No setor sucroalcooleiro, a boa notícia é que a situação parou de piorar em consequência de uma maior participação do etanol no consumo de combustível no País e a perspectiva de um maior equilíbrio entre oferta e demanda de açúcar no mercado global a partir de 2016.
“Há um avanço, mas ainda não estamos em um cenário de retomada da rentabilidade e estímulos aos investimentos”, diz Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única).
Nas últimas safras, a indústria sucroalcooleira colheu prejuízos. O consultor Plínio Nastari, da Datagro, afirma que as usinas bem administradas conseguem hoje uma rentabilidade próxima de zero. Uma pequena rentabilidade só é possível entre aquelas que unem muita expertise no negócio, boa localização e escala. “Não é à toa que 83 usinas encerraram atividades desde 2008”.
Um relatório do banco Itaú BBA, assinado pelo analista Alexandre Enrico Figliolino após o encerramento da safra 2014/15 em março, aponta que a dívida de 65 grupos usineiros, que respondem por 72% da moagem do Centro-Sul, foi ampliada de R$ 41,1 bilhões na safra anterior para R$ 50,5 bilhões.
Entre esses grupos, só 11 possuem uma operação ajustada e baixa alavancagem. Outros 30 estão em situação medianas e 19 possem endividamento alto ou geração de caixa operacional insuficiente para cobrir os investimentos e serviços de dívida. Os demais cinco grupos estão em recuperação judicial.
Elizabeth diz que a receita média do produtor era de R$ 114 por tonelada de cana na safra 2011/2012 e não houve variação nominal na última safra, em termos reais caiu para R$ 108 por tonelada. A situação, segundo Nastari, é decorrência da política do governo brasileiro de manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos para segurar a inflação, segundo o Valor Setorial Agronegócio.
Em 2015, o governo anunciou que a política de preços dos combustíveis seria ditada pela Petrobras, seguindo critérios empresariais. “Na prática, não é o que vem ocorrendo. Hoje temos defasagem nos preços da gasolina de 13,5% e não temos informações transparentes sobre como se dará a recuperação dessa defasagem”, diz o consultor. “Quem vai investir se não há previsibilidade sobre as condições de comercialização da produção?”, indaga Elizabeth.
As condições do mercado de etanol melhoraram por conta de outras medidas adotadas. Uma é o aumento de 25% para 27% na mistura do álcool anidro na gasolina. Outra é a decisão do governo federal de retomar a cobrança – interrompida em 2012 – da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina e o diesel, aumentando a competitividade do etanol hidratado, aquele usado diretamente no tanque do veículo.
A taxa, de R$ 0,22 por litro, é equivalente à metade do valor atualizado da tarifa vigente em 2008, que seria de R$ 0,44 por litro. Também contribuiu a decisão de governos estaduais, como os de Minas, Paraná e Bahia, de alterar as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do etanol hidratado e da gasolina, privilegiando a competitividade do primeiro.
As medidas levaram a um aumento do consumo do etanol. Em abril e maio, foram consumidos 2,4 bilhões de litros de anidro e hidratado, o mesmo volume da gasolina A, aquela que sai das refinarias sem a adição de etanol. O empate não ocorria desde o fim de 2010, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Para Elizabeth, as medidas são importantes para aumentar a competitividade do etanol, mas ainda não resulta em uma melhora da rentabilidade para o produtor. Ela diz que os usineiros estão pressionados pelos custos dos insumos, como o preço do fertilizante, que subiu acompanhando a desvalorização do real, elevação do preço do diesel e dos gastos com mão de obra.
Para se manter competitivo, o produtor tem que renovar seu canavial em 15% a 18% da área colhida, fazer a manutenção do parque industrial e renovar a frota de veículos. Elizabeth admite que muitas usinas não conseguem manter esses investimentos, colocando em risco os resultados do setor nos próximos anos. O envelhecimento do canavial, por exemplo, gera menor produtividade: chega a cerca de 50% a partir da quarta colheita.
Para complicar, os recursos oferecidos pelo governo no plano da safra 2015/2016 ao Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (Prorenova) foram cortados pela metade em relação a 2014, de R$ 3 bilhões para R$ 1,5 bilhão, com taxa de juros de TJLP mais 2,7% ao ano. Nos cálculos da Única, são necessários investimentos de R$ 10 bilhões para uma renovação adequada do canavial.
O primeiro levantamento da safra 2015/16 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que serão moídos 6546 milhões de toneladas, 3,1% superior à safra anterior. O Centro-Sul será responsável por 90,5% da moagem total, ou seja, 592,6 milhões de toneladas. A Única estima uma moagem de 590 milhões de toneladas na região.
A estimativa da Conab é de que 43,8% da cana seja destinada à produção de açúcar, com uma produção de 37,35 milhões de toneladas, mais 5%. A produção total de etanol deve aumentar 1,9% em relação à safra anterior, deendo ser produzidos 12,73 bilhões de litros de anidro e 16,4 bilhões de litros de hidratado. Elizabeth atribui o avanço da moagem às condições climáticas favoráveis.
