A chuva no ano passado não influenciou negativamente o investimento em irrigação por gotejamento e a implantação do sistema continua em ascensão em todo o país.
“A chuva aconteceu na época que tinha que acontecer e, mesmo que 2015 tenha sido um ano bem molhado, a nossa empresa cresceu 10%, pois não usamos somente água, é um sistema fertiirrigação, que está preparado para atender três características principais: colocar água quando precisa, nutrientes e produto químico”, explica Carlos Sanches, gerente agronômico da Netafim, completando
“Nosso sistema é 95% preciso, sem desperdício de água, o que significa uma economia de 30% a 50% em relação a outros sistemas como aspersão, por exemplo”, afirma.
Segundo o executivo, os planos da multinacional israelense são ainda mais ousados para 2016, pois o Brasil tem a oportunidade de produzir alimentos para uma população crescente e faminta, cada vez com menos recursos. “A irrigação tem papel fundamental nessa história, pois pode contribuir com os agricultores com um sistema mais eficiente, de fácil utilização, e acessível para o plantio de diversas culturas, garantindo assim alta rentabilidade e eficiência operacional”, acredita Sanches, afirmando que a Netafim prevê um crescimento de 20% este ano, baseado na atuação de novos negócios no setor de grãos. Projetos para o segmento canavieiro também refletem na estimativa da empresa, que atende grandes grupos e passa agora a focar também no fornecedor de cana-de-açúcar.
A Netafim já viveu a experiência de escassez de água em Israel, seu país de origem, que hoje transformou os desertos da região em pomares e lavouras com alta produtividade. Dados da companhia mostram que mais de 10 milhões de hectares em todo o mundo são irrigados por gotejadores da empresa e no Brasil este número também supera os 500 mil hectares. “A flexibilidade do nosso sistema é enorme, atendendo desde o pequeno produtor, incluindo o familiar, até os grandes empresários rurais com os sistemas de gestão 100% automatizados”, declara.
No Brasil, os projetos da empresa já estão em 30 mil hectares de cana, sendo que 60% deles estão no Nordeste e 40% no Centro-Sul. “A irrigação por gotejamento já está consolidada em São Paulo, onde temos 80% dos nossos projetos do CS”, afirmou Daniel Pedroso, engenheiro agrônomo da Netafim, dando como exemplo a usina Santa Fé, de Nova Europa-SP, que iniciou um projeto de irrigação e agora já está com uma nova iniciativa para aproveitar a vinhaça. “Estamos fazendo um projeto que vai mesclar a água normal com vinhaça e nós vamos aplicar tudo isso via gotejo”, disse, explicando que a vinhaça é rica em potássio possibilitando à usina reduzir custos com a aplicação
de potássio. Outro grupo citado pelo profissional é a usina Vale do Paraná, do Grupo Manuelita e Pantaleão. “Eles têm ampliado ano a ano o sistema, cerca
de 350 hectares por ano e já estamos no terceiro projeto”, contou.
“Já no Centro-Oeste, que é uma região nova, inclusive para a cana-de-açúcar, estamos entrando nessa região acompanhando o desenvolvimento das empresas, então já temos projetos pilotos de irrigação com grandes grupos que querem irrigar a metade de suas áreas lá”, contou Pedroso.
A empresa tem projetos de 100 até 5 mil hectares e o setor sucroenergético já sinalizou novos investimentos para este ano. “Temos projeto com grandes grupos do setor, como Odebrecht, Biosev, Bunge, Raízen e outros se mostraram interessados”, adiantou. “Um de nossos projetos em Minas Gerais, na Usina Coruripe - Unidade Iturama é um sucesso.
A usina não para de atingir recordes de produtividades e se destaca como uma das melhores do país. Por 12 anos, eles colheram mecanicamente a cana com produtividade média de 90 t/h, fizeram a reforma apenas dos tubos gotejadores, trocaram a variedade e agora colheram o terceiro corte com uma média de 178 toneladas. Então, fazendo as contas de 15 anos, eles estão colhendo muito acima de 130 toneladas, a economia que tiveram em relação à longevidade e redução de custo de transporte e colheita está sendo fantástica”, assegurou.
