Geadas afetam regiões de arábica do país e podem prejudicar a safra 2017/18

19/07/2016 Geral POR: Valor
As lavouras do Café Santa Mônica, em Machado, no Sul de Minas, quase não sofreram os efeitos das chuvas nas regiões cafeeiras do Sudeste e Sul entre o fim de maio e início de junho, em plena colheita da safra 2016/17. 
"A fazenda é dividida em sete setores, e os cafezais estavam em diferentes fases. Fomos salvos porque nem todos estavam em ponto de colheita", diz Arthur Moscofian Jr., proprietário do Café Santa Mônica. De uma maneira geral, as chuvas derrubaram parte dos grãos que estavam na fase cereja dos cafezais nessas regiões, afetando sua qualidade. 
Na Santa Mônica, segundo Moscofian Jr., cerca de 5% das 4,5 mil sacas que a empresa deve colher nesta safra teve a qualidade afetada em decorrência das chuvas. Mas depois de a Santa Mônica ter sido praticamente poupada do efeito das chuvas, Moscofian Jr. ¬ assim como outros cafeicultores ¬ tem outras razões para se preocupar. 
No último domingo, as regiões produtoras de café arábica do Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Mogiana Paulista e Paraná foram afetadas por geadas, o que tem potencial para afetar a produção da próxima safra, a 2017/18. De acordo com o agrônomo André Luiz Alvarenga Garcia, da Fundação Procafé, geadas de intensidade mediana afetaram essas regiões. 
A expectativa é de que não haja prejuízo para a safra atual. O problema é em relação à próxima temporada, cuja florada ocorre em setembro. 
Segundo Garcia, a geada pode queimar os ramos dos cafezais, impedindo que produzam no próximo ciclo. Esse quadro é preocupante do ponto de vista de oferta, uma vez que a safra 2017/18 é de bienalidade negativa. 
O agrônomo diz que a real intensidade dos danos às lavouras deve ficar mais clara até o fim de semana.
Por Alda do Amaral Rocha
As lavouras do Café Santa Mônica, em Machado, no Sul de Minas, quase não sofreram os efeitos das chuvas nas regiões cafeeiras do Sudeste e Sul entre o fim de maio e início de junho, em plena colheita da safra 2016/17. 
"A fazenda é dividida em sete setores, e os cafezais estavam em diferentes fases. Fomos salvos porque nem todos estavam em ponto de colheita", diz Arthur Moscofian Jr., proprietário do Café Santa Mônica. De uma maneira geral, as chuvas derrubaram parte dos grãos que estavam na fase cereja dos cafezais nessas regiões, afetando sua qualidade. 
Na Santa Mônica, segundo Moscofian Jr., cerca de 5% das 4,5 mil sacas que a empresa deve colher nesta safra teve a qualidade afetada em decorrência das chuvas. Mas depois de a Santa Mônica ter sido praticamente poupada do efeito das chuvas, Moscofian Jr. ¬ assim como outros cafeicultores ¬ tem outras razões para se preocupar. 
No último domingo, as regiões produtoras de café arábica do Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Mogiana Paulista e Paraná foram afetadas por geadas, o que tem potencial para afetar a produção da próxima safra, a 2017/18. De acordo com o agrônomo André Luiz Alvarenga Garcia, da Fundação Procafé, geadas de intensidade mediana afetaram essas regiões. 
A expectativa é de que não haja prejuízo para a safra atual. O problema é em relação à próxima temporada, cuja florada ocorre em setembro. 
Segundo Garcia, a geada pode queimar os ramos dos cafezais, impedindo que produzam no próximo ciclo. Esse quadro é preocupante do ponto de vista de oferta, uma vez que a safra 2017/18 é de bienalidade negativa. 
O agrônomo diz que a real intensidade dos danos às lavouras deve ficar mais clara até o fim de semana.
Por Alda do Amaral Rocha