Bruno Barcelos Lucchi, diretor técnico da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), enxerga o Desmatamento, Código Florestal e Conta de sequestro de carbono; como fatores para o agro Brasileiro ser reconhecido como uma potência agro sustentável
No painel que foi discutido aspectos da produção sustentável, o diretor técnico da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) Bruno Barcelos Lucchi enumerou os fatores que faltam para o mundo compreender que o agro brasileiro é sustentável.
O primeiro é quanto ao desmatamento, o qual na sua grande maioria é ilegal, prova disso é que as propriedades com CAR (Cadastro Ambiental Rural) respondem por apenas 1%.
Como solução, ele propôs a implementação de políticas claras, que contemplem o desenvolvimento rural através do acesso a mercados de crédito de carbono. Outro ponto é o direcionamento de recursos de combate aos incêndios, os quais precisam focar no investimento em estruturas robustas de brigada, dentre outras ações concretas e objetiva e não em projetos e pesquisas sem objetivos práticos claros.
A segunda medida é quanto as dificuldades para a implementação do Código Florestal e para exemplificar citou o processo lento das análises do CAR, que trava projetos de compensação (PRA – Programa de Regularização Ambiental) e inviabiliza a rastreabilidade e certificações das operações agrícolas que já poderiam gerar novos negócios por produzirem e preservarem.
Por fim, ele classificou como urgente a necessidade do desenvolvimento de um inventário nacional de emissões confiável, auditável e que faça a contagem certa, contemplando todos as operações e não ignore o sequestro de carbono realizado pelos pastos, como acontece em muitos cálculos hoje.