Como parte da programação da 23º edição da Fenasucro & Agrocana, o LIDE Ribeirão Preto reuniu empresários e lideranças para um encontro com o secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim
Fundado há 13 anos pelo jornalista João Dória Junior, o LIDE é um grupo que reúne empresas líderes do Brasil e do mundo, pois está em 15 países e em quase todos os Estados brasileiros congregando 1700 empresas que, juntas, representam 52% do PIB privado.
Um encontro com o secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, marcou a primeira reunião do LIDE Ribeirão Preto, que aconteceu no dia 27 de agosto dentro da programação da Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho-SP.
Sob a coordenação do presidente do LIDE Ribeirão, Fábio Fernandes, a reunião contou com empresários e lideranças da agricultura, como o presidente de honra da Fenasucro & Agrocana e presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo; o presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho; o secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho, Carlos Roberto Liboni; a presidente do LIDE Mulher Agronegócio Ribeirão Preto, Claudia Toniello; o presidente do LIDE Agronegócio Ribeirão Preto e do Grupo Maubisa, Maurílio Biagi Filho; o presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, Juan Pablo de
Vera; o professor da FEA-USP Marcos Fava Neves; o ex-presidente da Embrapa e presidente do LIDE Inovação Ribeirão Preto, Silvio Crestana e o deputado estadual, Welson Gasparini.
Na ocasião, debateram sobre o tema “Perspectivas e oportunidades no agronegócio”, onde abordaram as viabilidades a serem seguidas pela agricultura com base no momento econômico que o Brasil está passando, projetando expectativas positivas para os próximos meses, principalmente no setor sucroenergético.
O debate foi acompanhado por convidados e pela imprensa e contou com a cobertura do jornal americano, “The Wall Street Journal”, por meio do jornalista correspondente Jeffrey Lewis, que acompanhou a programação da 23ª Fenasucro & Agrocana. O presidente da LIDE Ribeirão falou com otimismo em seu discurso de abertura.
“Estruturamos um debate para discutir as perspectivas e as oportunidades para o agronegócio porque chega de falar de crise. Nós estamos querendo falar de oportunidades. A gente sempre ouve histórias de empresas que crescem na crise, que sejam as nossas”, destacou Fernandes.
“O LIDE é uma entidade que procura aglutinar pessoas em torno de ideias e objetivos, é um grande network”, disse Biagi. “Este é um ano muito especial para o setor, é mais um ano de desafios e, neste momento, estamos recebendo o LIDE na Fenasucro & Agrocana, que veio engrandecer ainda mais o nosso evento.
Não temos dúvidas que esta será a primeira de muitas parcerias que estaremos constituindo junto ao LIDE aqui na região e que poderá trazer mais oportunidades de negócios para todos”, garantiu o presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, Juan Pablo de Vera.
Durante palestra, Arnaldo Jardim falou sobre a importância de aproveitar o momento para ousar e avançar no sentido de agregar valor a produção. “Há iniciativas do Governo do Estado, do Governo Federal, e nós podemos ter nessa feira um momento de cobrança, para que as coisas caminhem. Temos o nosso etanol, a nossa bioeletricidade, temos a vanguarda neste segmento que é o que vai dar dinamismo no mundo nesta área. Só precisamos ser mais ousados”, afirmou o secretário de Agricultura, que ainda ressaltou que uma retomada econômica só é possível se houver previsibilidade. “Precisamos de estabilidade e previsibilidade, é muito complicado quando temos um mercado ruim porque significa que o consumidor não tem aferição de estabilidade e o produtor também não tem um ganho previsível”, analisou o secretário.
Uma recuperação do setor inclui também as mulheres, e no evento, elas foram representadas por Cláudia Toniello. “Estamos estruturando o LIDE Mulher Agronegócio Ribeirão Preto. A presença feminina no setor é muito tímida e por meio desse grupo vamos tentar chamar essas mulheres que trabalham no setor, mulheres de homens de negócios que trabalham também no setor e que estão “escondidas”. Vamos nos reunir com a proposta de trocar informações e trabalharmos lado a lado com os homens no setor. É claro que a gente não quer igualar aos homens porque sabemos que o setor é totalmente masculino, mas pelo menos melhorar essa realidade da presença da mulher”, disse a empresária.
