“Gestão por Acidentes”

26/12/2012 Colunista POR: Revista Canavieiros - Ed77 - novembro de 2012
O mês: continuam boas notícias vindas apenas do Agro brasileiro. Parece que o resto do país anda de lado. Após dois meses consecutivos de queda em relação ao ano de 2011, no mês de outubro o desempenho das exportações melhorou e apresentou crescimento. As exportações do agro foram de US$ 9,34 bilhões (aumento de 11,8% em relação ao ano passado). O valor exportado acumulado no ano (US$ 80,9 bilhões) continuou aumentando (1,8%) quando comparado com o mesmo período de 2011 (US$ 79,5 bilhões), contribuindo para um saldo positivo de US$ 67,3 bilhões (3,1% maior que o mesmo período em 2011). Este valor acumulado levou as exportações a alcançarem 80,9% da meta dos 100 bilhões para o ano de 2012. Os demais produtos brasileiros - fora do agro - tiveram uma queda de 10,3% nas exportações (US$ 13,5 bi em 2011, para US$ 12,1 bi em 2012), o que fez com que o agronegócio aumentasse sua participação relativa nas exportações em outubro quando comparado com o mesmo período do ano passado, alcançando incríveis 44,3% nos totais do Brasil.
Empresas: queria aqui deixar um registro às empresas que nos atendem no setor de defensivos. Tenho oportunidade de participar em palestras e discussões com os times de cana da FMC, Syngenta, Bayer, Basf e Arysta. É impressionante a vontade que esta turma está de inovar, de acertar, de buscar soluções e de estar mais próximo do produtor, criando, capturando e compartilhando valor. A proximidade das grandes empresas com as cooperativas, associações, fornecedores e usinas será fundamental nesta nova fase do setor, onde temos que trabalhar com parcerias, com inovações e com desperdício zero. Parabéns. 
Pessoas Canavieiras (homenagem do mês): a pessoa canavieira do mês é o Ismael Perina. Tenho acompanhado de perto sua incansável luta pelo setor, e isto envolve participar de inúmeras reuniões em diversos lugares, investindo tempo em deslocamento, esforços que poucas vezes são reconhecidos. Ismael sempre falando nos fóruns sobre os problemas do fornecedor de cana e defendendo a classe. Parabéns Ismael, meu homenageado do mês. 
Aprendizado de Viagem: dia 13 de novembro fui convidado a fazer uma palestra na Aplacana, em Monte Aprazível. Fui muito bem recebido lá pelas pessoas, e pude falar no espaço completamente lotado. Ai veio a surpresa ao final, que tinha sido a palestra inaugural da nova sede, que ficou linda. Parabéns aos produtores da região, que tem agora um espaço muito bom para se encontrarem e promoverem as ações coletivas, que são cada vez mais fundamentais ao setor. Agradeço ao presidente Donaldo e em nome dele ficam registrados meus parabéns a todos. Também destaco a alegria de participar da premiação feita pela Coplana às crianças que participaram da competição dos desenhos e frases e da oportunidade de falar à gente guerreira da Copercana no evento de 21 de novembro. 
Mercado de Cana: Acho que começam a melhorar as notícias. Safra um pouco maior, produtividade crescendo, clima indo bem. Resta esperar melhoria de preços, mas as pressões não são boas no mercado do açúcar, estima-se que teremos oferta maior que a demanda em mais de 5 milhões de toneladas, o que deve levar a recomposição de estoques e preços comprimidos. O duro é saber que poderíamos inverter este quadro se o etanol remunerasse adequadamente e tivéssemos uma safra bem mais alco-oleira. Seria um jogo ganha ganha, mas que não depende de nós. 
