Especialistas em cana-de-açúcar, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, apresentaram uma pesquisa inédita sobre o cultivo no sistema de plantio direto da palha. O experimento foi realizado pela primeira vez há quinze anos, mas somente agora foi divulgado.
A cana, plantada de forma permanente, foi desenvolvida pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta). No plantio direto, é possível perceber o tamanho dacana, muito maior que a convencional e cultivada direto na palha. Os resultados apontam que a adoção do sistema aumenta a produtividade em até 10 toneladas por hectare, e ainda diminui os custos para o produtor e sem a necessidade de queimar a palha.
O agrônomo da Apta, Delizart Bolonhezi, conta que a palha da cana é deixada na terra, dessa maneira, ela fornece mais nutrientes. Não é preciso preparar o solo e, além disso, economiza nos fertilizantes.
- Essa agricultura tem um alicerce embasado em três aspectos: rotação de culturas, o mínimo envolvimento e mínimo possível de distúrbio do solo, que vai conferir benefícios do ponto de vista agronômico, ambiental e econômico para o produtor. Essa prática de não preparar mais o solo, se não estiver associado à rotação de cultura na área agrícola, estará condenada a não ter sucesso. Cada vez mais a rotação de tráfego deve estar associada a essa cultura, pelo fato de não preparar mais o solo, o produtor vai controlar o tráfego sempre passando pelo mesmo local, isso diminui os problemas de compactação - explica Bolonhezi.
Em 2014, começa a proibição da queima da cana-de-açúcar em todo o Estado de São Paulo. Com o plantio direto, a técnica vira uma alternativa aos produtores rurais, pois é colhida crua e de maneira sustentável. Algumas usinas já adotaram o sistema e aprovam o resultado.
- Hoje, o empresário está bem preocupado por motivo de mercado. O ser sustentável tem um valor agregado. Existem diversas facilidades no mercado para venda e para fazer financiamentos com os bancos. É muito importante para a empresa estar enquadrada na sustentabilidade - ressalta Iza Barbosa, consultora em responsabilidade social da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
- Não adianta falar em sustentabilidade para o produtor se ele estiver no vermelho. Ele precisa ter dinheiro para investir. A proposta do plantio direto confere isso pois ela diminui a instabilidade nos primeiros anos de produção. Às vezes o produtor pode não produzir mais, mas ele gasta bem menos - conclui Bolonhezi.
Daniel Morales
Fonte: Rural BR
Especialistas em cana-de-açúcar, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, apresentaram uma pesquisa inédita sobre o cultivo no sistema de plantio direto da palha. O experimento foi realizado pela primeira vez há quinze anos, mas somente agora foi divulgado.
A cana, plantada de forma permanente, foi desenvolvida pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta). No plantio direto, é possível perceber o tamanho dacana, muito maior que a convencional e cultivada direto na palha. Os resultados apontam que a adoção do sistema aumenta a produtividade em até 10 toneladas por hectare, e ainda diminui os custos para o produtor e sem a necessidade de queimar a palha.
O agrônomo da Apta, Delizart Bolonhezi, conta que a palha da cana é deixada na terra, dessa maneira, ela fornece mais nutrientes. Não é preciso preparar o solo e, além disso, economiza nos fertilizantes.
- Essa agricultura tem um alicerce embasado em três aspectos: rotação de culturas, o mínimo envolvimento e mínimo possível de distúrbio do solo, que vai conferir benefícios do ponto de vista agronômico, ambiental e econômico para o produtor. Essa prática de não preparar mais o solo, se não estiver associado à rotação de cultura na área agrícola, estará condenada a não ter sucesso. Cada vez mais a rotação de tráfego deve estar associada a essa cultura, pelo fato de não preparar mais o solo, o produtor vai controlar o tráfego sempre passando pelo mesmo local, isso diminui os problemas de compactação - explica Bolonhezi.
Em 2014, começa a proibição da queima da cana-de-açúcar em todo o Estado de São Paulo. Com o plantio direto, a técnica vira uma alternativa aos produtores rurais, pois é colhida crua e de maneira sustentável. Algumas usinas já adotaram o sistema e aprovam o resultado.
- Hoje, o empresário está bem preocupado por motivo de mercado. O ser sustentável tem um valor agregado. Existem diversas facilidades no mercado para venda e para fazer financiamentos com os bancos. É muito importante para a empresa estar enquadrada na sustentabilidade - ressalta Iza Barbosa, consultora em responsabilidade social da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
- Não adianta falar em sustentabilidade para o produtor se ele estiver no vermelho. Ele precisa ter dinheiro para investir. A proposta do plantio direto confere isso pois ela diminui a instabilidade nos primeiros anos de produção. Às vezes o produtor pode não produzir mais, mas ele gasta bem menos - conclui Bolonhezi.
Daniel Morales