Estudo aponta viabilidade de usinas flex para produção de etanol de cana-de-açúcar e milho

25/09/2014 Geral POR: Canal Rural 23/09/2014
O investimento para transformar usinas de cana-de-açúcar em usinas flex é viável, de acordo com um estudo apresentado nesta terça, dia 23, pela consultoria INTL FCStone, em São Paulo. As usinas flex produzem etanol de cana e também de milho, ao mesmo tempo. Hoje, o Brasil tem somente duas usinas flex no Estado de Mato Grosso.
A safra de cana-de-açúcar dura, em média, seis meses. No restante do ano, as usinas ficam ociosas. Numa unidade flex, a produção de etanol de milho permite a operação o ano todo. Os baixos preços do cereal, em razão do aumento de produção no Brasil e no mercado externo é outro fator positivo, porque reduz os custos das industriais. Estes são alguns argumentos a favor das usinas flex, que foram apresentados pelo estudo.
A primeira usina flex do mundo fica em Campos de Júlio (MT), o gerente industrial Vital Nogueira conta que 80% dos equipamentos da fábrica são para produção de etanol de cana-de-açúcar, mas podem ser utilizados para produção de etanol de milho, na entressafra da primeira opção.
Nogueira explica que a operação começou há três anos e é um caso de sucesso. O investimento para adaptar a usina valeu a pena.
- Hoje, inicialmente uma planta de até 400 mil litros/dia custaria entre R$ 30 e R$ 40 milhões - calcula.
O estudo verificou a viabilidade do etanol de milho nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Mas é o Estado de Mato Grosso que apresenta as melhores condições para o etanol do cereal.
- Tem o preço do milho baixo, em função da segunda safra de milho e por causa do preço doetanol também, que lá é bem alto - diz a analista de macroeconomia da INTL FCStone Ligia Heise.
Além das usinas flex, também é considerado viável o investimento em plantas exclusivas deetanol de milho, principalmente próximo a regiões produtoras do cereal. Há dois projetos de plantas desse tipo em andamento na região Centro-Oeste. Em até dois anos, as indústrias devem começar a produzir. O etanol tem os custos reduzidos com a venda de um subproduto do milho, o DDG, que é utilizado como ração.
- A tendência é que ele seja negociado a um valor um pouco abaixo das atuais fontes de proteína, principalmente o farelo de soja. Então, é um negócio que interessa bastante para o mercado de alimentação animal - salienta Thadeu Silva, diretor de Inteligência da consultoria.
Roberta Silveira
O investimento para transformar usinas de cana-de-açúcar em usinas flex é viável, de acordo com um estudo apresentado nesta terça, dia 23, pela consultoria INTL FCStone, em São Paulo. As usinas flex produzem etanol de cana e também de milho, ao mesmo tempo. Hoje, o Brasil tem somente duas usinas flex no Estado de Mato Grosso.
A safra de cana-de-açúcar dura, em média, seis meses. No restante do ano, as usinas ficam ociosas. Numa unidade flex, a produção de etanol de milho permite a operação o ano todo. Os baixos preços do cereal, em razão do aumento de produção no Brasil e no mercado externo é outro fator positivo, porque reduz os custos das industriais. Estes são alguns argumentos a favor das usinas flex, que foram apresentados pelo estudo.
A primeira usina flex do mundo fica em Campos de Júlio (MT), o gerente industrial Vital Nogueira conta que 80% dos equipamentos da fábrica são para produção de etanol de cana-de-açúcar, mas podem ser utilizados para produção de etanol de milho, na entressafra da primeira opção.
Nogueira explica que a operação começou há três anos e é um caso de sucesso. O investimento para adaptar a usina valeu a pena.
- Hoje, inicialmente uma planta de até 400 mil litros/dia custaria entre R$ 30 e R$ 40 milhões - calcula.
O estudo verificou a viabilidade do etanol de milho nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Mas é o Estado de Mato Grosso que apresenta as melhores condições para o etanol do cereal.
- Tem o preço do milho baixo, em função da segunda safra de milho e por causa do preço doetanol também, que lá é bem alto - diz a analista de macroeconomia da INTL FCStone Ligia Heise.
Além das usinas flex, também é considerado viável o investimento em plantas exclusivas deetanol de milho, principalmente próximo a regiões produtoras do cereal. Há dois projetos de plantas desse tipo em andamento na região Centro-Oeste. Em até dois anos, as indústrias devem começar a produzir. O etanol tem os custos reduzidos com a venda de um subproduto do milho, o DDG, que é utilizado como ração.
- A tendência é que ele seja negociado a um valor um pouco abaixo das atuais fontes de proteína, principalmente o farelo de soja. Então, é um negócio que interessa bastante para o mercado de alimentação animal - salienta Thadeu Silva, diretor de Inteligência da consultoria.
Roberta Silveira