Gestão é chave para futuro do produtor rural

04/08/2015 Agricultura POR: Folha de São Paulo
O momento atual é de cautela para o setor agropecuário, mas um olhar um pouco mais para o futuro também aponta desafios. Ele vai ter de adotar profundas mudanças na gestão de seus negócios.
Em 2015, o produtor passa por incertezas de preços das commodities, alta de juros e elevação da taxa de câmbio.
Para os próximos anos, eles terão de repensar o sistema de produção e adotar a integração lavoura, pecuária e floresta, além de outras atividades, como a piscicultura.
Essa multiplicidade de cultura minimiza os riscos, além de permitir uma movimentação contínua do caixa, com mais entradas de dinheiro.
Esse foi um dos assuntos discutidos em encontro do setor de agronegócio promovido pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), nesta segunda (3). O evento continua nesta terça (4).
Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro, cita por exemplo que a carne bovina, em uma linha de tempo de 150 anos, foi o único produto a subir de preços.
Neste momento, as proteínas são um dos setores que menos perdem preços, devido à forte demanda externa e interna.
Já o setor de grãos vive a ressaca da recuperação da produção e dos estoques.
A integração dessas diversas culturas pode trazer nova estabilidade econômica e sustentabilidade para o setor.
Paulo Herrmann, da John Deere, diz que esse novo sistema trará uma complexidade para a agropecuária.
Uma das saídas é utilizar a extensão rural para levar os conhecimentos desse novo sistema para a prática nas fazendas. O problema é que a extensão rural pública não funciona, o que vai exigir uma participação do setor privado nessas operações.
JUROS
A alta da taxa de juros nos EUA, ainda não decidida, vai apimentar mais a volatilidade do câmbio, diz Alexandre Enrico Silva Figliolino, do Itaú BBA. "O produtor precisa olhar a gestão com carinho."
As discussões no encontro apontaram também para os estoques. A Ásia, aproveitando a baixa de preços das commodities, eleva as compras e aumenta os estoques.
A compra do produto brasileiro pelos importadores é facilitada também pelas características da comercialização no país.
Um aumento da estocagem na propriedade permitiria o produtor fazer mais hedge e evitar o período de logística com preço alto, diz Ingo Plöger, do IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional.
Na avaliação de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da Abag, o médio produtor vai ter de fazer estoques para evitar quedas nos preços. 
O momento atual é de cautela para o setor agropecuário, mas um olhar um pouco mais para o futuro também aponta desafios. Ele vai ter de adotar profundas mudanças na gestão de seus negócios.
Em 2015, o produtor passa por incertezas de preços das commodities, alta de juros e elevação da taxa de câmbio.
Para os próximos anos, eles terão de repensar o sistema de produção e adotar a integração lavoura, pecuária e floresta, além de outras atividades, como a piscicultura.
Essa multiplicidade de cultura minimiza os riscos, além de permitir uma movimentação contínua do caixa, com mais entradas de dinheiro.
Esse foi um dos assuntos discutidos em encontro do setor de agronegócio promovido pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), nesta segunda (3). O evento continua nesta terça (4).
Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro, cita por exemplo que a carne bovina, em uma linha de tempo de 150 anos, foi o único produto a subir de preços.
Neste momento, as proteínas são um dos setores que menos perdem preços, devido à forte demanda externa e interna.
Já o setor de grãos vive a ressaca da recuperação da produção e dos estoques.
A integração dessas diversas culturas pode trazer nova estabilidade econômica e sustentabilidade para o setor.
Paulo Herrmann, da John Deere, diz que esse novo sistema trará uma complexidade para a agropecuária.
Uma das saídas é utilizar a extensão rural para levar os conhecimentos desse novo sistema para a prática nas fazendas. O problema é que a extensão rural pública não funciona, o que vai exigir uma participação do setor privado nessas operações.

JUROS
A alta da taxa de juros nos EUA, ainda não decidida, vai apimentar mais a volatilidade do câmbio, diz Alexandre Enrico Silva Figliolino, do Itaú BBA. "O produtor precisa olhar a gestão com carinho."
As discussões no encontro apontaram também para os estoques. A Ásia, aproveitando a baixa de preços das commodities, eleva as compras e aumenta os estoques.

 
A compra do produto brasileiro pelos importadores é facilitada também pelas características da comercialização no país.
Um aumento da estocagem na propriedade permitiria o produtor fazer mais hedge e evitar o período de logística com preço alto, diz Ingo Plöger, do IP Desenvolvimento Empresarial e Institucional.
Na avaliação de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da Abag, o médio produtor vai ter de fazer estoques para evitar quedas nos preços.