Um projeto de irrigação na UFSCar – Campus Araras – SP é a menina dos olhos para o professor dr. José Geanini Peres, do departamento de Recursos Humanos e Proteção Ambiental da instituição. “Conseguimos ganhos expressivos de produtividade nos blocos irrigados”, conta ele, explicando que o experimento se baseia em quatro lâminas de irrigação e cinco variedades de cana-de-açúcar, todas da RIDESA/UFSCar (Programa de Melhoramento Genético de Cana da Universidade Federal de São Carlos).
Os detalhes dos experimentos com irrigação feitos na UFSCar foram destacados pelo professor durante encontro do GIFC, realizado na instituição, oportunidade na qual elogiou o trabalho do grupo no fomento à discussão e utilização de novas tecnologias de irrigação para o aumento da produtividade dos canaviais.
Cada um dos quatros blocos existentes no experimento tem tratamentos diferenciados, sendo que um deles não recebe nenhuma irrigação e os outros três recebem 50%, 100% e 150% da evaporação indicada por um medidor classificado como tanque Classe A, que identifica se ocorre ou não deficit hídrico, sendo os dados de evaporação registrados diariamente na estação meteorológica e disponibilizados na página do CCA/ UFSCar (Centro de Ciências Agrárias). “A partir dessa constatação, com mais ou menos evaporação, é feita a irrigação respeitando a necessidade indicada com aplicações de 2,5, 5 e 7,5 milímetros de água”, ensina o professor, dizendo que já colheram uma cana planta, duas socas e estão trabalhando na última soca.
O experimento faz parte das disciplinas de Irrigação e Drenagem, Hidráulica Agrícola e Relações Hídricas do Sistema Solo-Água-Planta, do curso de Agronomia da universidade, sendo que 30 estudantes já passaram pela experiência, que no momento é administrada por seis estudantes da graduação.
O aluno do terceiro ano de Agronomia da instituição, Vitor Strapasson, participa deste projeto desde o primeiro ano e considera a experiência válida. “Aprendemos muita coisa sobre o sistema de irrigação, é válido diante de tanta oportunidade no mercado de trabalho”, afirma.
A NaanDanJain é parceira neste projeto. “É política da empresa articular-se de forma institucional com entidades de classe, universidades, centros de pesquisa e outros órgãos oficiais e privados que fomentem o desenvolvimento da agricultura irrigada”, explica Antonio Alfredo Teixeira Mendes, gerente geral da NaanDanJain Brasil. A empresa iniciou suas atividades no Brasil em 1998, através da aquisição de participação societária em empresa distribuidora local, à época ainda como Dan Sprinklers, com matriz sediada em Israel. No ano de 2001, houve uma fusão entre Dan Sprinklers e Naan Irrigation, também Israelense, e a seguir sua incorporação pela empresa Indiana Jain Irrigation, fato que deu origem à NaanDanJain, no ano de 2007.
De acordo com Mendes, o sucesso da irrigação depende não apenas de um equipamento de qualidade e de um projeto bem executado, mas também de boas práticas de manejo de água e solo, manutenção preventiva e corretiva do sistema de irrigação e seus componentes, integração adequada da tecnologia às várias práticas agronômicas, domínio das tecnologias de fertirrigação e aplicação de produtos químicos via água de irrigação.
“No caso dos experimentos em curso na UFSCar, especificamente no que se refere à irrigação de canaviais, nosso objetivo é apoiar pesquisas que buscam trazer informações sobre produtividade de diferentes variedades de cana-de-açúcar submetidas a diferentes lâminas e manejo de irrigação, avaliar resultados da aplicação de produtos químicos em sistemas de gotejamento enterrados, entre muitos outros temas”, afirma.
A empresa participa ativamente também de outros projetos de pesquisa relacionados à agricultura irrigada e à aplicação de equipamentos de irrigação junto a empresas privadas e órgãos oficiais, como, Petrobras Biocombustíveis, Embrapa Pecuária Sudeste – Programa Balde Cheio, Instituto Agronômico de Campinas, UNESP, ESALQ/ USP, entre outros.
Evolução das tecnologias de irrigação
De acordo com o profissional, desde que a empresa iniciou suas atividades no Brasil, em 1998, houve um grande desenvolvimento nas tecnologias de irrigação, principalmente em sistemas de aspersão através de pivôs centrais e irrigação localizada de alta eficiência (gotejamento e microaspersão), seja para a irrigação de grãos, frutíferas, hortaliças, citros, café, cultivos protegidos (estufas e casas de vegetação) e outros cultivos de campo aberto.
No que se refere à irrigação de canaviais, o especialista diz que estima se que apenas 2 a 3% dos nove milhões de hectares plantados sejam efetivamente irrigados com água. “O que não inclui a aplicação de vinhaça através de sistemas
de irrigação por aspersão, principalmente carretéis enroladores autopropelidos”, afirma ele, constatando que, “dessa forma, há um enorme potencial de crescimento da irrigação de canaviais com água, especialmente nas áreas de déficit hídrico no Centro-Oeste, Noroeste do Estado de São Paulo – além do Nordeste do país, que acreditamos se tornará realidade nos próximos anos”.
