No dia 20 de junho, o Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado em Ribeirão Preto, recebeu a visita de 84 representantes de 18 países que fazem parte do Pré-congresso e Exposição de Tecnologia Sucroenergética (ISSCT), em sua 28ª edição. O evento, considerado o maior congresso internacional de conhecimento do setor, acontecerá na Capital paulista, do dia 24 a 27 de junho de 2013, e contará com a presença de dois mil participantes, sendo 1.500 deles estrangeiros.
Durante o pré-congresso, os participantes terão a oportunidade de conhecer instituições de pesquisas ligadas à cana-de-açúcar e usinas. O Centro de Cana do IAC foi escolhido devido a excelência de suas pesquisas na canavicultura e por ter um dos maiores programas de pesquisa em cana-de-açúcar do País. "Essa visita é muito importante, porque mostra o reconhecimento do nosso trabalho. Existem várias instituições de pesquisa brasileiras que trabalham com cana-de-açúcar e ser uma das duas escolhidas pelos participantes é muito importante para nós", afirma Raffaella Rossetto, integrante do Programa Cana IAC.O público é formado por cientistas, tecnólogos, gestores, engenheiros, representantes de instituições e empresas, agrônomos biólogos, pessoas ligadas à indústria, subprodutos e setor administrativo, entre outros. Os participantes pertencem a 18 países: Camarões, Austrália, Colômbia, França, Índia, Indonésia, Costa do Marfim, Japão, México, Paquistão, Ilhas Reunião, Senegal, Tailândia, Inglaterra, Ilha Maurício, Estados Unidos e África do Sul.
Matriz energética limpa e renovável
Nos últimos anos, o IAC desenvolveu 19 variedades de cana-de-açúcar para o setor sucroalcooleiro, acompanhadas de pacotes tecnológicos que têm viabilizado a canavicultura em 9 Estados brasileiros.
A competitividade paulista tem sido transferida para outros países, que buscam no Instituto parcerias para o desenvolvimento do setor. É o caso do México, que ao adotar variedades e tecnologias IAC já alcançou ganhos de 70% da produtividade em seus canaviais, comparando com resultados obtidos com as variedades até então plantadas no País. Angola e Países da América Central também já mantêm contato com o Instituto com interesse na recepção de tecnologias paulistas. Por isso, os mexicanos Carlos Riquelme, Genaro Pantaleón e Israel Juárez, do Ingenio Motzorongo, da Província Vera Cruz, fizeram escala no IAC, em Ribeirão Preto, antes de partirem pra São Paulo para participar do ISSCT. São de Vera Cruz, o maior estado produtor de cana do País e vieram buscar tecnologia de ponta no Brasil.
A pesquisa agrícola gerou variedades de cana mais produtivas. De 1975 a 2010, a produtividade na canavicultura saltou de 65 para 90 toneladas por hectare. Aquelas 65 t/ha eram atingidas na média de três colheitas e hoje a produtividade de 90t/ha se dá em cinco cortes. Traduzindo: além do ganho, o aumento do número de cortes concede maior longevidade aos canaviais, reduzindo custos e impacto ambiental. A pesquisa melhorou também o rendimento industrial: antes se extraía o equivalente a 60 litros de etanol de cada tonelada de cana. Atualmente, com o desenvolvimento de variedades mais ricas e precoces, obtém-se cerca de 90 litros/t cana na média da safra. O mesmo vale para o açúcar: no passado se alcançava 90 kg de açúcar de cada tonelada. Com as novas variedades, saltou-se para 120 kg, na média da safra.Ao conhecerem os experimentos do IAC, os visitantes ficaram surpresos com o tamanho das canas, como a IACSP- 95-5000, que chega a seis metros de altura e em área irrigadas alcança 350 toneladas por hectare. A cana biomassa também chamou a atenção com sua estrutura diferenciada.
Entre os admirados estava o professor Eizo Taira, da Universidade de Agricultura de Ryukyus, Japão, ele atua em uma ilha tradicional na produção de cana, Okinawa. A matéria-prima vai para a produção de açúcar, mas ao visitar o Brasil Eizo vê a possibilidade de conhecer novas possibilidades, como a cana biomassa.
Os visitantes também conheceram a nova tecnologia de plantio desenvolvida pelo IAC o de Mudas Pré Brotadas (MPB), que promete revolucionar o processo, reduzindo custos, tempo de implantação no viveiros e de cana no plantio, ao invés das 18 toneladas por hectare utilizadas atualmente no plantio mecânico, serão duas toneladas.
