Entidades e empresas calculam prejuízos com bloqueio das estradas

26/02/2015 Agricultura POR: Valor Econômico
Entidades e empresas ligadas ao agronegócio e ao transporte de produtos calculam os prejuízos causados em vários Estados pelo bloqueio das estradas, devido à greve dos caminhoneiros.
Levantamento realizado pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) indica que os bloqueios rodoviários no Estado causaram prejuízos diários de aproximadamente R$ 30 milhões aos produtores de leite, suínos e aves.
No setor de leite, os bloqueios afetam 120 mil produtores paranaenses, comprometendo cerca de 5 milhões de litros de leite por dia; no segmento de suínos, o protesto nas rodovias afeta 20 mil produtores, causando redução de 60% no abate diário no estado (12 mil cabeças a menos por dia). No setor de aves, o impacto negativo pode causar a paralisação total dos abates até amanhã, no Paraná, afetando diretamente 19 mil produtores.
“A conta é ainda mais alta, mas ainda não foram concluídas as estimativas de perdas ao setor de grãos das cooperativas e sua cadeia agroindustrial de soja, milho, trigo e cevada”, diz a Ocepar, em nota divulgada à imprensa.
Para as indústrias, faltam insumos e embalagens para a produção e até combustível para a operação das unidades industriais. Já começam a faltar rações para a alimentação dos animais. No setor de grãos, se os bloqueios prosseguirem, o escoamento da safra estará comprometido e o corredor de exportações do Porto de Paranaguá poderá ficar paralisado a partir da próxima segunda-feira.
Mato Grosso
Ao menos 20% dos produtores de grãos de Mato Grosso já não têm mais óleo diesel para utilizar em seus maquinários, neste momento em que a colheita de soja está no auge. O número faz parte de um levantamento divulgado hoje pela Aprosoja/MT, associação que representa os produtores de soja e milho do Estado.
Ainda de acordo com a pesquisa, feita junto a 540 produtores rurais, os demais 80% têm combustível para apenas mais cinco dias, em média. Em nota, o presidente da Aprosoja/MT, Ricardo Tomczyk, disse que a entidade considera justos alguns pontos da pauta dos caminhoneiros, exceto o tabelamento do frete. "Não podemos estipular um preço fixo para algo que é regulado pelo mercado", afirmou.
AcordoNo fim da noite passada, o ministro dos transportes, Antônio Carlos Rodrigues, afirmou que chegou a um acordo com os grevistas e que acredita no completo desbloqueio das estradas hoje. Para atender às demandas do movimento, o governo ofereceu um pacote de medidas, incluindo a renegociação de dívidas do setor e a garantia da Petrobras de que o diesel não subirá nos próximos seis meses. Também houve garantia do governo que a presidente Dilma Rousseff vai sancionar integralmente a lei dos caminhoneiros.
Por fim, o governo anunciou também a criação de uma tabela referencial de fretes, que vai criar preços mínimos para o setor.
O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, que participou das negociações, porém, afirmou que as entidades presentes à reunião eram favorávies ao fim do movimento, mas como as ações dos caminhoneiros foram descentralizadas ele não poderia garantir o fim da greve. 
Entidades e empresas ligadas ao agronegócio e ao transporte de produtos calculam os prejuízos causados em vários Estados pelo bloqueio das estradas, devido à greve dos caminhoneiros.
Levantamento realizado pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) indica que os bloqueios rodoviários no Estado causaram prejuízos diários de aproximadamente R$ 30 milhões aos produtores de leite, suínos e aves.
No setor de leite, os bloqueios afetam 120 mil produtores paranaenses, comprometendo cerca de 5 milhões de litros de leite por dia; no segmento de suínos, o protesto nas rodovias afeta 20 mil produtores, causando redução de 60% no abate diário no estado (12 mil cabeças a menos por dia). No setor de aves, o impacto negativo pode causar a paralisação total dos abates até amanhã, no Paraná, afetando diretamente 19 mil produtores.
“A conta é ainda mais alta, mas ainda não foram concluídas as estimativas de perdas ao setor de grãos das cooperativas e sua cadeia agroindustrial de soja, milho, trigo e cevada”, diz a Ocepar, em nota divulgada à imprensa.
Para as indústrias, faltam insumos e embalagens para a produção e até combustível para a operação das unidades industriais. Já começam a faltar rações para a alimentação dos animais. No setor de grãos, se os bloqueios prosseguirem, o escoamento da safra estará comprometido e o corredor de exportações do Porto de Paranaguá poderá ficar paralisado a partir da próxima segunda-feira.
Mato Grosso
Ao menos 20% dos produtores de grãos de Mato Grosso já não têm mais óleo diesel para utilizar em seus maquinários, neste momento em que a colheita de soja está no auge. O número faz parte de um levantamento divulgado hoje pela Aprosoja/MT, associação que representa os produtores de soja e milho do Estado.
Ainda de acordo com a pesquisa, feita junto a 540 produtores rurais, os demais 80% têm combustível para apenas mais cinco dias, em média. Em nota, o presidente da Aprosoja/MT, Ricardo Tomczyk, disse que a entidade considera justos alguns pontos da pauta dos caminhoneiros, exceto o tabelamento do frete. "Não podemos estipular um preço fixo para algo que é regulado pelo mercado", afirmou.
AcordoNo fim da noite passada, o ministro dos transportes, Antônio Carlos Rodrigues, afirmou que chegou a um acordo com os grevistas e que acredita no completo desbloqueio das estradas hoje. Para atender às demandas do movimento, o governo ofereceu um pacote de medidas, incluindo a renegociação de dívidas do setor e a garantia da Petrobras de que o diesel não subirá nos próximos seis meses. Também houve garantia do governo que a presidente Dilma Rousseff vai sancionar integralmente a lei dos caminhoneiros.
Por fim, o governo anunciou também a criação de uma tabela referencial de fretes, que vai criar preços mínimos para o setor.
O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, que participou das negociações, porém, afirmou que as entidades presentes à reunião eram favorávies ao fim do movimento, mas como as ações dos caminhoneiros foram descentralizadas ele não poderia garantir o fim da greve.