As condições climáticas não poderiam ter sido melhores durante os últimos 30 dias para o início da colheita da cana no centro-sul do Brasil, mas a seca que acelerou a moagem reteve o replantio de canaviais mais velhos, o que pode impactar negativamente as produções futuras.
O Brasil está nos primeiros estágios de uma safra recorde de cana que pode atingir até 630 milhões de toneladas, de acordo com o grupo industrial Unica, graças à amplas chuvas no fim do ano passado e no início deste ano.
As usinas estão avançando muito nos campos após a falta de chuva nos últimos 35 dias.
Mas, de acordo com especialistas, as boas condições para a colheita podem custar ao setor produtividades agrícolas no futuro, com a seca atingindo a cana recém-plantada e as plantas que estão brotando após o corte em meio à falta de umidade.
Vanessa Nardy, analista do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), disse que os canaviais do centro-sul têm necessidade de renovação urgente após anos de investimentos abaixo do ideal devido à má situação financeira das usinas.
"Estamos quase 40 por cento abaixo da taxa de replantio de cana vista há dois anos", ela disse.
De acordo com dados do CTC, a taxa de replantio dos canaviais está em 10 por cento da área cultivada total em 2015, a mínima desde pelo menos 2005.
"Temos preocupação com o que vai acontecer no ano que vem", disse o diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues.
Na atual temporada 2016/17, que vai de abril a março, a quantidade de cana que está chegando ao seu quarto ou quinto ano de cortes aumentou, enquanto as plantas no segundo ou terceiro anos de produção caiu.
Os canaviais podem crescer novamente sem replantio por até cinco ou mais anos. Mas eles são mais produtivos nos primeiros anos de produção, com o rendimento caindo gradualmente conforme envelhecem.
Mas ambos Nardy e Padua disseram que boas condições climáticas, com amplas chuvas, como vistas nos últimos seis meses, podem compensar para a ocorrência de outra grande safra no ano que vem, mesmo se o replantio for abaixo do ideal e os canaviais envelhecerem.
O aprofundamento da crise econômica no Brasil e as frágeis condições financeiras das usinas do país também pressionarão os calendários de replantio das usinas.
O replantio é uma das operações mais caras para uma usina.
Autor: Marcelo Teixeira
As condições climáticas não poderiam ter sido melhores durante os últimos 30 dias para o início da colheita da cana no Centro-Sul do Brasil, mas a seca que acelerou a moagem reteve o replantio de canaviais mais velhos, o que pode impactar negativamente as produções futuras.
O Brasil está nos primeiros estágios de uma safra recorde de cana que pode atingir até 630 milhões de toneladas, de acordo com o grupo industrial Unica, graças à amplas chuvas no fim do ano passado e no início deste ano.
As usinas estão avançando muito nos campos após a falta de chuva nos últimos 35 dias.
Mas, de acordo com especialistas, as boas condições para a colheita podem custar ao setor produtividades agrícolas no futuro, com a seca atingindo a cana recém-plantada e as plantas que estão brotando após o corte em meio à falta de umidade.
Vanessa Nardy, analista do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), disse que os canaviais do centro-sul têm necessidade de renovação urgente após anos de investimentos abaixo do ideal devido à má situação financeira das usinas.
"Estamos quase 40 por cento abaixo da taxa de replantio de cana vista há dois anos", ela disse.
De acordo com dados do CTC, a taxa de replantio dos canaviais está em 10 por cento da área cultivada total em 2015, a mínima desde pelo menos 2005.
"Temos preocupação com o que vai acontecer no ano que vem", disse o diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues.
Na atual temporada 2016/17, que vai de abril a março, a quantidade de cana que está chegando ao seu quarto ou quinto ano de cortes aumentou, enquanto as plantas no segundo ou terceiro anos de produção caiu.
Os canaviais podem crescer novamente sem replantio por até cinco ou mais anos. Mas eles são mais produtivos nos primeiros anos de produção, com o rendimento caindo gradualmente conforme envelhecem.
Mas ambos Nardy e Padua disseram que boas condições climáticas, com amplas chuvas, como vistas nos últimos seis meses, podem compensar para a ocorrência de outra grande safra no ano que vem, mesmo se o replantio for abaixo do ideal e os canaviais envelhecerem.
O aprofundamento da crise econômica no Brasil e as frágeis condições financeiras das usinas do país também pressionarão os calendários de replantio das usinas.
O replantio é uma das operações mais caras para uma usina.
Autor: Marcelo Teixeira