a 26% da energia renovável instalada no universo.
Países como os Estados Unidos da América, asiáticos e canadenses, são os que mais investiram na aquisição de equipamentos desse setor energético solar.
Estima-se que US$ 1,5 bilhão já foram aplicados na energia solar. Em decorrência, diante dos recursos efetivados, a energia fotovoltaica superou 102 gigawatts (GW), poupando o equivalente à emissão de 53 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²).
Quanto ao nosso País, a capacidade de energia solar instalada não alcança 8 MW (0,01 da matriz energética nacional), em que pese a nossa privilegiadíssima situação de País com a maior quantidade de radiação solar no mundo e condições climáticas favoráveis.
Consoante os recentes números divulgados pela ONU, a maior parte dos beneficiados com a inclusão das placas fotovoltaicas corresponde aos europeus. Com efeito, menciona a revista “Energia e Business” a acentuada diminuição do uso da energia solar na Europa, após o exponencial crescimento havido nos últimos anos. Depois de superar os 22 GW, em 2011, a geração de energia solar viria a cair para 17 GW, em 2012.
Os Emirados Árabes construíram a maior usina de absorção solar em todo o planeta, com capacidade instalada de 100 megawatts.
A indústria brasileira não se encontra, ainda, plenamente capacitada para o fornecimento dos equipamentos solares, os quais são, atualmente, quase todos importados de diversos países, como os Estados Unidos da América, China, Japão e Alemanha.
Possuidor de uma das maiores reservas de silício em toda a terra, o Brasil tem efetivas condições para o desenvolvimento dos painéis solares, inclusive exportando-os.
Além das células de silício, usadas nos painéis solares convencionais, o Brasil já explora, em pequena escala, a tecnologia fotovoltaica.
Os dispositivos são funcionais, flexíveis e transparentes, fabricados com plásticos e polímeros.
Tivemos notícia da construção de uma unidade produtora de células fotovoltaicas orgânicas, com recursos consideráveis em Belo Horizonte (MG), o mesmo sucedendo com outra empresa, em Joinville (SC).
Apesar da participação, ainda diminuta e despretensiosa da energia solar na matriz energética do Brasil, ela desponta como importante fonte limpa e renovável, com potencial de rápida evolução, em um País de dimensões continentais e muito sol.
Atualmente, o setor de energia solar do Brasil enfrenta os desafios típicos de um segmento em estágio inicial. O custo é elevado, quando comparado com outras fontes renováveis. Outrossim, enfrenta a resistência natural das empresas distribuidoras, que receiam perder mercado.
A variação da nossa matriz energética, com efeito, é fundamental para o nosso desenvolvimento sustentável. O uso da energia solar é um exemplo emblemático. O Brasil tem excelentes alternativas energéticas à disposição, que devem ser utilizadas, limpas, viáveis e econômicas.
Tristemente, no entanto, faltam-nos as políticas públicas, os marcos regulatórios e o governo perde completamente o maior interesse pelo setor energético, entregando-o à própria sorte, sem considerar as fantásticas possibilidades de contribuição do País, inclusive transferindo o domínio da tecnologia para outros países, como é o caso das indústria da cana de açúcar.
Faltam-nos estratégias, o que vem corroendo a Petrobrás, que está obrigada, atualmente, a comprar gasolina lá fora, mais cara e vender aqui dentro, por um preço menor. Os prejuízos estão sendo, atualmente, pagos por toda a população nacional.
Os reflexos já são sentidos, igualmente, na produção do etanol, combustível limpo e renovável, redutor de emissões de CO², gerador de milhares de empregos no campo e nas cidades, modelo universalmente admirado.
Preocupa-nos, igualmente, a evidencia que os reservatórios das usinas hidrelétricas do Nordeste estão nos níveis mais baixos dos últimos anos. Os novos reservatórios hídricos nem de longe lembram os das usinas do passado. Usinas como Belo Monte e as do Rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, possuem capacidade de armazenar água bem menor, gerando energia a fio d’agua. Com isso, o governo lança mão de todas as suas térmicas instaladas, aumentando o uso do óleo combustível, do óleo diesel, do carvão mineral e do gás natural, mais da metade importado da Bolívia.
Desde outubro do ano passado, as térmicas vem sendo usadas, sem interrupção. A conta está saindo cara. Em 2012, as térmicas custaram R$ 1,7 bilhão. Em junho passado de 2013, elas já somavam perto de quatro bilhões de reais.
São, portanto, opções mais caras e também mais danosas ao ambiente.
Os riscos da oferta de energia ganham relevância com a exposição externa que o Brasil terá ao sediar a Copa do Mundo, no ano vindouro e os jogos olímpicos, em 2016. Ademais, em 2012, contabilizamos pelo menos seis apagões de energia de maior porte, a maioria por ocorrências na área de transmissão
Luiz Gonzaga Bertelli é vice-presidente da Associação Comercial de SP e conselheiro e diretor da FIESP-CIESP.
Muitas nações europeias, que não possuem a irradiação solar favorável como a brasileira, concedem incentivos e estímulos aos consumidores empresariais ou à população, visando instalar os aparelhos de captação da radiação do sol.
