Com a proximidade do fim do prazo para que as usinas eliminem as queimadas para o corte de cana em São Paulo, o setor de máquinas colhedoras estima crescimento de 25% nas vendas deste ano.
Até 2014, a colheita manual deverá ser substituída pela mecanizada em 100% das áreas planas do Estado, nas quais a topografia do terreno permite a operação das máquinas. No restante dos locais, o prazo vence em 2017.
Segundo representantes da área, serão vendidas no país 1.250 colhedoras de cana neste ano, acima das mil máquinas comercializadas, em média, nas últimas safras.
A fabricação de colhedoras de cana no Brasil completa 20 anos em 2013, mas já movimenta por ano acima de R$ 1 bilhão --cada máquina custa até R$ 1 milhão.
Em duas décadas, gigantes internacionais --Case, John Deere e AGCO-- entraram no país e ganharam espaço sobre a mão de obra exercida antes por boias-frias.
As máquinas também evoluíram. Hoje, as colhedoras têm GPS e piloto automático --equipamentos que tornam a operação automatizada, reduzindo os impactos que o tráfego pesado no canavial.
As primeiras colhedoras de cana entraram em uso no interior paulista em 1993, na região de Ribeirão Preto (SP). Antes disso, havia projetos de mecanização desde os anos 1970, mas basicamente com máquinas que não eliminavam a necessidade do fogo.
Impactos
Quando entraram em operação em 1993, as máquinas colheram 0,5% da cana. Já na safra 2012/2013, a Unica (união das usinas) calcula que a mecanização chegou a 85% do centro-sul do país.
A colheita mecânica se acelerou a partir de 2007, quando foi assinado o protocolo ambiental entre as usinas e o governo paulista para eliminação das queimadas --prática adotada para que a cana pudesse ser cortada manualmente por boias-frias.
A mecanização impactou diretamente no trabalho no campo. José Giacomo Baccarin, do departamento de economia rural da Unesp de Jaboticabal, estima que no início dos anos 1990 o número de cortadores de cana chegava a 300 mil no Estado.
O total recuou para 213 mil em 2007 e 130 mil no ano passado, segundo estudos feitos por ele com informações do Ministério do Trabalho.
Segundo dados da Unica, só de 2010 a 2012, 21,7 mil trabalhadores canavieiros aprenderam uma nova profissão em programas de capacitação --muitos trocaram o podão pelas colhedoras.
Leandro Martins
Com a proximidade do fim do prazo para que as usinas eliminem as queimadas para o corte de cana em São Paulo, o setor de máquinas colhedoras estima crescimento de 25% nas vendas deste ano.
Até 2014, a colheita manual deverá ser substituída pela mecanizada em 100% das áreas planas do Estado, nas quais a topografia do terreno permite a operação das máquinas. No restante dos locais, o prazo vence em 2017.
Segundo representantes da área, serão vendidas no país 1.250 colhedoras de cana neste ano, acima das mil máquinas comercializadas, em média, nas últimas safras.
A fabricação de colhedoras de cana no Brasil completa 20 anos em 2013, mas já movimenta por ano acima de R$ 1 bilhão --cada máquina custa até R$ 1 milhão.
Em duas décadas, gigantes internacionais --Case, John Deere e AGCO-- entraram no país e ganharam espaço sobre a mão de obra exercida antes por boias-frias.
As máquinas também evoluíram. Hoje, as colhedoras têm GPS e piloto automático --equipamentos que tornam a operação automatizada, reduzindo os impactos que o tráfego pesado no canavial.
As primeiras colhedoras de cana entraram em uso no interior paulista em 1993, na região de Ribeirão Preto (SP). Antes disso, havia projetos de mecanização desde os anos 1970, mas basicamente com máquinas que não eliminavam a necessidade do fogo.
Impactos
Quando entraram em operação em 1993, as máquinas colheram 0,5% da cana. Já na safra 2012/2013, a Unica (união das usinas) calcula que a mecanização chegou a 85% do centro-sul do país.
A colheita mecânica se acelerou a partir de 2007, quando foi assinado o protocolo ambiental entre as usinas e o governo paulista para eliminação das queimadas --prática adotada para que a cana pudesse ser cortada manualmente por boias-frias.
A mecanização impactou diretamente no trabalho no campo. José Giacomo Baccarin, do departamento de economia rural da Unesp de Jaboticabal, estima que no início dos anos 1990 o número de cortadores de cana chegava a 300 mil no Estado.
O total recuou para 213 mil em 2007 e 130 mil no ano passado, segundo estudos feitos por ele com informações do Ministério do Trabalho.
Segundo dados da Unica, só de 2010 a 2012, 21,7 mil trabalhadores canavieiros aprenderam uma nova profissão em programas de capacitação --muitos trocaram o podão pelas colhedoras.
Leandro Martins