O fim da queima da cana-de-açúcar vai eliminar o plantio dessa cultura em 369 mil hectares em São Paulo. Isso representa 6,7% da área atual destinada à cana no Estado.
O fim da queima ocorrerá a partir de 2017 e, conforme protocolo ambiental acertado entre governo e produtores, a colheita deverá ser apenas mecanizada a partir dessa data.
A mecanização já avançou rapidamente pelo Estado, mas essa colheita mecanizada não é possível em áreas de plantio com declives do terreno superiores a 12%.
Produtores com áreas inferiores a 150 hectares podem continuar queimando a cana até 2017. A partir dessa data, deverão dar outro destino a essa terra.
O levantamento da área que deverá ficar fora da produção de cana foi feito pela Embrapa, em conjunto com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Benedito da Silva, diretor do departamento de agronegócio da Fiesp, diz que é muito importante o Estado ter o conhecimento desses números. Afinal, o efeito será muito grande em alguns municípios paulistas.
Piracicaba, por exemplo, vai deixar de plantar 8.577 hectares, o que representa 2,3% da área de cana do Estado e 17% da área do município com esse produto.
Silva acredita que o levantamento seja a semente para a discussão sobre o reaproveitamento dessas áreas agrícolas. Um novo estudo já está sendo feito para a indicação da melhor utilização dessas áreas com novas atividades agropecuárias.
"A solução não é rápida e nem é fácil, mas a área é grande e temos de caminhar para alguma coisa", diz Silva. A área que deixará de ser utilizada com cana soma 80% da utilizada pela citricultura no Estado de São Paulo.
O objetivo do estudo é propiciar aos produtores novos tipos de cultura. Esse trabalho não se limita apenas ao produtor, mas também busca motivar grupos empresariais a se instalar nessas regiões, montando agroindústrias, de acordo com Silva.
Antonio de Padua Rodrigues, da Unica, diz que essa área deverá ser reaproveitada com outras culturas e que algumas usinas deverão ter uma redução da matéria-prima a ser moída. Mas elas vão se adequar, segundo ele.
Devido ao fato de a cana-de-açúcar ser um produto de ciclo longo, parte dessas áreas já está sendo desativada.
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) e diretor da Copercana (cooperativa dos plantadores de cana), acredita, no entanto, que o avanço tecnológico das máquinas agrícolas poderá manter essas áreas na produção de cana.
O corte de cana realmente vai se extinguir e essas áreas com declive superior a 12% estão esparramadas pelo Estado e exigiriam muita mão de obra, que está escassa.
Na avaliação de Ortolan, algumas regiões vão sentir mais esse efeito do fim da queima da cana. Outras já estão se adaptando, uma vez que parte do canavial desses produtores já está sendo colhida com máquinas.
Por ora, não é um grande problema ainda, mas as regiões afetadas vão ter de buscar uma alternativa na vocação específica de cada uma delas. Em algumas áreas do Estado, o problema já está em discussão, segundo ele.
* LEITE
Preço pago ao produtor recua em outubro
O produtor recebeu, em termos reais, 6,4% menos no mês passado do que há um ano. O valor médio bruto caiu para R$ 1,0685 por litro e o líquido, para R$ 0,9824, segundo pesquisa do Cepea em sete Estados. A queda ocorre devido aos estoques, produção maior e queda na demanda.
O fim da queima da cana-de-açúcar vai eliminar o plantio dessa cultura em 369 mil hectares em São Paulo. Isso representa 6,7% da área atual destinada à cana no Estado.
O fim da queima ocorrerá a partir de 2017 e, conforme protocolo ambiental acertado entre governo e produtores, a colheita deverá ser apenas mecanizada a partir dessa data.
A mecanização já avançou rapidamente pelo Estado, mas essa colheita mecanizada não é possível em áreas de plantio com declives do terreno superiores a 12%.
Produtores com áreas inferiores a 150 hectares podem continuar queimando a cana até 2017. A partir dessa data, deverão dar outro destino a essa terra.
O levantamento da área que deverá ficar fora da produção de cana foi feito pela Embrapa, em conjunto com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Benedito da Silva, diretor do departamento de agronegócio da Fiesp, diz que é muito importante o Estado ter o conhecimento desses números. Afinal, o efeito será muito grande em alguns municípios paulistas.
Piracicaba, por exemplo, vai deixar de plantar 8.577 hectares, o que representa 2,3% da área de cana do Estado e 17% da área do município com esse produto.
Silva acredita que o levantamento seja a semente para a discussão sobre o reaproveitamento dessas áreas agrícolas. Um novo estudo já está sendo feito para a indicação da melhor utilização dessas áreas com novas atividades agropecuárias.
"A solução não é rápida e nem é fácil, mas a área é grande e temos de caminhar para alguma coisa", diz Silva. A área que deixará de ser utilizada com cana soma 80% da utilizada pela citricultura no Estado de São Paulo.
O objetivo do estudo é propiciar aos produtores novos tipos de cultura. Esse trabalho não se limita apenas ao produtor, mas também busca motivar grupos empresariais a se instalar nessas regiões, montando agroindústrias, de acordo com Silva.
Antonio de Padua Rodrigues, da Unica, diz que essa área deverá ser reaproveitada com outras culturas e que algumas usinas deverão ter uma redução da matéria-prima a ser moída. Mas elas vão se adequar, segundo ele.
Devido ao fato de a cana-de-açúcar ser um produto de ciclo longo, parte dessas áreas já está sendo desativada.
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) e diretor da Copercana (cooperativa dos plantadores de cana), acredita, no entanto, que o avanço tecnológico das máquinas agrícolas poderá manter essas áreas na produção de cana.
O corte de cana realmente vai se extinguir e essas áreas com declive superior a 12% estão esparramadas pelo Estado e exigiriam muita mão de obra, que está escassa.
Na avaliação de Ortolan, algumas regiões vão sentir mais esse efeito do fim da queima da cana. Outras já estão se adaptando, uma vez que parte do canavial desses produtores já está sendo colhida com máquinas.
Por ora, não é um grande problema ainda, mas as regiões afetadas vão ter de buscar uma alternativa na vocação específica de cada uma delas. Em algumas áreas do Estado, o problema já está em discussão, segundo ele.
* LEITE
Preço pago ao produtor recua em outubro
O produtor recebeu, em termos reais, 6,4% menos no mês passado do que há um ano. O valor médio bruto caiu para R$ 1,0685 por litro e o líquido, para R$ 0,9824, segundo pesquisa do Cepea em sete Estados. A queda ocorre devido aos estoques, produção maior e queda na demanda.