Etanol brasileiro estratégico para o crescimento global da indústria de biocombustíveis
27/02/2018
Etanol
POR: UNICA
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), representada por sua presidente, Elizabeth Farina, participou de uma das mais importantes conferências internacionais da indústria de biocombustíveis, a National Ethanol Conference (NEC).
O evento, promovido pela Associação de Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos (RFA - Renewable Fuels Association) desde 1996, aconteceu este ano na cidade de San Antonio, Texas (EUA), de 12 a 14 de fevereiro, e reuniu centenas de profissionais do mundo todo ligados à indústria do etanol. A presença da UNICA foi mais uma ação do projeto que a entidade mantém com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para promover os produtos brasileiros derivados da cana no exterior.
Elizabeth Farina compôs um painel com líderes da indústria de biocombustíveis dos Estados Unidos, Europa e Canadá. Bliss Baker - presidente da Aliança Global de Combustíveis Renováveis (Global Renewable Fuels Alliance), Bob Dinneen - CEO da RFA, Jim Grey - diretor da Renewable Industries Canada e Emmanuel Desplechin - secretário-geral da ePURE (European Renewable Ethanol).
A executiva fez questão de explicar que a nova quota tarifaria (TRQ) brasileira sobre o etanol importado é uma solução temporária, com duração de dois anos. “A tarifa é provisória e justa. Ela veio para ajudar a corrigir um problema momentâneo de mercado, a ideia é que traga maior equilíbrio ao setor sucroenergético, que estava sentindo um significativo impacto em decorrência do aumento de importação do biocombustível nos últimos meses”.
Farina também destacou o quanto a cooperação entre os países produtores de etanol é importante para a expansão de novos mercados, especialmente o asiático, que deve gerar uma grande demanda pelo biocombustível.
Além dos debates comerciais, a presidente da UNICA falou sobre o Renovabio, como os programas americanos de biocombustíveis RFS e LCFS da Califórnia serviram de inspiração ao Programa brasileiro, e também sobre duas novas tecnologias automotivas que estão sendo avaliadas para o mercado brasileiro e que tem grande potencial para o setor de biocombustíveis: o carro movido à célula de combustível que utiliza o etanol como fonte de hidrogênio e o Flex hibrido. Estudos indicam que, levando em conta o ciclo de vida (produção e utilização) do etanol, um híbrido usando o biocombustível emite menos CO2 que um veículo 100% elétrico.