Durante o debate, Maurílio Biagi cogitou uma possível escassez de etanol para abril de 2016, situação descartada por Antonio Tonielo. “Eu acho que não vai faltar etanol. Acredito que isso não vai acontecer porque várias empresas estão segurando um pouco de etanol para começar a disponibilizá-lo a partir de dezembro.
Além disso, tem muitas usinas que vão emendar a safra, a não ser que haja muita chuva e não tenha como produzir, mas eu acredito que esse risco não vamos ter. É claro que o etanol precisa ter um aumento, uma valorização, tudo o que ganhamos com a CIDE foi passado para o consumidor. A partir de outubro, novembro, começa a ter uma reação de preço, mas eu acredito que é uma reação que vai caber no bolso do consumidor”, enfatizou Tonielo.
Ainda sobre a perspectiva de Biagi sobre a possibilidade de faltar etanol no mercado, Fava Neves também compartilha da opinião de Tonielo. “Eu acho que com o advento do carro flex, não existe mais essa chance de faltar etanol porque as pessoas migram para a gasolina. Isso arrebenta o Brasil logicamente, pois vamos precisar importar mais gasolina e não temos dinheiro para pagar, mas não há essa perspectiva de faltar etanol. Eu acho que a hora que o mercado se equilibrar um pouco, o produto se valoriza e o equilíbrio vai trazer mais rentabilidade ao setor”, afirmou o professor.
Apesar das dificuldades enfrentadas no setor pela falta de inovação, o presidente do CEISE Br se mostrou confiante e esperançoso. “Em relação a outros setores, tanto o setor industrial quanto agrícola, há perdas muito grandes por falta de inovação. A indústria de base perdeu a capacidade de investir em tecnologia porque ficou sem recursos, perdendo pedidos. Eu espero que essa feira quebre esse momento de crise não só do nosso setor, mas a crise que envolve toda economia brasileira. Precisamos ter confiança e esperança que a gente vai conseguir vencer e é isso que o LIDE faz, cobrando dos políticos uma linha mais decente para gente trabalhar e voltar a crescer”, comentou Tonielo Filho.
Representando o prefeito de Sertãozinho, José Alberto Gimenez, o secretário da Indústria, Comércio, Abastecimento, Agricultura e Relações do Trabalho, Carlos Roberto Liboni alertou sobre a perda de competitividade no desenvolvimento tecnológico. “Estamos perdendo a capacidade de inovação porque não existem oportunidades em função da dificuldade que a indústria enfrenta. Nós temos a maior concentração de tecnologia de automação de processos do setor aqui no Brasil, em algumas cidades especificamente concentradas e nós estamos perdendo isso. Estamos dispersando essa capacidade tecnológica inclusive para fora do país”, observou o secretário.
Já o professor Silvio Crestana chamou a atenção para as mudanças do ponto de vista dos investimentos e da organização do setor. “Sertãozinho e região são um exemplo, a Fenasucro & Agrocana nasceram num momento de crise, de dificuldade e isso é importante, porque a crise traz com ela a oportunidade. A indústria enfrenta, neste momento, um sucateamento nos parques de máquinas e implementos agrícolas e precisa dar um salto. A inovação é o grande tema, se há 20 ou 30 anos não era tão importante, hoje claramente é importante e precisa dos apoios. Precisamos unir os empresários, os cientistas, as instituições, a comunicação e aqueles que tomam decisão ou que nos representam politicamente para nos organizarmos e voltarmos a investir e conquistar o nosso espaço”, disse o professor.
Se nos momentos de crise é preciso buscar as oportunidades, o CEISE Br está fazendo a lição. Durante o evento, Tonielo Filho deu uma informação importante sobre a proposta da criação do parque tecnológico. “Esse parque será um passo importante para melhorarmos a nossa eficiência e diminuir o nosso custo”, informou o presidente do CEISE Br.