A NaanDanJain, que oferece sistemas de irrigação por gotejamento auto compensados e anti-sifão subsuperficial e sistemas de irrigação por aspersão de alta eficiência, atualmente, tem como mercados mais relevantes em termos de áreas implantadas e distribuição de produtos e equipamentos para a irrigação, as culturas de citricultura, cafeicultura, fruticultura - principalmente de clima tropical - hortaliças, irrigação de pastagens para gado de leite e corte, cultivos protegidos de flores de corte, bulbos e gladíolos, estufas de propagação de mudas vegetais - inclusive controle climático e muitos outros cultivos de campo aberto.
Já o setor canavieiro, ainda tem muito a crescer, afirma o profissional. “A tecnologia de irrigação de alta eficiência para aplicação em canaviais ainda é bastante incipiente se comparada ao potencial, assim em termos de vendas, em 2014, o mercado de cana-de-açúcar representou menos de 10% do faturamento da NaanDanJain. Por outro lado, sabemos que o mercado sucroenergético é daqueles que apresentam maior potencial de crescimento a médio prazo, principalmente devido à necessidade urgente de aumento da produtividade agrícola e redução do custo da tonelada da cana produzida no país”, afirma.
O investimento para implantação de um projeto de irrigação localizado por gotejamento é da ordem de R$ 8 mil por ha. “O importante é que a amortização do investimento ocorre de forma muito positiva, devido ao aumento de produtividade e redução dos custos de produção, entre outros”, assegura o profissional, orientando aos interessados realizar um plano diretor de irrigação para cada unidade de produção, contemplando os investimentos de capital e custos operacionais para os vários sistemas de irrigação disponíveis, de forma a otimizar o retorno do investimento e garantir os ganhos econômicos projetados.
A perspectiva de crescimento da utilização da irrigação é aposta da empresa devido ao potencial do agronegócio brasileiro. Tanto que a companhia inaugurou uma nova fábrica no país este ano, trazendo para o Brasil a mais alta tecnologia de fabricação disponível no mercado internacional e ampliando de forma expressiva a capacidade de produção de tubos gotejadores integrados de inúmeras configurações, bem como tubos de polietileno para uso agrícola, conta o especialista. “Dessa forma, sentimo-nos totalmente preparados para reagir ao aumento da demanda que todos esperamos, com a superação das atuais dificuldades enfrentadas pelo setor de açúcar e álcool no país”, conclui.
Um projeto de irrigação na UFSCar – Campus Araras – SP é a menina dos olhos para o professor dr. José Geanini Peres, do departamento de Recursos Humanos e Proteção Ambiental da instituição. “Conseguimos ganhos expressivos de produtividade nos blocos irrigados”, conta ele, explicando que o experimento se baseia em quatro lâminas de irrigação e cinco variedades de cana-de-açúcar, todas da RIDESA/UFSCar (Programa de Melhoramento Genético de Cana da Universidade Federal de São Carlos).
Os detalhes dos experimentos com irrigação feitos na UFSCar foram destacados pelo professor durante encontro do GIFC, realizado na instituição, oportunidade na qual elogiou o trabalho do grupo no fomento à discussão e utilização de novas tecnologias de irrigação para o aumento da produtividade dos canaviais.
Cada um dos quatros blocos existentes no experimento tem tratamentos diferenciados, sendo que um deles não recebe nenhuma irrigação e os outros três recebem 50%, 100% e 150% da evaporação indicada por um medidor classificado como tanque Classe A, que identifica se ocorre ou não deficit hídrico, sendo os dados de evaporação registrados diariamente na estação meteorológica e disponibilizados na página do CCA/ UFSCar (Centro de Ciências Agrárias). “A partir dessa constatação, com mais ou menos evaporação, é feita a irrigação respeitando a necessidade indicada com aplicações de 2,5, 5 e 7,5 milímetros de água”, ensina o professor, dizendo que já colheram uma cana planta, duas socas e estão trabalhando na última soca.
O experimento faz parte das disciplinas de Irrigação e Drenagem, Hidráulica Agrícola e Relações Hídricas do Sistema Solo-Água-Planta, do curso de Agronomia da universidade, sendo que 30 estudantes já passaram pela experiência, que no momento é administrada por seis estudantes da graduação.
O aluno do terceiro ano de Agronomia da instituição, Vitor Strapasson, participa deste projeto desde o primeiro ano e considera a experiência válida. “Aprendemos muita coisa sobre o sistema de irrigação, é válido diante de tanta oportunidade no mercado de trabalho”, afirma.
A NaanDanJain é parceira neste projeto. “É política da empresa articular-se de forma institucional com entidades de classe, universidades, centros de pesquisa e outros órgãos oficiais e privados que fomentem o desenvolvimento da agricultura irrigada”, explica Antonio Alfredo Teixeira Mendes, gerente geral da NaanDanJain Brasil. A empresa iniciou suas atividades no Brasil em 1998, através da aquisição de participação societária em empresa distribuidora local, à época ainda como Dan Sprinklers, com matriz sediada em Israel. No ano de 2001, houve uma fusão entre Dan Sprinklers e Naan Irrigation, também Israelense, e a seguir sua incorporação pela empresa Indiana Jain Irrigation, fato que deu origem à NaanDanJain, no ano de 2007.