Outra usina citada foi a Agrovale, da Bahia, que é uma usina 100% irrigada.
“Eles utilizam três métodos de irrigação: por superfície em sulcos, pivô central e gotejamento, mas como estão tendo recorde de produtividade a decisão é trocar todo o sistema começando com o que gasta mais água, que é o sulco implantando nessas áreas o gotejamento.
E a economia já pode ser notada, pois a mesma quantidade de água que eles conseguiam irrigar 100 hectares com o sistema antigo, com o gotejamento conseguem irrigar 200 hectares, então estão expandindo a área sem ter aumento de água”, analisou.
De acordo com os especialistas, a irrigação por gotejamento consegue incremento de 50 a 55 toneladas por hectare. “Não só pela água, se precisar da água nós vamos por água, mas também fazer a fertirrigação, aplicar ácido húmico e ácido fúlvico, a aplicação de maturador para ajudar na maturação da cana, nematicidas, inseticidas, etc”, explicou.
“O investimento do sistema é muito variável porque a água pode estar localizada perto ou longe, isso tem uma interferência muito significativa na implantação, mas o valor fica em uma faixa de R$ 4 mil a R$ 8 mil por hectare, na média, mas se eu pensar na realidade do Nordeste, onde tem que se aplicar mais água, este valor pode passar de R$ 6 mil a R$ 10 mil por hectare, então depende muito das condições”, elucidou Sanches, reforçando que o sistema se paga. “O payback médio das usinas está sendo no terceiro ou quarto ano do sistema instalado”, disse o gerente.
Já Pedroso afirmou que o uso de irrigação tem aumentado também entre os produtores de cana-de-açúcar, principalmente, com o aumento do sistema de MPB nas lavouras. “Os produtores estão produzindo suas próprias mudas utilizando o sistema de viveiros e a irrigação é necessária neste contexto.
Devido ao aumento da demanda, estamos desenvolvendo um kit de irrigação específico para MPB. “O nosso sistema é semifixo, usa-se o tubo gotejador na produção de muda e o cabeçote de controle muda de lugar, promovendo a irrigação.
É um sistema que fica extremamente barato quando se faz por hectare e a resposta do viveiro é incrível, com muda de qualidade. Tem produtor que consegue tirar duas safras de mudas por ano a cada seis meses”, afirma.
Embora o cenário se mostre positivos para eles, a companhia tem se preocupado com as iniciativas públicas e privadas para impulsionar o setor de irrigação no Brasil. “Essas ações são extremamente importantes. Por exemplo, infraestrutura necessária para irrigação, disponibilização de água e energia de qualidade, isso pode beneficiar os agricultores e a sociedade em geral, além de contemplar as empresas de irrigação que ganham espaço e credibilidade no mercado. A disponibilização de linhas de créditos acessíveis é necessária e impulsionará o agronegócio”, diz Sanches.
Mesmo assim, a empresa não para de investir no país e lançará na Agrishow, feira que acontece de 25 a 29 de abril, em Ribeirão Preto/SP, o novo sistema de irrigação por gotejamento com controle e gestão automatizados, e monitoramento em tempo real, garantindo economia de água, fertilizantes e mão de obra. O lançamento é acessível para todos os produtores, utilizando tubos flexíveis que otimizam o projeto de irrigação e facilitam as atividades operacionais e de armazenamento.
“O produtor rural poderá controlar à distância todo o processo de irrigação e nutrirrigação – que é a técnica de levar a solução nutritiva junto da água, na mesma tecnologia gota a gota. Por cair direto na raiz da planta, essa eficiência aumenta a produtividade das lavouras duas vezes mais”, destaca Carlos Sanches, gerente agronômico da Netafim, lembrando que “Essa tecnologia é uma das mais modernas em automação e nutrição das plantas tornando assim todo o processo mais sustentável para o produtor rural”, finaliza Sanches.
