Etanol: Após pico em dezembro, exportação deve diminuir

07/01/2016 Etanol POR: Agência Estado 06/01/16
As exportações de etanol pelo Brasil, que surpreenderam em dezembro, devem começar a cair a partir de agora, na avaliação de Martinho Ono, CEO da trading SCA. A necessidade de abastecimento interno e o período de entressafra de cana-de-açúcar, que se estende até março, tendem a reduzir a oferta do produto, principalmente de anidro, o mais embarcado pelo País. "A disponibilidade no spot é muito estreita. Não é tendência ficarmos nesses números (de vendas)", afirmou ele ao Broadcast Agro.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que o Brasil exportou no mês passado 286,7 milhões de litros de etanol, o melhor resultado mensal desde outubro de 2013, quando foram embarcados para o exterior 336 milhões de litros. De lá para cá, a demanda internacional pelo biocombustível não foi das melhores, e o País chegou a registrar vendas externas de apenas 21 milhões de litros em abril deste ano.
O cenário só se alterou na segunda metade de 2015, com a disparada do dólar para R$ 4. "Houve arbitragem no segundo semestre do ano passado. O mercado externo pagava melhor e, na média, vendemos 200 milhões de litros por mês", destacou Ono. Dezembro foi o melhor mês do ano. Os mais de 285 milhões de litros representaram aumento de 47% sobre novembro e de 115% na comparação anual, empurrando o acumulado de 2015 para 1,86 bilhão de litros (+33,5%).
O executivo da SCA comentou ainda que, tomando-se apenas o período da safra 2015/16, iniciada em abril, até dezembro, as exportações atingem 1,52 bilhão de litros. "Faltam uns 400 milhões de litros para exportar, o que daria 130 milhões de litros por mês nos próximos três meses", projetou, com base na estimativa de embarques da SCA para a temporada, de 1,90 bilhão a 2 bilhões de litros.
Para Ono, mesmo que o dólar continue subindo não há espaço para que as exportações aumentem para além dos atuais níveis na safra 2016/17, que se inicia em abril. Conforme ele, as obrigações quanto ao abastecimento interno, estipuladas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), impedem que as vendas ao exterior disparem. "O ´cobertor´ de abastecimento interno é muito curto", disse.
As exportações de etanol pelo Brasil, que surpreenderam em dezembro, devem começar a cair a partir de agora, na avaliação de Martinho Ono, CEO da trading SCA. A necessidade de abastecimento interno e o período de entressafra de cana-de-açúcar, que se estende até março, tendem a reduzir a oferta do produto, principalmente de anidro, o mais embarcado pelo País. "A disponibilidade no spot é muito estreita. Não é tendência ficarmos nesses números (de vendas)", afirmou ele ao Broadcast Agro.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que o Brasil exportou no mês passado 286,7 milhões de litros de etanol, o melhor resultado mensal desde outubro de 2013, quando foram embarcados para o exterior 336 milhões de litros. De lá para cá, a demanda internacional pelo biocombustível não foi das melhores, e o País chegou a registrar vendas externas de apenas 21 milhões de litros em abril deste ano.
O cenário só se alterou na segunda metade de 2015, com a disparada do dólar para R$ 4. "Houve arbitragem no segundo semestre do ano passado. O mercado externo pagava melhor e, na média, vendemos 200 milhões de litros por mês", destacou Ono. Dezembro foi o melhor mês do ano. Os mais de 285 milhões de litros representaram aumento de 47% sobre novembro e de 115% na comparação anual, empurrando o acumulado de 2015 para 1,86 bilhão de litros (+33,5%).
O executivo da SCA comentou ainda que, tomando-se apenas o período da safra 2015/16, iniciada em abril, até dezembro, as exportações atingem 1,52 bilhão de litros. "Faltam uns 400 milhões de litros para exportar, o que daria 130 milhões de litros por mês nos próximos três meses", projetou, com base na estimativa de embarques da SCA para a temporada, de 1,90 bilhão a 2 bilhões de litros.
Para Ono, mesmo que o dólar continue subindo não há espaço para que as exportações aumentem para além dos atuais níveis na safra 2016/17, que se inicia em abril. Conforme ele, as obrigações quanto ao abastecimento interno, estipuladas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), impedem que as vendas ao exterior disparem. "O ´cobertor´ de abastecimento interno é muito curto", disse.