De acordo com Mendes, o sucesso da irrigação depende não apenas de um equipamento de qualidade e de um projeto bem executado, mas também de boas práticas de manejo de água e solo, manutenção preventiva e corretiva do sistema de irrigação e seus componentes, integração adequada da tecnologia às várias práticas agronômicas, domínio das tecnologias de fertirrigação e aplicação de produtos químicos via água de irrigação.
“No caso dos experimentos em curso na UFSCar, especificamente no que se refere à irrigação de canaviais, nosso objetivo é apoiar pesquisas que buscam trazer informações sobre produtividade de diferentes variedades de cana-de-açúcar submetidas a diferentes lâminas e manejo de irrigação, avaliar resultados da aplicação de produtos químicos em sistemas de gotejamento enterrados, entre muitos outros temas”, afirma.
A empresa participa ativamente também de outros projetos de pesquisa relacionados à agricultura irrigada e à aplicação de equipamentos de irrigação junto a empresas privadas e órgãos oficiais, como, Petrobras Biocombustíveis, Embrapa Pecuária Sudeste – Programa Balde Cheio, Instituto Agronômico de Campinas, UNESP, ESALQ/ USP, entre outros.
Evolução das tecnologias de irrigação
De acordo com o profissional, desde que a empresa iniciou suas atividades no Brasil, em 1998, houve um grande desenvolvimento nas tecnologias de irrigação, principalmente em sistemas de aspersão através de pivôs centrais e irrigação localizada de alta eficiência (gotejamento e microaspersão), seja para a irrigação de grãos, frutíferas, hortaliças, citros, café, cultivos protegidos (estufas e casas de vegetação) e outros cultivos de campo aberto.
No que se refere à irrigação de canaviais, o especialista diz que estima se que apenas 2 a 3% dos nove milhões de hectares plantados sejam efetivamente irrigados com água. “O que não inclui a aplicação de vinhaça através de sistemas
de irrigação por aspersão, principalmente carretéis enroladores autopropelidos”, afirma ele, constatando que, “dessa forma, há um enorme potencial de crescimento da irrigação de canaviais com água, especialmente nas áreas de déficit hídrico no Centro-Oeste, Noroeste do Estado de São Paulo – além do Nordeste do país, que acreditamos se tornará realidade nos próximos anos”.
A NaanDanJain, que oferece sistemas de irrigação por gotejamento auto compensados e anti-sifão subsuperficial e sistemas de irrigação por aspersão de alta eficiência, atualmente, tem como mercados mais relevantes em termos de áreas implantadas e distribuição de produtos e equipamentos para a irrigação, as culturas de citricultura, cafeicultura, fruticultura - principalmente de clima tropical - hortaliças, irrigação de pastagens para gado de leite e corte, cultivos protegidos de flores de corte, bulbos e gladíolos, estufas de propagação de mudas vegetais - inclusive controle climático e muitos outros cultivos de campo aberto.
Já o setor canavieiro, ainda tem muito a crescer, afirma o profissional. “A tecnologia de irrigação de alta eficiência para aplicação em canaviais ainda é bastante incipiente se comparada ao potencial, assim em termos de vendas, em 2014, o mercado de cana-de-açúcar representou menos de 10% do faturamento da NaanDanJain. Por outro lado, sabemos que o mercado sucroenergético é daqueles que apresentam maior potencial de crescimento a médio prazo, principalmente devido à necessidade urgente de aumento da produtividade agrícola e redução do custo da tonelada da cana produzida no país”, afirma.
O investimento para implantação de um projeto de irrigação localizado por gotejamento é da ordem de R$ 8 mil por ha. “O importante é que a amortização do investimento ocorre de forma muito positiva, devido ao aumento de produtividade e redução dos custos de produção, entre outros”, assegura o profissional, orientando aos interessados realizar um plano diretor de irrigação para cada unidade de produção, contemplando os investimentos de capital e custos operacionais para os vários sistemas de irrigação disponíveis, de forma a otimizar o retorno do investimento e garantir os ganhos econômicos projetados.
A perspectiva de crescimento da utilização da irrigação é aposta da empresa devido ao potencial do agronegócio brasileiro. Tanto que a companhia inaugurou uma nova fábrica no país este ano, trazendo para o Brasil a mais alta tecnologia de fabricação disponível no mercado internacional e ampliando de forma expressiva a capacidade de produção de tubos gotejadores integrados de inúmeras configurações, bem como tubos de polietileno para uso agrícola, conta o especialista. “Dessa forma, sentimo-nos totalmente preparados para reagir ao aumento da demanda que todos esperamos, com a superação das atuais dificuldades enfrentadas pelo setor de açúcar e álcool no país”, conclui.