Enxadas modernas

14/12/2023 Noticias POR: Marino Guerra

Tecnologias herbicidas buscam fazer o que a boa e velha enxada faz, matar o mato sem prejudicar a cana

"Eu tiro a sua roça do mato sua lavoura melhora”, o trecho da canção Pagode em Brasília, imortalizada pela dupla Tião Carreiro e Pardinho, já mostrava o desejo do agricultor antes mesmo do Brasil sair da condição de importador e se transformar numa das maiores potências produtoras de alimentos do mundo.

Manejar as plantas daninhas nos canaviais nunca é uma tarefa fácil, diferente da soja, a cultura não apresenta variedades resistentes a determinadas moléculas; por ser uma gramínea, boa parte da família dos defensivos que têm as folhas estreitas como alvo também sapecam as folhas da cana o que direciona grande parte do manejo para a pré-emergência, que é um trabalho de se antecipar ao que ainda vai acontecer; em decorrência de ser cultivada no modo semiperene, o combate intenso aos bancos de sementes pode acontecer somente nos períodos de reforma (a cada cinco anos em média) e, principalmente, sua operação de colheita é a mais eficiente forma de disseminação do mato, até lembra o efeito reprodutor da água sobre os Gremlins, famosos personagens do cinema da década de 80.

Ainda há diversos fatores desafiadores que forçam a indústria de defensivos no campo da pesquisa e desenvolvimento, e produtores de cana, no uso das ferramentas, a se debruçarem em estudos estratégicos, parecidos aos generais ao desenharem como serão seus combates.

E para isso é fundamental fazer uso das infantarias, que são forças militares preparadas para atuar em diversas situações, qualquer tipo de terreno, sob quaisquer condições meteorológicas e deslocando-se a pé, em viaturas de rodas ou até mesmo lançadas dos aviões (utilizando paraquedas para aterrizar).

Conheça a história de algumas que conseguiram vencer batalhas extremamente complexas contra o mato.