Wandile Sihlobo, o economista chefe da AGBIZ, apontou a imprevisibilidade causada pela insegurança política como o principal fator que afasta o investimento do resto do mundo no agronegócio do continente africano
No painel que discutiu os desafios em conseguir garantir a segurança alimentar de toda população global até 2050 partindo da premissa de que ela crescerá 25%, o economista chefe da AGBIZ (Câmara do Agronegócio da África do Sul), Wandile Sihlobo, apontou a falta de previsibilidade como o principal motivo da baixa produtividade agrícola na região.
“Na África Subasaariana, a agropecuária envolve 2/3 da população, que vive em comunidades rurais, mas movimenta apenas 23% do PIB” e os dois fatores para essa situação, segundo o economista, num estudo feito antes da pandemia, é a alta exposição aos eventos climáticos e crises sanitárias em decorrência dos baixos recursos tecnológicos empregados na atividade.
Para ele, a virada de chave só acontecerá quando o mundo passar a investir nos campos africanos e para isso é preciso, em primeiro lugar, melhorar o ambiente político, o que trará segurança para a alocação de recursos e com eles virão métodos, insumos, máquinas e equipamentos inovadores.