Como uma ação paralela a sua atividade fim, através do aproveitamento de subprodutos do processo de fabricação de celulose, as companhias desse segmento têm uma vasta vocação para a geração de energia elétrica. No Brasil, o setor verifica uma capacidade atual de produção de 10 mil GWh ao ano, o que corresponderia algo em torno de 25% do que o País inteiro consumiu em janeiro. Segundo projeções da Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, esse número poderá dobrar até 2020, alcançando 20 mil GWh.
O gerente do departamento de Geração de Energia e Vapor da Pöyry, Yves Gerschkovitch, argumenta que esse incremento acontecerá com a confirmação da entrada em operação de seis novas unidades de celulose. Entre as plantas que deverão iniciar ou aumentar as suas produções estão a da CMPC Celulose Riograndense (Guaíba-RS), Klabin (Ortigueira-PR), Fibria (Três Lagoas-MS), Eldorado Brasil (Três Lagoas-MS), Lwarcel (Lençóis Paulista-SP) e CRPE (Ribas do Rio Pardo-MS). A energia gerada pelos complexos de celulose é aproveitada pelas próprias fábricas e o excedente pode ser disponibilizado na rede elétrica.
A comercialização é feita com as distribuidoras de energia ou no mercado livre (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem comprar a eletricidade). O integrante da Pöyry detalha que as companhias de celulose que vendem parte da sua produção na rede elétrica contam com incentivo no transporte de energia até um limite de 30 MW. "Esse número não é nada, o governo poderia aumentar ou tirar o limite e colocar um preço que viabilize a otimização da geração", defende Gerschkovitch.
O dirigente ressalta que o acréscimo de energia que será proporcionado pelas novas unidades será muito bem-vindo durante um momento em que o País sofre com a escassez de geração hidrelétrica. Além disso, Gerschkovitch enfatiza que se trata de uma energia renovável. Para cogerar energia (produção simultânea de energia térmica e elétrica), uma indústria de celulose aproveita o vapor gerado pela caldeira de recuperação, por meio da queima do licor negro (resíduo orgânico que se assemelha ao piche) proveniente do cozimento da madeira.
Também pode usar o vapor gerado na caldeira de biomassa pela queimados resíduos decorrentes do sistema de transporte, picagem e peneiramento da matéria-prima. Assim como é possível utilizar a biomassa originada no procedimento de descascamento da madeira, caso seja realizado na fábrica, e também galhos e pontas que permanecem na floresta após o corte das árvores. Todo o vapor gerado nas caldeiras passa por turbogeradores onde a energia térmica é transformada em energia elétrica e o vapor extraído alimenta o processo de fabricação de celulose.
A unidade gaúcha da CMPC Celulose Rio Grandense aproveitará o licor negro para elevar a sua capacidade instalada de 55 MW para 250 MW. O incremento da geração de eletricidade da estrutura acontecerá juntamente com a expansão da produção de celulose em 1,3 milhão de toneladas ao ano (atingindo um total de 1,8 milhão de toneladas), que será finalizada no mês de maio. O investimento da companhia, somente na ampliação de energia, será de aproximadamente US$ 425 milhões. Com a ação, a empresa será autossustentável quanto ao consumo de eletricidade, restando 30 MW para serem repassados para a rede elétrica do sistema interligado nacional.
Como uma ação paralela a sua atividade fim, através do aproveitamento de subprodutos do processo de fabricação de celulose, as companhias desse segmento têm uma vasta vocação para a geração de energia elétrica. No Brasil, o setor verifica uma capacidade atual de produção de 10 mil GWh ao ano, o que corresponderia algo em torno de 25% do que o País inteiro consumiu em janeiro. Segundo projeções da Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, esse número poderá dobrar até 2020, alcançando 20 mil GWh.
O gerente do departamento de Geração de Energia e Vapor da Pöyry, Yves Gerschkovitch, argumenta que esse incremento acontecerá com a confirmação da entrada em operação de seis novas unidades de celulose. Entre as plantas que deverão iniciar ou aumentar as suas produções estão a da CMPC Celulose Riograndense (Guaíba-RS), Klabin (Ortigueira-PR), Fibria (Três Lagoas-MS), Eldorado Brasil (Três Lagoas-MS), Lwarcel (Lençóis Paulista-SP) e CRPE (Ribas do Rio Pardo-MS). A energia gerada pelos complexos de celulose é aproveitada pelas próprias fábricas e o excedente pode ser disponibilizado na rede elétrica.
A comercialização é feita com as distribuidoras de energia ou no mercado livre (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem comprar a eletricidade). O integrante da Pöyry detalha que as companhias de celulose que vendem parte da sua produção na rede elétrica contam com incentivo no transporte de energia até um limite de 30 MW. "Esse número não é nada, o governo poderia aumentar ou tirar o limite e colocar um preço que viabilize a otimização da geração", defende Gerschkovitch.
O dirigente ressalta que o acréscimo de energia que será proporcionado pelas novas unidades será muito bem-vindo durante um momento em que o País sofre com a escassez de geração hidrelétrica. Além disso, Gerschkovitch enfatiza que se trata de uma energia renovável. Para cogerar energia (produção simultânea de energia térmica e elétrica), uma indústria de celulose aproveita o vapor gerado pela caldeira de recuperação, por meio da queima do licor negro (resíduo orgânico que se assemelha ao piche) proveniente do cozimento da madeira.
Também pode usar o vapor gerado na caldeira de biomassa pela queimados resíduos decorrentes do sistema de transporte, picagem e peneiramento da matéria-prima. Assim como é possível utilizar a biomassa originada no procedimento de descascamento da madeira, caso seja realizado na fábrica, e também galhos e pontas que permanecem na floresta após o corte das árvores. Todo o vapor gerado nas caldeiras passa por turbogeradores onde a energia térmica é transformada em energia elétrica e o vapor extraído alimenta o processo de fabricação de celulose.
A unidade gaúcha da CMPC Celulose Rio Grandense aproveitará o licor negro para elevar a sua capacidade instalada de 55 MW para 250 MW. O incremento da geração de eletricidade da estrutura acontecerá juntamente com a expansão da produção de celulose em 1,3 milhão de toneladas ao ano (atingindo um total de 1,8 milhão de toneladas), que será finalizada no mês de maio. O investimento da companhia, somente na ampliação de energia, será de aproximadamente US$ 425 milhões. Com a ação, a empresa será autossustentável quanto ao consumo de eletricidade, restando 30 MW para serem repassados para a rede elétrica do sistema interligado nacional.