Etanol, em alta na usina, tende a subir nos postos

29/09/2016 Etanol POR: Valor Econômico
A maior parte dos motoristas do país ainda não sentiu os reflexos da valorização dos preços do etanol hidratado (utilizado diretamente nos tanques dos veículos) em curso nas portas de usinas e distribuidoras de combustíveis, impulsionada pela menor oferta do produto. Mas, segundo analistas, a ‘fatura’ vai chegar ao varejo nas próximas semanas.
Entre 18 e 24 de setembro, as cotações médias do biocombustível recuaram nos postos de 16 Estados e subiram em 11 unidades da Federação, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apesar das oscilações, houve poucas mudanças nas correlações com os preços da gasolina, ou seja, não houve perdas ou ganhos expressivos na ‘concorrência’ entre os combustíveis por consumidores. Mas, conforme o levantamento da ANP, para as distribuidoras o etanol ficou em média mais caro na semana passada em 17 Estados no período, sinal de que repasses ao consumidor final tendem a acontecer.
Nas bombas, a maior queda dos preços médios do etanol entre 18 e 24 de setembro foi no Acre, de 3% em relação à semana anterior, para R$ 3,263 o litro. Mas as cotações também cederam nos principais centros de consumo do país, ainda que em linha com baixas da gasolina. Em São Paulo, por exemplo, a retração foi marginal, para R$ 2,302 o litro, e essa média continuou a representar 67% do valor médio do concorrente fóssil. Em Minas Gerais, a retração observada foi de 1,1%, para R$ 2,505 o litro, mas a correlação se manteve em 69%.
Nesses dois Estados, porém, os preços pagos pelas distribuidoras subiram no período, reflexo de uma valorização observada na porta das usinas já há quatro semanas. Entre 19 e 23 de setembro, o indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado posto nas usinas de São Paulo alcançou R$ 1,6910 o litro, 4,3% mais que na semana anterior e valor 9,3% superior ao de cinco semanas antes.
Essa disparidade entre atacado e varejo indica que as distribuidoras que conseguiram comprar etanol antes do recente aumento de preços ainda estão segurando o repasse para garantir participação no mercado, avalia Tarcilo Rodrigues, presidente da Bioagência. Mas, para ele, esse comportamento não deverá durar mais que uma semana.
Rodrigues afirma que a valorização do hidratado nas usinas reflete uma antecipação da perspectiva de quebra da safra de cana, além de uma produção de fato menor em razão da preferência pela fabricação de açúcar. Ele acredita que os preços que as distribuidoras estarão pagando pelo etanol no início da próxima entressafra não serão muito diferentes dos praticados no começo da entressafra da última temporada, cerca de R$ 2 o litro. 
 
A maior parte dos motoristas do país ainda não sentiu os reflexos da valorização dos preços do etanol hidratado (utilizado diretamente nos tanques dos veículos) em curso nas portas de usinas e distribuidoras de combustíveis, impulsionada pela menor oferta do produto. Mas, segundo analistas, a ‘fatura’ vai chegar ao varejo nas próximas semanas.
Entre 18 e 24 de setembro, as cotações médias do biocombustível recuaram nos postos de 16 Estados e subiram em 11 unidades da Federação, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Apesar das oscilações, houve poucas mudanças nas correlações com os preços da gasolina, ou seja, não houve perdas ou ganhos expressivos na ‘concorrência’ entre os combustíveis por consumidores. Mas, conforme o levantamento da ANP, para as distribuidoras o etanol ficou em média mais caro na semana passada em 17 Estados no período, sinal de que repasses ao consumidor final tendem a acontecer.
Nas bombas, a maior queda dos preços médios do etanol entre 18 e 24 de setembro foi no Acre, de 3% em relação à semana anterior, para R$ 3,263 o litro. Mas as cotações também cederam nos principais centros de consumo do país, ainda que em linha com baixas da gasolina. Em São Paulo, por exemplo, a retração foi marginal, para R$ 2,302 o litro, e essa média continuou a representar 67% do valor médio do concorrente fóssil. Em Minas Gerais, a retração observada foi de 1,1%, para R$ 2,505 o litro, mas a correlação se manteve em 69%.
Nesses dois Estados, porém, os preços pagos pelas distribuidoras subiram no período, reflexo de uma valorização observada na porta das usinas já há quatro semanas. Entre 19 e 23 de setembro, o indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado posto nas usinas de São Paulo alcançou R$ 1,6910 o litro, 4,3% mais que na semana anterior e valor 9,3% superior ao de cinco semanas antes.
Essa disparidade entre atacado e varejo indica que as distribuidoras que conseguiram comprar etanol antes do recente aumento de preços ainda estão segurando o repasse para garantir participação no mercado, avalia Tarcilo Rodrigues, presidente da Bioagência. Mas, para ele, esse comportamento não deverá durar mais que uma semana.
Rodrigues afirma que a valorização do hidratado nas usinas reflete uma antecipação da perspectiva de quebra da safra de cana, além de uma produção de fato menor em razão da preferência pela fabricação de açúcar. Ele acredita que os preços que as distribuidoras estarão pagando pelo etanol no início da próxima entressafra não serão muito diferentes dos praticados no começo da entressafra da última temporada, cerca de R$ 2 o litro.