A expansão da produção de cana-de-açúcar no Brasil para a conversão em etanol poderia reduzir as emissões globais de dióxido de carbono em até 5,6% , diz estudo publicado na "Nature Climate Change" nesta segunda-feira (23). A análise foi coordenada por Stephen P. Long, da Universidade de Illinois (EUA) e incluiu cientistas da USP (Universidade de São Paulo).
"A produção de etanol à base de cana no Brasil hoje é muito mais eficiente que o etanol de milho, e gera apenas 14% das emissões de dióxido de carbono do petróleo", diz Amanda de Souza, estudante de pós-doutorado da Universidade de São Paulo, que faz estágio na Universidade de Illinois.
A equipe utilizou modelos matemáticos para avaliar o impacto da produção de etanol como combustível. Eles projetaram que a expansão da cultura de cana no Brasil deve ser feita de forma maciça, em uma área de terra que equivaleria à junção dos estados do Texas e da Califórnia, nos Estados Unidos.
Foram pensados três modelos que expandiriam a produção de cana entre 37.5 e 116 milhões de hectares; o último deles levando à diminuição de emissão de CO2 em 5,6%. Segundo os pesquisadores, o Brasil estaria preparado para levar esse projeto adiante -- pela expertise na produção da cana.
"Ao contrário dos EUA, o Brasil usa quase toda a planta de cana-de-açúcar. Extrai o açúcar para produzir etanol e queima o caule para alimentar o moinho e gerar eletricidade", diz Amanda.
"A produção brasileira de cana é provavelmente a mais avançada do mundo", completa Long.
O país também está à frente no que tange a práticas mais sustentáveis de produção. Os pesquisadores citam que, em São Paulo, o governo proibiu a queima da cana antes da colheita -- prática que ajuda a poluir a atmosfera. A queimada era utilizada para reduzir a quantidade de material a ser transportada para o moinho; e, por isso, ainda é utilizada em alguns lugares, como nos Estados Unidos.
O acordo climático de Paris de dezembro de 2017, assinado por 195 nações (Estados Unidos não ratificou o acordo) tenta limitar o aumento da temperatura global do planeta em menos de 2°C. Para os pesquisadores, várias estratégias devem ser adotadas para que a meta seja atingida -- e a expansão do uso do etanol é uma delas.
Eles acreditam que a expansão do plantio da cana-de-açúcar no Brasil pode ser, ainda, uma solução de curto prazo para que a meta seja atingida.
A expansão da produção de cana-de-açúcar no Brasil para a conversão em etanol poderia reduzir as emissões globais de dióxido de carbono em até 5,6% , diz estudo publicado na "Nature Climate Change" nesta segunda-feira (23). A análise foi coordenada por Stephen P. Long, da Universidade de Illinois (EUA) e incluiu cientistas da USP (Universidade de São Paulo).
"A produção de etanol à base de cana no Brasil hoje é muito mais eficiente que o etanol de milho, e gera apenas 14% das emissões de dióxido de carbono do petróleo", diz Amanda de Souza, estudante de pós-doutorado da Universidade de São Paulo, que faz estágio na Universidade de Illinois.
A equipe utilizou modelos matemáticos para avaliar o impacto da produção de etanol como combustível. Eles projetaram que a expansão da cultura de cana no Brasil deve ser feita de forma maciça, em uma área de terra que equivaleria à junção dos estados do Texas e da Califórnia, nos Estados Unidos.
Foram pensados três modelos que expandiriam a produção de cana entre 37.5 e 116 milhões de hectares; o último deles levando à diminuição de emissão de CO2 em 5,6%. Segundo os pesquisadores, o Brasil estaria preparado para levar esse projeto adiante -- pela expertise na produção da cana.
"Ao contrário dos EUA, o Brasil usa quase toda a planta de cana-de-açúcar. Extrai o açúcar para produzir etanol e queima o caule para alimentar o moinho e gerar eletricidade", diz Amanda.
"A produção brasileira de cana é provavelmente a mais avançada do mundo", completa Long.
O país também está à frente no que tange a práticas mais sustentáveis de produção. Os pesquisadores citam que, em São Paulo, o governo proibiu a queima da cana antes da colheita -- prática que ajuda a poluir a atmosfera. A queimada era utilizada para reduzir a quantidade de material a ser transportada para o moinho; e, por isso, ainda é utilizada em alguns lugares, como nos Estados Unidos.
O acordo climático de Paris de dezembro de 2017, assinado por 195 nações (Estados Unidos não ratificou o acordo) tenta limitar o aumento da temperatura global do planeta em menos de 2°C. Para os pesquisadores, várias estratégias devem ser adotadas para que a meta seja atingida -- e a expansão do uso do etanol é uma delas.
Eles acreditam que a expansão do plantio da cana-de-açúcar no Brasil pode ser, ainda, uma solução de curto prazo para que a meta seja atingida.