Falta de chuva prejudica indústrias de implementos agrícolas na região de Araraquara

31/08/2014 Agronegócio POR: G1
A falta de chuva prejudicou as indústrias agrícolas na região. Com a estiagem, muitas fazendas registram queda nas colheitas de várias culturas e para amenizar o prejuízo, muitos agricultores diminuíram os investimentos em insumos e implementos. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de colheitadeiras, por exemplo, caíram 26,2% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo o diretor da Associação dos Cafeicultores de Caconde, a quebra foi de até 40% na produção. “Em decorrência ao preço, que oscilou, muitos cortaram o café enquanto outros abandonaram o plantio, o que representa em torno de 5% na região. Isso leva mais a quebra da safra. Apesar de ter incentivo do governo, faltou dinheiro. Todos ficam cautelosos porque pensam em investir, mas não sabem com o que pagar”, disse Alberto Ohnuki.
Queda
De acordo com a Anfavea, em comparação com o primeiro semestre do ano passado a venda de tratores de rodas caiu 17,9%, de esteiras, 10,5%, e de cultivadores motorizados 2,7%. A queda também foi registrada na fabricação de tratores de rodas, 16,5% e de colheitadeiras, 21,1%.
Segundo o diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que representa o município de Matão, muitas fábricas produzem apenas quando o negócio já está fechado. “Hoje o estoque de pedido é diário. chega, fatura e já vai embora. Isso faz com que nós não tenhamos um planejamento do que pode aconteceu”, falou Roberto Luiz Cadioli.
Em uma fábrica de implementos agrícolas da cidade, as vendas caíram 30% nos últimos dois meses em relação ao primeiro semestre deste ano. Para não ter que demitir os funcionários, por enquanto a produção continua, mas cerca de 50 máquinas estão paradas no estoque.
“Se você pega um equipamento como o nosso, que é utilizado para conservação de área verde na margem de rodovia, precisa que a vegetação cresça para poder ser utilizada. Sem chuvas, elas ficam aqui ou paradas na propriedade do agricultor, sem finalidade de trabalho”, explicou o dono Hudson Martins.
Apesar do momento desfavorável, o empresário não perdeu o otimismo. “A gente crê que com a vinda da chuva tudo vai se retomar e voltar ao lugar”, falou Martins.