Haja limão: É impressionante a insensibilidade social e de exclusão de fornecedores, presente no Governo Federal – fazendo as 100, 120 novas usinas necessárias para o Brasil até 2020, teríamos a geração de 100 a 120 mil postos de trabalho. Com isto promoveríamos a inclusão e o desenvolvimento social. O Governo e parte dos Procuradores da República, do Ministério Público também são insensíveis com os fornecedores de cana, uma vez que ficam fazendo exigências a um setor que nos últimos dez anos trabalhou de graça para a sociedade brasileira, sem ganhar nada. Sem dizer da grande insensibilidade ambiental, pois a falta de etanol para abastecer a crescente frota flex (3 milhões de novos automóveis por ano) e o aumento do consumo de gasolina está fazendo com que o Brasil deixe de atender as metas ambientais fixadas pelo país nas instituições internacionais. Como as emissões do etanol estão em 10 a 15% das emissões de gasolina, somente no Estado de São Paulo, de acordo com o Consema, entre 2009 e 2011 houve um aumento de emissões de 3,4 milhões de toneladas de CO2 pela troca do etanol pela gasolina. 
O problema mais grave, e que eu previ, está por acontecer, se nada for feito. Teremos desabastecimento de gasolina. Aí sim a imagem deste Governo vai desabar. Foi amplamente avisado e noticiado. Quem sabe agora ficam mais sensíveis à questão do etanol.
Para um país que não consegue planejar, é uma triste constatação. No Brasil temos a gestão por sustos... Precisa um avião parar por dois dias na pista de Viracopos e dar um prejuízo de R$ 25 milhões a Azul, para se perceber que não tinha o aparelho de remoção e que não temos uma segunda pista num dos aeroportos mais importantes do continente... Precisa o Ministro da Justiça dizer que prefere morrer a ir para nossos presídios para alguém descobrir que uma porcentagem muito pequena da verba que estava alocada para reforma e construção de presídios tinha sido usada. Já está evidente que a Rodovia Anhanguera precisa, para ontem, de uma terceira faixa entre Cordeirópolis e Pirassununga, pois está absolutamente congestionada já, quiçá até Ribeirão... Não se planeja, não se pensa no futuro, e o mais triste... sobram os recursos...
Agradecimento: faço também aqui um agradecimento especial às Cooperativas, Associações do Setor de Cana e algumas Usinas, que estão fazendo compras empresariais do meu livro novo (Doutor Agro, Editora Gente) para distribuir de presente de natal à imensa comunidade agro.  É mais uma forma de comunicarmos que o Agro e a Cana são bons ao Brasil. Quem tiver interesse, a Editora vende a cópia a R$ 10, para compras acima de 100 unidades. É só me mandar um email (favaneves@gmail.com) que eu os coloco em contato direto com a Editora para viabilizar. Obrigado, é um esforço pelo agro, fácil leitura, tem todos os meus textos e críticas a miopia generalizada que afeta os negócios sucroenergéticos.
O mês: continuam boas notícias vindas apenas do Agro brasileiro. Parece que o resto do país anda de lado. Após dois meses consecutivos de queda em relação ao ano de 2011, no mês de outubro o desempenho das exportações melhorou e apresentou crescimento. As exportações do agro foram de US$ 9,34 bilhões (aumento de 11,8% em relação ao ano passado). O valor exportado acumulado no ano (US$ 80,9 bilhões) continuou aumentando (1,8%) quando comparado com o mesmo período de 2011 (US$ 79,5 bilhões), contribuindo para um saldo positivo de US$ 67,3 bilhões (3,1% maior que o mesmo período em 2011). Este valor acumulado levou as exportações a alcançarem 80,9% da meta dos 100 bilhões para o ano de 2012. Os demais produtos brasileiros - fora do agro - tiveram uma queda de 10,3% nas exportações (US$ 13,5 bi em 2011, para US$ 12,1 bi em 2012), o que fez com que o agronegócio aumentasse sua participação relativa nas exportações em outubro quando comparado com o mesmo período do ano passado, alcançando incríveis 44,3% nos totais do Brasil.