Luciana Paiva
Fonte: Universoagro
No dia 20 de junho, o Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado em Ribeirão Preto, recebeu a visita de 84 representantes de 18 países que fazem parte do Pré-congresso e Exposição de Tecnologia Sucroenergética (ISSCT), em sua 28ª edição. O evento, considerado o maior congresso internacional de conhecimento do setor, acontecerá na Capital paulista, do dia 24 a 27 de junho de 2013, e contará com a presença de dois mil participantes, sendo 1.500 deles estrangeiros.
Durante o pré-congresso, os participantes terão a oportunidade de conhecer instituições de pesquisas ligadas à cana-de-açúcar e usinas. O Centro de Cana do IAC foi escolhido devido a excelência de suas pesquisas na canavicultura e por ter um dos maiores programas de pesquisa em cana-de-açúcar do País. "Essa visita é muito importante, porque mostra o reconhecimento do nosso trabalho. Existem várias instituições de pesquisa brasileiras que trabalham com cana-de-açúcar e ser uma das duas escolhidas pelos participantes é muito importante para nós", afirma Raffaella Rossetto, integrante do Programa Cana IAC.O público é formado por cientistas, tecnólogos, gestores, engenheiros, representantes de instituições e empresas, agrônomos biólogos, pessoas ligadas à indústria, subprodutos e setor administrativo, entre outros. Os participantes pertencem a 18 países: Camarões, Austrália, Colômbia, França, Índia, Indonésia, Costa do Marfim, Japão, México, Paquistão, Ilhas Reunião, Senegal, Tailândia, Inglaterra, Ilha Maurício, Estados Unidos e África do Sul.
Matriz energética limpa e renovável
Nos últimos anos, o IAC desenvolveu 19 variedades de cana-de-açúcar para o setor sucroalcooleiro, acompanhadas de pacotes tecnológicos que têm viabilizado a canavicultura em 9 Estados brasileiros.
A competitividade paulista tem sido transferida para outros países, que buscam no Instituto parcerias para o desenvolvimento do setor. É o caso do México, que ao adotar variedades e tecnologias IAC já alcançou ganhos de 70% da produtividade em seus canaviais, comparando com resultados obtidos com as variedades até então plantadas no País. Angola e Países da América Central também já mantêm contato com o Instituto com interesse na recepção de tecnologias paulistas. Por isso, os mexicanos Carlos Riquelme, Genaro Pantaleón e Israel Juárez, do Ingenio Motzorongo, da Província Vera Cruz, fizeram escala no IAC, em Ribeirão Preto, antes de partirem pra São Paulo para participar do ISSCT. São de Vera Cruz, o maior estado produtor de cana do País e vieram buscar tecnologia de ponta no Brasil.
A pesquisa agrícola gerou variedades de cana mais produtivas. De 1975 a 2010, a produtividade na canavicultura saltou de 65 para 90 toneladas por hectare. Aquelas 65 t/ha eram atingidas na média de três colheitas e hoje a produtividade de 90t/ha se dá em cinco cortes. Traduzindo: além do ganho, o aumento do número de cortes concede maior longevidade aos canaviais, reduzindo custos e impacto ambiental. A pesquisa melhorou também o rendimento industrial: antes se extraía o equivalente a 60 litros de etanol de cada tonelada de cana. Atualmente, com o desenvolvimento de variedades mais ricas e precoces, obtém-se cerca de 90 litros/t cana na média da safra. O mesmo vale para o açúcar: no passado se alcançava 90 kg de açúcar de cada tonelada. Com as novas variedades, saltou-se para 120 kg, na média da safra.Ao conhecerem os experimentos do IAC, os visitantes ficaram surpresos com o tamanho das canas, como a IACSP- 95-5000, que chega a seis metros de altura e em área irrigadas alcança 350 toneladas por hectare. A cana biomassa também chamou a atenção com sua estrutura diferenciada.
Entre os admirados estava o professor Eizo Taira, da Universidade de Agricultura de Ryukyus, Japão, ele atua em uma ilha tradicional na produção de cana, Okinawa. A matéria-prima vai para a produção de açúcar, mas ao visitar o Brasil Eizo vê a possibilidade de conhecer novas possibilidades, como a cana biomassa.
Os visitantes também conheceram a nova tecnologia de plantio desenvolvida pelo IAC o de Mudas Pré Brotadas (MPB), que promete revolucionar o processo, reduzindo custos, tempo de implantação no viveiros e de cana no plantio, ao invés das 18 toneladas por hectare utilizadas atualmente no plantio mecânico, serão duas toneladas.
Luciana Paiva