Faltou incentivo para etanol bancar carência de combustível

21/08/2015 Etanol POR: O Tempo, 20/8/15
Com uma produção hoje na casa dos 27 bilhões de litros e uma participação de 23% no mercado de combustíveis, o etanol precisará ter sua produção elevada para 50 bilhões de litros nos próximos anos para alcançar novamente o patamar dos 30%, registrado em 2009. Essa é a meta do setor sucroalcooleiro, segundo o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar/SP (Única/SP), Antônio de Pádua Rodrigues.
Na contramão do avanço, o que se vê são 80 usinas fechadas nos últimos sete anos, sendo que para cada unidade, cerca de 500 empregos são perdidos no Brasil. A falta de uma política governamental de longo prazo e de rentabilidade ao setor impede que os produtores garantam esse aumento da oferta até 2025.
Pádua alerta que, caso a produção do biocombustível não seja expandida, como esperam os especialistas, o país, que hoje importa cerca de 2 bilhões de litros de gasolina por ano, chegará à próxima década dependendo da importação de 20 bilhões.
Entre as medidas necessárias estão os investimentos em novas unidades produtoras, novas linhas de crédito para o incentivo ao plantio da cana-de-açúcar, além do estímulo à produção de automóveis movidos a etanol, informou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Reis.
Este ano, o consumo do etanol registrou crescimento em diversos Estados, onde o biocombustível ficou mais competitivo. Isso aconteceu após a retomada pelo governo federal da cobrança da Cide, do PIS e da Cofins sobre a gasolina e o diesel. Também houve reajuste da gasolina, que estava com seu preço defasado para segurar a inflação nos últimos dois anos, o que acabou prejudicando o setor de álcool.
Por uma questão de rendimento do motor, o álcool é vantajoso quando está abaixo de 70% do valor da gasolina. Em Minas, por exemplo, essa relação está em média 66%, o que levou as vendas mais que dobrarem no primeiro semestre deste ano. A produção mineira da cana destinada ao setor sucroalcooleiro, na safra 2015/2016, deverá atingir 53,3 milhões de toneladas. Esse volume representa 8,1% da safra nacional e coloca o Estado como o terceiro maior produtor.
Em Goiás, segundo colocado no ranking brasileiro de produção do etanol, atrás apenas de São Paulo, as vendas também têm tido crescimento consistente. Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que, em julho, usinas de Goiás venderam quase 25% a mais que em julho do ano passado. Nesse comparativo anual, as vendas de hidratado aumentaram 37,6%, ao passo que as de anidro diminuíram 2,7%.
O aumento das vendas é significativo, mas tem ficado atrás dos avanços registrados pela produção. Conforme o Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), a expansão foi de 58% nos últimos quatro anos-safra: de 2,68 bilhões de litros na safra 2011/12 para 4,22 bilhões na última.
Como resultado, os preços caem e a pressão é acentuada pela concentração das vendas das usinas goianas nos meses de pico de colheita na região Centro-Sul. Nesse contexto em que as usinas veem sua receita limitada pelo preço de venda, pesam ainda os custos de produção em alta, o que prejudica a rentabilidade dos produtores.
Com uma produção hoje na casa dos 27 bilhões de litros e uma participação de 23% no mercado de combustíveis, o etanol precisará ter sua produção elevada para 50 bilhões de litros nos próximos anos para alcançar novamente o patamar dos 30%, registrado em 2009. Essa é a meta do setor sucroalcooleiro, segundo o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar/SP (Única/SP), Antônio de Pádua Rodrigues.
Na contramão do avanço, o que se vê são 80 usinas fechadas nos últimos sete anos, sendo que para cada unidade, cerca de 500 empregos são perdidos no Brasil. A falta de uma política governamental de longo prazo e de rentabilidade ao setor impede que os produtores garantam esse aumento da oferta até 2025.
Pádua alerta que, caso a produção do biocombustível não seja expandida, como esperam os especialistas, o país, que hoje importa cerca de 2 bilhões de litros de gasolina por ano, chegará à próxima década dependendo da importação de 20 bilhões.
Entre as medidas necessárias estão os investimentos em novas unidades produtoras, novas linhas de crédito para o incentivo ao plantio da cana-de-açúcar, além do estímulo à produção de automóveis movidos a etanol, informou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Reis.
Este ano, o consumo do etanol registrou crescimento em diversos Estados, onde o biocombustível ficou mais competitivo. Isso aconteceu após a retomada pelo governo federal da cobrança da Cide, do PIS e da Cofins sobre a gasolina e o diesel. Também houve reajuste da gasolina, que estava com seu preço defasado para segurar a inflação nos últimos dois anos, o que acabou prejudicando o setor de álcool.
Por uma questão de rendimento do motor, o álcool é vantajoso quando está abaixo de 70% do valor da gasolina. Em Minas, por exemplo, essa relação está em média 66%, o que levou as vendas mais que dobrarem no primeiro semestre deste ano. A produção mineira da cana destinada ao setor sucroalcooleiro, na safra 2015/2016, deverá atingir 53,3 milhões de toneladas. Esse volume representa 8,1% da safra nacional e coloca o Estado como o terceiro maior produtor.
Em Goiás, segundo colocado no ranking brasileiro de produção do etanol, atrás apenas de São Paulo, as vendas também têm tido crescimento consistente. Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que, em julho, usinas de Goiás venderam quase 25% a mais que em julho do ano passado. Nesse comparativo anual, as vendas de hidratado aumentaram 37,6%, ao passo que as de anidro diminuíram 2,7%.
O aumento das vendas é significativo, mas tem ficado atrás dos avanços registrados pela produção. Conforme o Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), a expansão foi de 58% nos últimos quatro anos-safra: de 2,68 bilhões de litros na safra 2011/12 para 4,22 bilhões na última.
Como resultado, os preços caem e a pressão é acentuada pela concentração das vendas das usinas goianas nos meses de pico de colheita na região Centro-Sul. Nesse contexto em que as usinas veem sua receita limitada pelo preço de venda, pesam ainda os custos de produção em alta, o que prejudica a rentabilidade dos produtores.