Conforme menciona a entidade de classe europeia da indústria fotovoltaica, a energia solar já corresponde a 26% da energia renovável instalada no universo.
Países como os Estados Unidos da América, asiáticos e canadenses, são os que mais investiram na aquisição de equipamentos desse setor energético solar.
Estima-se que US$ 1,5 bilhão já foram aplicados na energia solar. Em decorrência, diante dos recursos efetivados, a energia fotovoltaica superou 102 gigawatts (GW), poupando o equivalente à emissão de 53 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²).
Quanto ao nosso País, a capacidade de energia solar instalada não alcança 8 MW (0,01 da matriz energética nacional), em que pese a nossa privilegiadíssima situação de País com a maior quantidade de radiação solar no mundo e condições climáticas favoráveis.
Consoante os recentes números divulgados pela ONU, a maior parte dos beneficiados com a inclusão das placas fotovoltaicas corresponde aos europeus. Com efeito, menciona a revista “Energia e Business” a acentuada diminuição do uso da energia solar na Europa, após o exponencial crescimento havido nos últimos anos. Depois de superar os 22 GW, em 2011, a geração de energia solar viria a cair para 17 GW, em 2012.
Os Emirados Árabes construíram a maior usina de absorção solar em todo o planeta, com capacidade instalada de 100 megawatts.
A indústria brasileira não se encontra, ainda, plenamente capacitada para o fornecimento dos equipamentos solares, os quais são, atualmente, quase todos importados de diversos países, como os Estados Unidos da América, China, Japão e Alemanha.
Possuidor de uma das maiores reservas de silício em toda a terra, o Brasil tem efetivas condições para o desenvolvimento dos painéis solares, inclusive exportando-os.
Além das células de silício, usadas nos painéis solares convencionais, o Brasil já explora, em pequena escala, a tecnologia fotovoltaica.
Os dispositivos são funcionais, flexíveis e transparentes, fabricados com plásticos e polímeros.
Tivemos notícia da construção de uma unidade produtora de células fotovoltaicas orgânicas, com recursos consideráveis em Belo Horizonte (MG), o mesmo sucedendo com outra empresa, em Joinville (SC).
Apesar da participação, ainda diminuta e despretensiosa da energia solar na matriz energética do Brasil, ela desponta como importante fonte limpa e renovável, com potencial de rápida evolução, em um País de dimensões continentais e muito sol.
Atualmente, o setor de energia solar do Brasil enfrenta os desafios típicos de um segmento em estágio inicial. O custo é elevado, quando comparado com outras fontes renováveis. Outrossim, enfrenta a resistência natural das empresas distribuidoras, que receiam perder mercado.
A variação da nossa matriz energética, com efeito, é fundamental para o nosso desenvolvimento sustentável. O uso da energia solar é um exemplo emblemático. O Brasil tem excelentes alternativas energéticas à disposição, que devem ser utilizadas, limpas, viáveis e econômicas.
Tristemente, no entanto, faltam-nos as políticas públicas, os marcos regulatórios e o governo perde completamente o maior interesse pelo setor energético, entregando-o à própria sorte, sem considerar as fantásticas possibilidades de contribuição do País, inclusive transferindo o domínio da tecnologia para outros países, como é o caso das indústria da cana de açúcar.
Faltam-nos estratégias, o que vem corroendo a Petrobrás, que está obrigada, atualmente, a comprar gasolina lá fora, mais cara e vender aqui dentro, por um preço menor. Os prejuízos estão sendo, atualmente, pagos por toda a população nacional.
Os reflexos já são sentidos, igualmente, na produção do etanol, combustível limpo e renovável, redutor de emissões de CO², gerador de milhares de empregos no campo e nas cidades, modelo universalmente admirado.
Preocupa-nos, igualmente, a evidencia que os reservatórios das usinas hidrelétricas do Nordeste estão nos níveis mais baixos dos últimos anos. Os novos reservatórios hídricos nem de longe lembram os das usinas do passado. Usinas como Belo Monte e as do Rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, possuem capacidade de armazenar água bem menor, gerando energia a fio d’agua. Com isso, o governo lança mão de todas as suas térmicas instaladas, aumentando o uso do óleo combustível, do óleo diesel, do carvão mineral e do gás natural, mais da metade importado da Bolívia.
Desde outubro do ano passado, as térmicas vem sendo usadas, sem interrupção. A conta está saindo cara. Em 2012, as térmicas custaram R$ 1,7 bilhão. Em junho passado de 2013, elas já somavam perto de quatro bilhões de reais.
São, portanto, opções mais caras e também mais danosas ao ambiente.
Os riscos da oferta de energia ganham relevância com a exposição externa que o Brasil terá ao sediar a Copa do Mundo, no ano vindouro e os jogos olímpicos, em 2016. Ademais, em 2012, contabilizamos pelo menos seis apagões de energia de maior porte, a maioria por ocorrências na área de transmissão
Luiz Gonzaga Bertelli é vice-presidente da Associação Comercial de SP e conselheiro e diretor da FIESP-CIESP.