Guarita da empresa foi queimada em protesto dos trabalhadores nesta 4ª;
Desde 2014, foram 1,6 mil pessoas demitidas em Piracicaba e Sertãozinho.
Os funcionários da metalúrgica Dedini Indústria de Base S/A, com unidade em Piracicaba (SP) e atuação no setor sucroalcooleiro, decidiram paralisar as atividades a partir desta quarta-feira (9). Segundo o sindicato da categoria, a medida é um protesto contra as demissões de pelo menos 200 trabalhadores - sendo 100 em Sertãozinho (SP) - e a falta de cumprimento de um acordo para pagar verbas rescisórias para 468 demitidos.
Na manhã desta quarta-feira, os funcionários queimaram pneus e atearam fogo na guarita de recepção da empresa, em uma manifestação contra a falta de pagamento de salários e de verbas para os trabalhadores demitidos. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, a diretoria da empresa alegou não ter como pagar os direitos. O G1 tentou contato com a companhia, mas até a publicação não obteve retorno.
A paralisação das atividades foi definida em assembléia no Fórum de Piracicaba nesta quarta. Durante o encontro, os trabalhadores realizaram uma manifestação com faixas e cartazes e se reuniram com o juiz Marcos Douglas da Silva, que conduz o processo de recuperação judicial da empresa. Também estiveram presentes representantes da unidade da Dedini em Sertãozinho.
Na manhã desta quinta-feira (10), vai acontecer uma nova assembléia com funcionários e demitidos no pátio da empresa para definir os rumos da paralisação. Devem paralisar as atividades os trabalhadores das quatro áreas da companhia (administrativo, mecânica, fundição, caldeiraria).
Fogo na guarita
Sobre o ataque à guarita da empresa, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, João Carlos Ribeiro, afirmou que havia pessoas no protesto que não tinham relação com a entidade e que podem ter provocado a depredação. "Tinha muita gente lá e não conseguimos ter controle sobre todos."
No início de dezembro, 200 trabalhadores das unidades de Piracicaba (SP) e Sertãozinho (SP) foram dispensados. Desde fevereiro de 2014, foram cerca de 1,6 mil funcionários dispensados nas duas cidades, segundo o sindicato. "Reivindicamos os pagamentos de salários atrasados, de férias, o cumprimento de acordos, demissões", disse o diretor.
Recuperação Judicial
Em agosto deste ano, a Dedini já havia demitido cerca de 650 funcionários em Piracicaba (SP) e Sertãozinho (SP). No mesmo mês, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial para tentar evitar a falência, e recebeu prazo para retomar a saúde financeira dos negócios.
Acordo
Ainda segundo a entidade sindical, a empresa não cumpre acordo feito na Justiça do Trabalho, em 11 de novembro, que determina o pagamento de R$ 1 mil e cesta básica, todo dia 29 de cada mês aos demitidos. A medida é válida até a realização da assembléia que será marcada pelo juiz que analisa o processo de recuperação judicial.
"Ao todo, 468 trabalhadores deste processo rescisório são prejudicados. A empresa também não cumpre com pagamento de férias, FGTS, há atrasos de salários, dentre tantos outros problemas", afirmou o sindicato em nota.
Mais demissões em 2016
Também conforme os representantes da categoria, a companhia prevê demitir mais 400 funcionários em Piracicaba no início de 2016. O sindicato afirma receber diariamente metalúrgicos sem dinheiro que precisam "pagar contas, comprar remédios".
"É inadmissível o que a Dedini vem fazendo com esses trabalhadores", afirmou Ribeiro. A entidade afirmou ainda que entrou em contato com representantes da categoria em Sertãozinho para organização de um ato contra a empresa.
Os funcionários da metalúrgica Dedini Indústria de Base S/A, com unidade em Piracicaba (SP) e atuação no setor sucroalcooleiro, decidiram paralisar as atividades a partir desta quarta-feira (9). Segundo o sindicato da categoria, a medida é um protesto contra as demissões de pelo menos 200 trabalhadores - sendo 100 em Sertãozinho (SP) - e a falta de cumprimento de um acordo para pagar verbas rescisórias para 468 demitidos.
Na manhã desta quarta-feira, os funcionários queimaram pneus e atearam fogo na guarita de recepção da empresa, em uma manifestação contra a falta de pagamento de salários e de verbas para os trabalhadores demitidos. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, a diretoria da empresa alegou não ter como pagar os direitos. O G1 tentou contato com a companhia, mas até a publicação não obteve retorno.
A paralisação das atividades foi definida em assembléia no Fórum de Piracicaba nesta quarta. Durante o encontro, os trabalhadores realizaram uma manifestação com faixas e cartazes e se reuniram com o juiz Marcos Douglas da Silva, que conduz o processo de recuperação judicial da empresa. Também estiveram presentes representantes da unidade da Dedini em Sertãozinho.
Na manhã desta quinta-feira (10), vai acontecer uma nova assembléia com funcionários e demitidos no pátio da empresa para definir os rumos da paralisação. Devem paralisar as atividades os trabalhadores das quatro áreas da companhia (administrativo, mecânica, fundição, caldeiraria).
Fogo na guarita
Sobre o ataque à guarita da empresa, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, João Carlos Ribeiro, afirmou que havia pessoas no protesto que não tinham relação com a entidade e que podem ter provocado a depredação. "Tinha muita gente lá e não conseguimos ter controle sobre todos."
No início de dezembro, 200 trabalhadores das unidades de Piracicaba (SP) e Sertãozinho (SP) foram dispensados. Desde fevereiro de 2014, foram cerca de 1,6 mil funcionários dispensados nas duas cidades, segundo o sindicato. "Reivindicamos os pagamentos de salários atrasados, de férias, o cumprimento de acordos, demissões", disse o diretor.
Recuperação Judicial
Em agosto deste ano, a Dedini já havia demitido cerca de 650 funcionários em Piracicaba (SP) e Sertãozinho (SP). No mesmo mês, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial para tentar evitar a falência, e recebeu prazo para retomar a saúde financeira dos negócios.
Acordo
Ainda segundo a entidade sindical, a empresa não cumpre acordo feito na Justiça do Trabalho, em 11 de novembro, que determina o pagamento de R$ 1 mil e cesta básica, todo dia 29 de cada mês aos demitidos. A medida é válida até a realização da assembléia que será marcada pelo juiz que analisa o processo de recuperação judicial.
"Ao todo, 468 trabalhadores deste processo rescisório são prejudicados. A empresa também não cumpre com pagamento de férias, FGTS, há atrasos de salários, dentre tantos outros problemas", afirmou o sindicato em nota.
Mais demissões em 2016
Também conforme os representantes da categoria, a companhia prevê demitir mais 400 funcionários em Piracicaba no início de 2016. O sindicato afirma receber diariamente metalúrgicos sem dinheiro que precisam "pagar contas, comprar remédios".
"É inadmissível o que a Dedini vem fazendo com esses trabalhadores", afirmou Ribeiro. A entidade afirmou ainda que entrou em contato com representantes da categoria em Sertãozinho para organização de um ato contra a empresa.