Como parte da programação da 23º edição da Fenasucro & Agrocana, o LIDE Ribeirão Preto reuniu empresários e lideranças para um encontro com o secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim.
Fundado há 13 anos pelo jornalista João Dória Junior, o LIDE é um grupo que reúne empresas líderes do Brasil e do mundo, pois está em 15 países e em quase todos os Estados brasileiros congregando 1700 empresas que, juntas, representam 52% do PIB privado.
Um encontro com o secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, marcou a primeira reunião do LIDE Ribeirão Preto, que aconteceu no dia 27 de agosto dentro da programação da Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho-SP.
Sob a coordenação do presidente do LIDE Ribeirão, Fábio Fernandes, a reunião contou com empresários e lideranças da agricultura, como o presidente de honra da Fenasucro & Agrocana e presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo; o presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho; o secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho, Carlos Roberto Liboni; a presidente do LIDE Mulher Agronegócio Ribeirão Preto, Claudia Toniello; o presidente do LIDE Agronegócio Ribeirão Preto e do Grupo Maubisa, Maurílio Biagi Filho; o presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, Juan Pablo de
Vera; o professor da FEA-USP Marcos Fava Neves; o ex-presidente da Embrapa e presidente do LIDE Inovação Ribeirão Preto, Silvio Crestana e o deputado estadual, Welson Gasparini.
Na ocasião, debateram sobre o tema “Perspectivas e oportunidades no agronegócio”, onde abordaram as viabilidades a serem seguidas pela agricultura com base no momento econômico que o Brasil está passando, projetando expectativas positivas para os próximos meses, principalmente no setor sucroenergético.
O debate foi acompanhado por convidados e pela imprensa e contou com a cobertura do jornal americano, “The Wall Street Journal”, por meio do jornalista correspondente Jeffrey Lewis, que acompanhou a programação da 23ª Fenasucro & Agrocana. O presidente da LIDE Ribeirão falou com otimismo em seu discurso de abertura.
“Estruturamos um debate para discutir as perspectivas e as oportunidades para o agronegócio porque chega de falar de crise. Nós estamos querendo falar de oportunidades. A gente sempre ouve histórias de empresas que crescem na crise, que sejam as nossas”, destacou Fernandes.
“O LIDE é uma entidade que procura aglutinar pessoas em torno de ideias e objetivos, é um grande network”, disse Biagi. “Este é um ano muito especial para o setor, é mais um ano de desafios e, neste momento, estamos recebendo o LIDE na Fenasucro & Agrocana, que veio engrandecer ainda mais o nosso evento.
Não temos dúvidas que esta será a primeira de muitas parcerias que estaremos constituindo junto ao LIDE aqui na região e que poderá trazer mais oportunidades de negócios para todos”, garantiu o presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, Juan Pablo de Vera.
Durante palestra, Arnaldo Jardim falou sobre a importância de aproveitar o momento para ousar e avançar no sentido de agregar valor a produção. “Há iniciativas do Governo do Estado, do Governo Federal, e nós podemos ter nessa feira um momento de cobrança, para que as coisas caminhem. Temos o nosso etanol, a nossa bioeletricidade, temos a vanguarda neste segmento que é o que vai dar dinamismo no mundo nesta área. Só precisamos ser mais ousados”, afirmou o secretário de Agricultura, que ainda ressaltou que uma retomada econômica só é possível se houver previsibilidade. “Precisamos de estabilidade e previsibilidade, é muito complicado quando temos um mercado ruim porque significa que o consumidor não tem aferição de estabilidade e o produtor também não tem um ganho previsível”, analisou o secretário.
Uma recuperação do setor inclui também as mulheres, e no evento, elas foram representadas por Cláudia Toniello. “Estamos estruturando o LIDE Mulher Agronegócio Ribeirão Preto. A presença feminina no setor é muito tímida e por meio desse grupo vamos tentar chamar essas mulheres que trabalham no setor, mulheres de homens de negócios que trabalham também no setor e que estão “escondidas”. Vamos nos reunir com a proposta de trocar informações e trabalharmos lado a lado com os homens no setor. É claro que a gente não quer igualar aos homens porque sabemos que o setor é totalmente masculino, mas pelo menos melhorar essa realidade da presença da mulher”, disse a empresária.
