Expectativa de queda na produção de açúcar faz preço da commodity subir

24/02/2014 Açúcar POR: Patrícia Mendonça | Agência UDOP de Notícias
A seca que assola a região Centro-Sul do Brasil, maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, já provocou uma redução na estimativa para a safra 2014/2015. Segundo o jornal Valor Econômico de hoje (24), a Organização Internacional do Açúcar (ISO) reduziu, pela primeira vez em seis anos, as perspectivas de produção global de açúcar. Como resultado, a entidade diminuiu também a sua previsão para o superávit mundial do setor para 4,2 milhões de toneladas. A estimativa anterior era de 4,7 milhões de toneladas.
 
Com essa menor expectativa de sobra de açúcar, os preços da commodity encerraram a semana em alta. Na sexta-feira (21), a commodity foi comercializada, em Nova York, a 17,07 centavos de dólar por libra-peso no vencimento em maio, valorização de 38 pontos. Em Londres, o açúcar fechou no mesmo vencimento a US$ 465,90 a tonelada, US$ 7,50 a mais do que os preços praticados na véspera.
 
O diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa disse em artigo divulgado no último sábado (22) que "a redução de 35 milhões de toneladas em relação à expectativa inicial com a qual o mercado estava trabalhando somada a mais 35 milhões de toneladas de cana, que é aproximadamente o adicional de cana necessária para atender ao acréscimo da frota de veículos flex no Brasil durante esse ano, mais o volume de exportação de açúcar adicional (imaginando um crescimento do consumo mundial em torno de 2%) e o crescimento vegetativo do consumo interno, provoca um rombo total de 70 milhões de toneladas para a próxima safra. Como não dá para revogar a lei da oferta e demanda, esse rombo deverá se traduzir na forma de preços altos".
 
 
Mercado interno
 
O mercado interno também fechou a semana valorizado. Segundo os índices medidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), os contratos do açúcar em SP foram fechados a R$ 50,44 a saca de 50 quilos, alta de 0,08%.