Empresas: queria aqui deixar um registro às empresas que nos atendem no setor de defensivos. Tenho oportunidade de participar em palestras e discussões com os times de cana da FMC, Syngenta, Bayer, Basf e Arysta. É impressionante a vontade que esta turma está de inovar, de acertar, de buscar soluções e de estar mais próximo do produtor, criando, capturando e compartilhando valor. A proximidade das grandes empresas com as cooperativas, associações, fornecedores e usinas será fundamental nesta nova fase do setor, onde temos que trabalhar com parcerias, com inovações e com desperdício zero. Parabéns. 

Pessoas Canavieiras (homenagem do mês): a pessoa canavieira do mês é o Ismael Perina. Tenho acompanhado de perto sua incansável luta pelo setor, e isto envolve participar de inúmeras reuniões em diversos lugares, investindo tempo em deslocamento, esforços que poucas vezes são reconhecidos. Ismael sempre falando nos fóruns sobre os problemas do fornecedor de cana e defendendo a classe. Parabéns Ismael, meu homenageado do mês. 
Aprendizado de Viagem: dia 13 de novembro fui convidado a fazer uma palestra na Aplacana, em Monte Aprazível. Fui muito bem recebido lá pelas pessoas, e pude falar no espaço completamente lotado. Ai veio a surpresa ao final, que tinha sido a palestra inaugural da nova sede, que ficou linda. Parabéns aos produtores da região, que tem agora um espaço muito bom para se encontrarem e promoverem as ações coletivas, que são cada vez mais fundamentais ao setor. Agradeço ao presidente Donaldo e em nome dele ficam registrados meus parabéns a todos. Também destaco a alegria de participar da premiação feita pela Coplana às crianças que participaram da competição dos desenhos e frases e da oportunidade de falar à gente guerreira da Copercana no evento de 21 de novembro. 

Mercado de Cana: Acho que começam a melhorar as notícias. Safra um pouco maior, produtividade crescendo, clima indo bem. Resta esperar melhoria de preços, mas as pressões não são boas no mercado do açúcar, estima-se que teremos oferta maior que a demanda em mais de 5 milhões de toneladas, o que deve levar a recomposição de estoques e preços comprimidos. O duro é saber que poderíamos inverter este quadro se o etanol remunerasse adequadamente e tivéssemos uma safra bem mais alco-oleira. Seria um jogo ganha ganha, mas que não depende de nós. 

Haja limão: É impressionante a insensibilidade social e de exclusão de fornecedores, presente no Governo Federal – fazendo as 100, 120 novas usinas necessárias para o Brasil até 2020, teríamos a geração de 100 a 120 mil postos de trabalho. Com isto promoveríamos a inclusão e o desenvolvimento social. O Governo e parte dos Procuradores da República, do Ministério Público também são insensíveis com os fornecedores de cana, uma vez que ficam fazendo exigências a um setor que nos últimos dez anos trabalhou de graça para a sociedade brasileira, sem ganhar nada. Sem dizer da grande insensibilidade ambiental, pois a falta de etanol para abastecer a crescente frota flex (3 milhões de novos automóveis por ano) e o aumento do consumo de gasolina está fazendo com que o Brasil deixe de atender as metas ambientais fixadas pelo país nas instituições internacionais. Como as emissões do etanol estão em 10 a 15% das emissões de gasolina, somente no Estado de São Paulo, de acordo com o Consema, entre 2009 e 2011 houve um aumento de emissões de 3,4 milhões de toneladas de CO2 pela troca do etanol pela gasolina. 
O problema mais grave, e que eu previ, está por acontecer, se nada for feito. Teremos desabastecimento de gasolina. Aí sim a imagem deste Governo vai desabar. Foi amplamente avisado e noticiado. Quem sabe agora ficam mais sensíveis à questão do etanol.
Para um país que não consegue planejar, é uma triste constatação. No Brasil temos a gestão por sustos... Precisa um avião parar por dois dias na pista de Viracopos e dar um prejuízo de R$ 25 milhões a Azul, para se perceber que não tinha o aparelho de remoção e que não temos uma segunda pista num dos aeroportos mais importantes do continente... Precisa o Ministro da Justiça dizer que prefere morrer a ir para nossos presídios para alguém descobrir que uma porcentagem muito pequena da verba que estava alocada para reforma e construção de presídios tinha sido usada. Já está evidente que a Rodovia Anhanguera precisa, para ontem, de uma terceira faixa entre Cordeirópolis e Pirassununga, pois está absolutamente congestionada já, quiçá até Ribeirão... Não se planeja, não se pensa no futuro, e o mais triste... sobram os recursos...

Agradecimento: faço também aqui um agradecimento especial às Cooperativas, Associações do Setor de Cana e algumas Usinas, que estão fazendo compras empresariais do meu livro novo (Doutor Agro, Editora Gente) para distribuir de presente de natal à imensa comunidade agro.  É mais uma forma de comunicarmos que o Agro e a Cana são bons ao Brasil. Quem tiver interesse, a Editora vende a cópia a R$ 10, para compras acima de 100 unidades. É só me mandar um email (favaneves@gmail.com) que eu os coloco em contato direto com a Editora para viabilizar. Obrigado, é um esforço pelo agro, fácil leitura, tem todos os meus textos e críticas a miopia generalizada que afeta os negócios sucroenergéticos.