A força do mercado de etanol no Brasil, que nos últimos cinco anos 'enxugou' em cerca de 5 milhões de toneladas a oferta de açúcar no país, começa, enfim, a ficar mais evidente na bolsa de Nova York. Vender açúcar para entregar em outubro do ano que vem está rendendo aos produtores brasileiros da commodity um prêmio de 20% sobre o etanol hidratado, que é usado no tanque dos veículos. "Na média da última década, essa diferença foi de 5,5%", comparou o especialista da consultoria FG Agro, Willian Hernandez.
Na "fotografia" atual, para competir com o açúcar pelo caldo da cana na próxima safra brasileira, que começa em março de 2016, o etanol hidratado teria que ser vendido na usina em São Paulo a R$ 1,73 o litro, 18% acima do R$ 1,46 do indicador semanal Cepea/Esalq de sexta-feira.
No último pregão em Nova York, os futuros do açúcar bruto com vencimento em outubro de 2016 encerraram o dia a 13,24 centavos de dólar por libra-peso. Em reais, ao câmbio de outubro do ano que vem (R$ 4,35) e com o prêmio de polarização (que incide no açúcar brasileiro sobre a cotação de Nova York), significa um valor em reais de R$ 1,320 mil por tonelada. "O papel do etanol é fornecer um piso para o açúcar. O valor em reais da tonelada da commodity até chegou a R$ 850 no Brasil, mas parou por aí. Na média dos últimos anos, ficou em R$ 1 mil por tonelada", comparou.
Hernandez observou que, apesar do impulso vindo do aumento da gasolina, da última quarta-feira para cá, a valorização das cotações do açúcar remonta a pelo menos dois meses. Em quatro semanas a cotação para entrega em outubro do ano que vem subiu 12% e, em dois meses, 18%, conforme levantamento da FG Agro.
A possibilidade de déficit global de açúcar parece ser mais provável neste ano, diante da forte demanda pelo etanol no Brasil, o que está enxugando a oferta da commodity pelo maior exportador mundial, disse Hernandes. No acumulado dos últimos cinco anos, o país deixou de produzir em torno de 5 milhões de toneladas de açúcar porque destinar o caldo da cana-de-açúcar para o etanol estava remunerando mais. De outro lado, nos últimos cinco anos, a demanda mundial por açúcar cresceu 12 milhões de toneladas. "A expectativa de déficit está, em grande parte, sustentada na consistência do mercado de etanol. A demanda está muito firme", avaliou Hernandes.
A força do mercado de etanol no Brasil, que nos últimos cinco anos 'enxugou' em cerca de 5 milhões de toneladas a oferta de açúcar no país, começa, enfim, a ficar mais evidente na bolsa de Nova York. Vender açúcar para entregar em outubro do ano que vem está rendendo aos produtores brasileiros da commodity um prêmio de 20% sobre o etanol hidratado, que é usado no tanque dos veículos. "Na média da última década, essa diferença foi de 5,5%", comparou o especialista da consultoria FG Agro, Willian Hernandez.
Na "fotografia" atual, para competir com o açúcar pelo caldo da cana na próxima safra brasileira, que começa em março de 2016, o etanol hidratado teria que ser vendido na usina em São Paulo a R$ 1,73 o litro, 18% acima do R$ 1,46 do indicador semanal Cepea/Esalq de sexta-feira.
No último pregão em Nova York, os futuros do açúcar bruto com vencimento em outubro de 2016 encerraram o dia a 13,24 centavos de dólar por libra-peso. Em reais, ao câmbio de outubro do ano que vem (R$ 4,35) e com o prêmio de polarização (que incide no açúcar brasileiro sobre a cotação de Nova York), significa um valor em reais de R$ 1,320 mil por tonelada. "O papel do etanol é fornecer um piso para o açúcar. O valor em reais da tonelada da commodity até chegou a R$ 850 no Brasil, mas parou por aí. Na média dos últimos anos, ficou em R$ 1 mil por tonelada", comparou.
Hernandez observou que, apesar do impulso vindo do aumento da gasolina, da última quarta-feira para cá, a valorização das cotações do açúcar remonta a pelo menos dois meses. Em quatro semanas a cotação para entrega em outubro do ano que vem subiu 12% e, em dois meses, 18%, conforme levantamento da FG Agro.
A possibilidade de déficit global de açúcar parece ser mais provável neste ano, diante da forte demanda pelo etanol no Brasil, o que está enxugando a oferta da commodity pelo maior exportador mundial, disse Hernandes. No acumulado dos últimos cinco anos, o país deixou de produzir em torno de 5 milhões de toneladas de açúcar porque destinar o caldo da cana-de-açúcar para o etanol estava remunerando mais. De outro lado, nos últimos cinco anos, a demanda mundial por açúcar cresceu 12 milhões de toneladas. "A expectativa de déficit está, em grande parte, sustentada na consistência do mercado de etanol. A demanda está muito firme", avaliou Hernandes.