Futuros do açúcar em NY respeitam intervalo entre 14,30 e 14,70 cents

Os futuros de açúcar demerara permanecem em uma montanha-russa na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Ontem, voltaram a se recuperar e terminaram acima de 14,50 cents por libra-peso. O intervalo que vai de 14,30 cents a 14,70 cents/lb, porém, segue respeitado. Apesar do cenário construtivo, ganhos mais expressivos só tendem a ser observados caso a demanda no físico brasileiro melhore.
 
Recentemente, a Czarnikow informou que no Porto de Santos têm sido registradas ofertas até 85 pontos abaixo do negociado em Nova York, ainda assim sem atrair compradores. Paralelamente, na China, há a perspectiva de que o governo dificulte ainda mais a importação de açúcar pelas refinarias locais, com o objetivo de controlar a oferta interna.
 
Do lado altista, participantes monitoram as chuvas no Centro-Sul do Brasil. Até agora não foram relatadas grandes paralisações nos trabalhos de campo na principal região produtora do País, mas a previsão da Climatempo indica precipitações pelo menos até o fim de semana nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
 
Graficamente, para além do atual intervalo, aparecem os psicológicos 14 cents/lb, como suporte, e os 15 cents/lb, como resistência.
 
Ontem, março subiu 23 pontos (1,60%) e fechou em 14,65 cents/lb, com máxima de 14,80 cents/lb (mais 38 pontos) e mínima de 14,34 cents/lb (menos 8 pontos). Maio avançou 18 pontos (1,28%) e terminou em 14,27 cents/lb. O spread março/maio variou de 33 para 38 pontos de prêmio para o primeiro contrato da tela.
O Indicador de Açúcar calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) encerrou a quarta-feira em R$ 72,13/saca, alta de 1,25%ante a véspera. Em dólar, o índice ficou em US$ 18,39/saca (+0,60%). A moeda norte-americana ficou em R$ 3,9156.