Entenda o que é e quando utilizar a giberelina

Noticias POR: Revista Canavieiros

O manejo fisiológico dos canaviais é uma prática que o produtor não pode descartar pensando em ganhos de produtividade da sua lavoura. Contudo, ele ainda gera muitas dúvidas dentre os produtores, especialmente quando o assunto vai além da maturação.

Utilizar hormônios em outras fases da vida da planta, senão antes da colheita, precisa entrar no dia-a-dia da roça, até porque hoje o mercado disponibiliza tecnologias fundamentais que repõem déficits do meio ambiente, como por exemplo, o hídrico ou nutricional.

Para comemorar os 10 anos de uma parceria sólida com a Copercana, a Sumitomo Chemical, trouxe na manhã desta quinta-feira (24) para o 17º Agronegócios Copercana o professor da Unesp (campus Botucatu), Carlos Alexandre Costa Crusciol para falar sobre “Manejo fisiológico de cana-de-açúcar para altas produtividades” que na ocasião mostrou como a ferramenta influencia no ganho de produtividade sem causar danos a inimigos naturais de pragas e ao meio ambiente.

A apresentação foi uma oportunidade para o produtor ampliar seus horizontes sobre o assunto, isso porque Crusciol focou em sua apresentação a giberelina, hormônio vegetal que promove o alongamento dos colmos através do crescimento do comprimento das células dos tecidos jovens.

O manejo dessa tecnologia está crescendo no Brasil e o agricultor vem conhecendo o seu potencial, a grande questão é quando aplicar. Segundo Crusciol, no caso a cana-de-açúcar, deve ser aplicada pelo menos com dois ou três entrenós alongado acima da superfície do solo.

Uma segunda questão levantada é quando aplicar? De acordo com o professor deve ser aplicada quando se tem chuva, quando tem água para entrar na planta e alongar os entrenós. “Não adianta aplicar em seca e para aumentar a tolerância dessa planta é preciso aplicar quando ela não está com estresse hídrico se for aplicada quando ela já  estiver com estresse hídrico a giberelina não vai ter o efeito de atuar no metabolismo anti estresse hídrico”.       

Ao ser questionado sobre a influência da aplicação anual da giberelina na longevidade do canavial com boa produtividade em canas mais velhas, Crusciol destacou. “Por tudo o que a giberelina faz na planta inclusive aumentando o alongamento, atuando indiretamente na síntese de clorofila, ou seja, mantendo a planta mais verde e produzindo mais, ela também guarda uma parte desse açúcar dentro do risoma que é o que atua na soqueira e com certeza ela deve brotar melhor. O crescimento da planta tende a ser melhor porque a planta vai enraizar mais, o enraizamento passa a ser melhor e com certeza isso deve refletir em longevidade do canavial”.

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