Identificação do tipo de vegetação e diagnóstico da área são os dois primeiros trabalhos práticos da recomposição
Concluídos os processos cadastrais é hora de colocar a mão na massa e a primeira missão é identificar o tipo de vegetação nativa (ecossistemas naturais) da área a ser recomposta, mas atenção, pois a intenção não é fazer uma cópia da mata que havia no passado, mas adequar o projeto a vegetação originária – bioma nativo.
O manual orienta que a definição pode ser obtida de três maneiras: “descrição de ecossistemas previamente no local, avaliação dos remanescentes de vegetação natural próximos, ou, na ausência de informações, presumidos a partir das condições de solo e clima da região”.
A melhor fonte de consulta é o mapa de vegetação original disponível através do Datageo (datageo.ambiente.sp.gov.br), ferramenta da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. Ao entrar no site clicar em “visualizador de mapas” e com o aplicativo aberto no menu em “base temática”, em seguida em “biótico” e clicar em “visualizar” no último ítem “Regiões Fitoecológicas”.
Outras fontes de informação que podem ser utilizadas são as imagens de satélite, mapas de solos, relevo e hidrologia, enfim imagens que contenham uma série histórica que permita a leitura da linha do tempo e mostre a ampliação, alteração ou redução da cobertura natural.
É válido ressaltar que o manual deixa claro que a utilização da informação do mapa é apenas o primeiro passo no trabalho de identificação da vegetação nativa, sendo de fundamental importância o trabalho de identificação/caracterização botânica dos remanescentes – quando existentes. Quando não houver vegetação no imóvel é recomendada uma visita à remanescentes próximos, até em propriedades vizinhas, visando levantar o maior número de informações possíveis, como tipo de solo, relevo, clima, hidrologia, com o objetivo de reuni-las ao final do trabalho, dando ao técnico condições de tomar a decisão de qual o tipo de bioma a propriedade está inserida.
Após o mapeamento dos tipos de vegetação existentes no imóvel rural o técnico terá condições suficientes para estabelecer o tipo de vegetação que deverá ser utilizado na recuperação da área degrada e/ou alterada que se quer recuperar.