A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nesta quartafeira um amplo levantamento sobre os custos de produção da safra 2015/16. O trabalho foi preparado com base nos resultados de mais de 1,2 mil produtores espalhados por 24 Estados, e confirmou grandes prejuízos com quebras de produção verificadas em várias regiões produtoras, principalmente de grãos. Essa situação chegou inclusive a inflar dívidas de muitos produtores.
O projeto “Campo Futuro”, da CNA, que está em sua segunda edição, pesquisou 14 culturas diferentes: soja, milho, trigo, arroz, frutas, café, canadeaçúcar, silvicultura, hortícolas, pecuária de corte, pecuária de leite, aves, suínos e aquicultura.
No caso da soja, por exemplo, a conclusão a partir de pesquisas com grupos de agricultores de 30 municípios de 12 Estados das regiões CentroOeste, Sul e do “Matopiba” apontou margens de rentabilidade menores que na temporada anterior (2014/15). Houve margem bruta negativa nos municípios de Camaquã (RS), Balsas (MA), Uruçuí (PI) e Luís Eduardo Magalhães (BA).
Em algumas grandes cidades de produção de soja, houve prejuízo financeiro para a média dos produtores pesquisados quando o cultivo foi feito com o grão não convencional. Em Sorriso (MT), houve margem negativa de R$ 418 por hectare e em Primavera do Leste (MT), houve margem negativa de R$ 67 hectare. Mas também há exemplos positivos em regiões que não sofreram com o clima como em Uberaba (MG), onde houve margem no azul de até R$ 1.092,6 por hectare.
Já para o milho, principalmente o produzido em segunda safra, houve rentabilidade negativa no ciclo 2015/16 na maioria dos municípios pesquisados. Nos extremos observados, a melhor rentabilidade bruta foi observada em Mineiros (GO), com R$ 1.875 por hectare – para áreas cultivadas com milho convencional –, e em Cascavel (PR), com R$ 3.247,50 por hectare, em áreas com milho transgênico. Por outro lado, as piores rentabilidades fora observadas em Querência (MT), com R$ 475 por hectare para o milho transgênico.
“A gente observou que este ano foi um ano financeiramente pior que o anterior, principalmente em função do clima. A quebra de produtividade nos grãos não atrapalhou só a agricultura, mas a pecuária também”, disse Bruno Lucchi, superintendente técnico da CNA. “Praticamente todas as margens de lucratividade das culturas ficaram mais achatadas, como no caso do milho safrinha”, acrescentou.
Lucchi ainda destacou que houve aumento significativo nos custos de alimentação em produtos pecuários como carnes de aves e suínos, principalmente. Mas também houve pressão na produção de leite, cujo preço ensaiou uma melhora, que não se consolidou.
Outra cultura que sofreu bastante com o clima foi o café, com quebra de safra de 50% no Espírito Santo, onde a variedade conilon sofreu com perdas de produtividade.
Como resultado, Lucchi projetou que a atual safra (2016/17) deve ser marcada novamente por dificuldades no acesso ao crédito rural pelos produtores. “Avaliamos que os bancos ainda vão estar rigorosos em 2016/17. As exigências que tivemos este ano como hipoteca, penhor de safra e seguro rural vão se intensificar no ano que vem. Pior, o produtor que era classificado com risco baixo pode ter sua classificação piorada em função de ele estar com dificuldade para contratar seguro”, concluiu.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou nesta quartafeira um amplo levantamento sobre os custos de produção da safra 2015/16. O trabalho foi preparado com base nos resultados de mais de 1,2 mil produtores espalhados por 24 Estados, e confirmou grandes prejuízos com quebras de produção verificadas em várias regiões produtoras, principalmente de grãos. Essa situação chegou inclusive a inflar dívidas de muitos produtores.
O projeto “Campo Futuro”, da CNA, que está em sua segunda edição, pesquisou 14 culturas diferentes: soja, milho, trigo, arroz, frutas, café, canadeaçúcar, silvicultura, hortícolas, pecuária de corte, pecuária de leite, aves, suínos e aquicultura.
No caso da soja, por exemplo, a conclusão a partir de pesquisas com grupos de agricultores de 30 municípios de 12 Estados das regiões CentroOeste, Sul e do “Matopiba” apontou margens de rentabilidade menores que na temporada anterior (2014/15). Houve margem bruta negativa nos municípios de Camaquã (RS), Balsas (MA), Uruçuí (PI) e Luís Eduardo Magalhães (BA).
Em algumas grandes cidades de produção de soja, houve prejuízo financeiro para a média dos produtores pesquisados quando o cultivo foi feito com o grão não convencional. Em Sorriso (MT), houve margem negativa de R$ 418 por hectare e em Primavera do Leste (MT), houve margem negativa de R$ 67 hectare. Mas também há exemplos positivos em regiões que não sofreram com o clima como em Uberaba (MG), onde houve margem no azul de até R$ 1.092,6 por hectare.
Já para o milho, principalmente o produzido em segunda safra, houve rentabilidade negativa no ciclo 2015/16 na maioria dos municípios pesquisados. Nos extremos observados, a melhor rentabilidade bruta foi observada em Mineiros (GO), com R$ 1.875 por hectare – para áreas cultivadas com milho convencional –, e em Cascavel (PR), com R$ 3.247,50 por hectare, em áreas com milho transgênico. Por outro lado, as piores rentabilidades fora observadas em Querência (MT), com R$ 475 por hectare para o milho transgênico.
“A gente observou que este ano foi um ano financeiramente pior que o anterior, principalmente em função do clima. A quebra de produtividade nos grãos não atrapalhou só a agricultura, mas a pecuária também”, disse Bruno Lucchi, superintendente técnico da CNA. “Praticamente todas as margens de lucratividade das culturas ficaram mais achatadas, como no caso do milho safrinha”, acrescentou.
Lucchi ainda destacou que houve aumento significativo nos custos de alimentação em produtos pecuários como carnes de aves e suínos, principalmente. Mas também houve pressão na produção de leite, cujo preço ensaiou uma melhora, que não se consolidou.
Outra cultura que sofreu bastante com o clima foi o café, com quebra de safra de 50% no Espírito Santo, onde a variedade conilon sofreu com perdas de produtividade.
Como resultado, Lucchi projetou que a atual safra (2016/17) deve ser marcada novamente por dificuldades no acesso ao crédito rural pelos produtores. “Avaliamos que os bancos ainda vão estar rigorosos em 2016/17. As exigências que tivemos este ano como hipoteca, penhor de safra e seguro rural vão se intensificar no ano que vem. Pior, o produtor que era classificado com risco baixo pode ter sua classificação piorada em função de ele estar com dificuldade para contratar seguro”, concluiu.