A chuva no ano passado não influenciou negativamente o investimento em irrigação por gotejamento e a implantação do sistema continua em ascensão em todo o país.
“A chuva aconteceu na época que tinha que acontecer e, mesmo que 2015 tenha sido um ano bem molhado, a nossa empresa cresceu 10%, pois não usamos somente água, é um sistema fertiirrigação, que está preparado para atender três características principais: colocar água quando precisa, nutrientes e produto químico”, explica Carlos Sanches, gerente agronômico da Netafim, completando “Nosso sistema é 95% preciso, sem desperdício de água, o que significa uma economia de 30% a 50% em relação a outros sistemas como aspersão, por exemplo”, afirma.
Segundo o executivo, os planos da multinacional israelense são ainda mais ousados para 2016, pois o Brasil tem a oportunidade de produzir alimentos para uma população crescente e faminta, cada vez com menos recursos. “A irrigação tem papel fundamental nessa história, pois pode contribuir com os agricultores com um sistema mais eficiente, de fácil utilização, e acessível para o plantio de diversas culturas, garantindo assim alta rentabilidade e eficiência operacional”, acredita Sanches, afirmando que a Netafim prevê um crescimento de 20% este ano, baseado na atuação de novos negócios no setor de grãos. Projetos para o segmento canavieiro também refletem na estimativa da empresa, que atende grandes grupos e passa agora a focar também no fornecedor de cana-de-açúcar.
A Netafim já viveu a experiência de escassez de água em Israel, seu país de origem, que hoje transformou os desertos da região em pomares e lavouras com alta produtividade. Dados da companhia mostram que mais de 10 milhões de hectares em todo o mundo são irrigados por gotejadores da empresa e no Brasil este número também supera os 500 mil hectares. “A flexibilidade do nosso sistema é enorme, atendendo desde o pequeno produtor, incluindo o familiar, até os grandes empresários rurais com os sistemas de gestão 100% automatizados”, declara.
No Brasil, os projetos da empresa já estão em 30 mil hectares de cana, sendo que 60% deles estão no Nordeste e 40% no Centro-Sul. “A irrigação por gotejamento já está consolidada em São Paulo, onde temos 80% dos nossos projetos do CS”, afirmou Daniel Pedroso, engenheiro agrônomo da Netafim, dando como exemplo a usina Santa Fé, de Nova Europa-SP, que iniciou um projeto de irrigação e agora já está com uma nova iniciativa para aproveitar a vinhaça. “Estamos fazendo um projeto que vai mesclar a água normal com vinhaça e nós vamos aplicar tudo isso via gotejo”, disse, explicando que a vinhaça é rica em potássio possibilitando à usina reduzir custos com a aplicação de potássio. Outro grupo citado pelo profissional é a usina Vale do Paraná, do Grupo Manuelita e Pantaleão. “Eles têm ampliado ano a ano o sistema, cerca de 350 hectares por ano e já estamos no terceiro projeto”, contou.
“Já no Centro-Oeste, que é uma região nova, inclusive para a cana-de-açúcar, estamos entrando nessa região acompanhando o desenvolvimento das empresas, então já temos projetos pilotos de irrigação com grandes grupos que querem irrigar a metade de suas áreas lá”, contou Pedroso.
A empresa tem projetos de 100 até 5 mil hectares e o setor sucroenergético já sinalizou novos investimentos para este ano. “Temos projeto com grandes grupos do setor, como Odebrecht, Biosev, Bunge, Raízen e outros se mostraram interessados”, adiantou. “Um de nossos projetos em Minas Gerais, na Usina Coruripe - Unidade Iturama é um sucesso.
A usina não para de atingir recordes de produtividades e se destaca como uma das melhores do país. Por 12 anos, eles colheram mecanicamente a cana com produtividade média de 90 t/h, fizeram a reforma apenas dos tubos gotejadores, trocaram a variedade e agora colheram o terceiro corte com uma média de 178 toneladas. Então, fazendo as contas de 15 anos, eles estão colhendo muito acima de 130 toneladas, a economia que tiveram em relação à longevidade e redução de custo de transporte e colheita está sendo fantástica”, assegurou.
