Celso Luiz Moretti, presidente da Embrapa: “Cérebros, e não tratores, é o símbolo do agro brasileiro”
No painel que foi discutido se será possível alimentar toda a população mundial até 2050, o presidente da Embrapa, Celso Luiz Moretti, mostrou algumas tecnologias que fizeram o Brasil sair da posição de importador de alimentos, para se tornar um dos maiores produtores mundiais, com a ressalva de estar numa das regiões, sob o ponto de vista climático, mais desafiadora do planeta.
Dentre as tecnologias, que além do ganho na produção também trouxeram avanços ambientais, ele citou o trigo do cerrado, variedades que na última temporada produziram nove mil toneladas por hectare em Cristalina-GO. Ele também citou a ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta) como manejo para aumentar a produtividade em pastagem degradada: “Não precisamos cortar uma árvore do Amazonas para produzirmos mais alimentos”.
Sobre o sequestro de carbono, ele falou sobre o plantio direto, fixação de nitrogênio com Rhizobium, e voltou ao ILPF, por gerar pastos mais vistosos, além do plantio de árvores. Na pecuária, ele ressaltou o desenvolvimento de forrageiras mais digeríveis, uso de óleos essenciais e precocidade (boi-china).
Diante do arcabouço de soluções, para adequar ao tema do painel, concluiu que o processo é contínuo e resultará no crescimento da produção, para finalizar com a frase: “Cérebros, e não tratores, é o símbolo do agro brasileiro”.