Durante o debate, Maurílio Biagi cogitou uma possível escassez de etanol para abril de 2016, situação descartada por Antonio Tonielo. “Eu acho que não vai faltar etanol. Acredito que isso não vai acontecer porque várias empresas estão segurando um pouco de etanol para começar a disponibilizá-lo a partir de dezembro.
Além disso, tem muitas usinas que vão emendar a safra, a não ser que haja muita chuva e não tenha como produzir, mas eu acredito que esse risco não vamos ter. É claro que o etanol precisa ter um aumento, uma valorização, tudo o que ganhamos com a CIDE foi passado para o consumidor. A partir de outubro, novembro, começa a ter uma reação de preço, mas eu acredito que é uma reação que vai caber no bolso do consumidor”, enfatizou Tonielo.
Ainda sobre a perspectiva de Biagi sobre a possibilidade de faltar etanol no mercado, Fava Neves também compartilha da opinião de Tonielo. “Eu acho que com o advento do carro flex, não existe mais essa chance de faltar etanol porque as pessoas migram para a gasolina. Isso arrebenta o Brasil logicamente, pois vamos precisar importar mais gasolina e não temos dinheiro para pagar, mas não há essa perspectiva de faltar etanol. Eu acho que a hora que o mercado se equilibrar um pouco, o produto se valoriza e o equilíbrio vai trazer mais rentabilidade ao setor”, afirmou o professor.
Apesar das dificuldades enfrentadas no setor pela falta de inovação, o presidente do CEISE Br se mostrou confiante e esperançoso. “Em relação a outros setores, tanto o setor industrial quanto agrícola, há perdas muito grandes por falta de inovação. A indústria de base perdeu a capacidade de investir em tecnologia porque ficou sem recursos, perdendo pedidos. Eu espero que essa feira quebre esse momento de crise não só do nosso setor, mas a crise que envolve toda economia brasileira. Precisamos ter confiança e esperança que a gente vai conseguir vencer e é isso que o LIDE faz, cobrando dos políticos uma linha mais decente para gente trabalhar e voltar a crescer”, comentou Tonielo Filho.
Representando o prefeito de Sertãozinho, José Alberto Gimenez, o secretário da Indústria, Comércio, Abastecimento, Agricultura e Relações do Trabalho, Carlos Roberto Liboni alertou sobre a perda de competitividade no desenvolvimento tecnológico. “Estamos perdendo a capacidade de inovação porque não existem oportunidades em função da dificuldade que a indústria enfrenta. Nós temos a maior concentração de tecnologia de automação de processos do setor aqui no Brasil, em algumas cidades especificamente concentradas e nós estamos perdendo isso. Estamos dispersando essa capacidade tecnológica inclusive para fora do país”, observou o secretário.
Já o professor Silvio Crestana chamou a atenção para as mudanças do ponto de vista dos investimentos e da organização do setor. “Sertãozinho e região são um exemplo, a Fenasucro & Agrocana nasceram num momento de crise, de dificuldade e isso é importante, porque a crise traz com ela a oportunidade. A indústria enfrenta, neste momento, um sucateamento nos parques de máquinas e implementos agrícolas e precisa dar um salto. A inovação é o grande tema, se há 20 ou 30 anos não era tão importante, hoje claramente é importante e precisa dos apoios. Precisamos unir os empresários, os cientistas, as instituições, a comunicação e aqueles que tomam decisão ou que nos representam politicamente para nos organizarmos e voltarmos a investir e conquistar o nosso espaço”, disse o professor.
Se nos momentos de crise é preciso buscar as oportunidades, o CEISE Br está fazendo a lição. Durante o evento, Tonielo Filho deu uma informação importante sobre a proposta da criação do parque tecnológico. “Esse parque será um passo importante para melhorarmos a nossa eficiência e diminuir o nosso custo”, informou o presidente do CEISE Br.