Outra usina citada foi a Agrovale, da Bahia, que é uma usina 100% irrigada.
“Eles utilizam três métodos de irrigação: por superfície em sulcos, pivô central e gotejamento, mas como estão tendo recorde de produtividade a decisão é trocar todo o sistema começando com o que gasta mais água, que é o sulco implantando nessas áreas o gotejamento.
E a economia já pode ser notada, pois a mesma quantidade de água que eles conseguiam irrigar 100 hectares com o sistema antigo, com o gotejamento conseguem irrigar 200 hectares, então estão expandindo a área sem ter aumento de água”, analisou.
De acordo com os especialistas, a irrigação por gotejamento consegue incremento de 50 a 55 toneladas por hectare. “Não só pela água, se precisar da água nós vamos por água, mas também fazer a fertirrigação, aplicar ácido húmico e ácido fúlvico, a aplicação de maturador para ajudar na maturação da cana, nematicidas, inseticidas, etc”, explicou.
“O investimento do sistema é muito variável porque a água pode estar localizada perto ou longe, isso tem uma interferência muito significativa na implantação, mas o valor fica em uma faixa de R$ 4 mil a R$ 8 mil por hectare, na média, mas se eu pensar na realidade do Nordeste, onde tem que se aplicar mais água, este valor pode passar de R$ 6 mil a R$ 10 mil por hectare, então depende muito das condições”, elucidou Sanches, reforçando que o sistema se paga. “O payback médio das usinas está sendo no terceiro ou quarto ano do sistema instalado”, disse o gerente.
Já Pedroso afirmou que o uso de irrigação tem aumentado também entre os produtores de cana-de-açúcar, principalmente, com o aumento do sistema de MPB nas lavouras. “Os produtores estão produzindo suas próprias mudas utilizando o sistema de viveiros e a irrigação é necessária neste contexto.
Devido ao aumento da demanda, estamos desenvolvendo um kit de irrigação específico para MPB. “O nosso sistema é semifixo, usa-se o tubo gotejador na produção de muda e o cabeçote de controle muda de lugar, promovendo a irrigação.
É um sistema que fica extremamente barato quando se faz por hectare e a resposta do viveiro é incrível, com muda de qualidade. Tem produtor que consegue tirar duas safras de mudas por ano a cada seis meses”, afirma.
Embora o cenário se mostre positivos para eles, a companhia tem se preocupado com as iniciativas públicas e privadas para impulsionar o setor de irrigação no Brasil. “Essas ações são extremamente importantes. Por exemplo, infraestrutura necessária para irrigação, disponibilização de água e energia de qualidade, isso pode beneficiar os agricultores e a sociedade em geral, além de contemplar as empresas de irrigação que ganham espaço e credibilidade no mercado. A disponibilização de linhas de créditos acessíveis é necessária e impulsionará o agronegócio”, diz Sanches.
Mesmo assim, a empresa não para de investir no país e lançará na Agrishow, feira que acontece de 25 a 29 de abril, em Ribeirão Preto/SP, o novo sistema de irrigação por gotejamento com controle e gestão automatizados, e monitoramento em tempo real, garantindo economia de água, fertilizantes e mão de obra. O lançamento é acessível para todos os produtores, utilizando tubos flexíveis que otimizam o projeto de irrigação e facilitam as atividades operacionais e de armazenamento.
“O produtor rural poderá controlar à distância todo o processo de irrigação e nutrirrigação – que é a técnica de levar a solução nutritiva junto da água, na mesma tecnologia gota a gota. Por cair direto na raiz da planta, essa eficiência aumenta a produtividade das lavouras duas vezes mais”, destaca Carlos Sanches, gerente agronômico da Netafim, lembrando que “Essa tecnologia é uma das mais modernas em automação e nutrição das plantas tornando assim todo o processo mais sustentável para o produtor rural”, finaliza Sanches.