No mercado global de açúcar, a produção em 2015 deve crescer 2,64 milhões de toneladas e chegar a 173,63 milhões de toneladas, gerando uma oferta acima da demanda de 2,21 milhões de toneladas, segundo a Organização Internacional do Açúcar (OIA). A estimativa, porém, é de um equilíbrio entre oferta e demanda em 2016, com um consumo superior à oferta em 3,7 milhões de toneladas em 2017.
Jacyr Costa, diretor para o Brasil do grupo francês Tereos, diz que o excedente de produção global de açúcar nos últimos anos é resultado de políticas públicas intervencionistas de dois países, que não devem se sustentar nos próximos anos. Índia e Tailândia ofereceram subsídios para a produção e exportação de açúcar, mas o excesso de oferta derrubou os preços no mercado internacional e gerou prejuízo aos produtores dos dois países, apesar do apoio governamental.
Na Tailândia, a situação resultou num problema extra: produtores de arroz migraram para o açúcar e os estoques de arroz estão baixos no país, elevando os preços ao consumidor. O Brasil, maior fornecedor global de açúcar, deveria questionar Índia e Tailândia na Organização Mundial do Comércio (OMC), avalia Costa. No entanto, o baixo estímulo dos preços internacionais tem levado produtores brasileiros a destinar uma parcela maior da produção ao etanol.
O grupo Tereos possui 42 unidades industriais em 12 países. No Brasil controla a Guarani S/A, que possui sete unidades produtoras na região noroeste do Estado de São Paulo. Na safra 2014/15, a Guarani processou 20,3 milhões de toneladas de cana e a estimativa para a safra 2015/2016 é que a moagem fique entre 20 milhões e 20,5 milhões de toneladas. A produção de açúcar deve alcançar 1,6 milhão de toneladas e a de etanol cerca de 690 milhões de litros. A empresa também deve gerar 1.080 GWh de bioeletricidade para comercialização.
Costa diz que a operação brasileira é rentável, mas o resultado vem sendo menor que a expectativa. “A rentabilidade tem sido conseguida com investimentos constantes em ganhos de produtividade por meio da adoção de agricultura de precisão, mecanização e coleta de palha para a cogeração de energia”.
Pedro Isamo Mizutani, vice-presidente-executivo da Raízen, avalia que há uma perspectiva melhor para o produtor sucroalcooleiro apesar de ainda não ser a ideal. No açúcar, além do maior equilíbrio internacional entre oferta e demanda, o câmbio, com uma relação de troca acima de R$ 3 por dólar deve gerar maior competitividade para o produto brasileiro. No etanol, o maior consumo gera escala. Mas, a seu ver, o governo deveria elevar novamente a Cide para gerar competitividade adequada ao etanol.
Apesar da melhora no ambiente, investimentos em novas unidades não estão no horizonte da companhia, mas a capacidade de moagem deve ser elevada de 63,8 milhões de toneladas para 68 milhões nos próximos cinco anos. A estratégia, por ora, diz Mizutani, é ganhar produtividade com melhoras no manejo e uso de novas tecnologias, como o uso de drones para realizar o levantamento da topografia das plantações, medição de área de lavoura e investigação de relevo, detectando falhas no plantio. Estima-se que os drones permitem reduzir em mais de 30% as manobras de plantio e colheita.
A Raízen é uma das pioneiras no país do etanol de segunda geração, produzida por meio da celulose gerada com o bagaço e a palha da cana. No fim de 2014, a empresa inaugurou uma unidade em Piracicaba (SP), com capacidade para 40 milhões de litros por ano. Se a tecnologia se comprovar economicamente eficiente, o plano da empresa é chegar a 1 bilhão de litros até 2020. Outra empresa que investe na tecnologisa é a GranBio, que inaugurou também em 2014 uma usina para 82 milhões de litros anuais em São Miguel dos Campos (AL).
A Copersucar, que reúne 43 usinas sócias, comercializou 7,2 milhões de toneladas de açúcar na safra 2014/2015, sendo 5,5 milhões no mercado externo, e 4,3 bilhões de litros de etanol. Para a safra 2015/2016, a previsão é de um aumento de participação do etanol no mix de produção. Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar, afirma que a expectativa é de maior produtividade agrícola na safra devido à melhora nas condições climáticas.
Destaca ainda que o setor tem investido em inovação tecnológica, para retomar a competitividade da indústria brasileira, mas que espera o estabelecimento de condições mínimas para a atração de investimentos. “É necessário que haja reconhecimento do etanol como um componente estratégico da matriz energética brasileira. Assim, teremos um novo ciclo de crescimento e rentabilidade no setor.
No setor sucroalcooleiro, a boa notícia é que a situação parou de piorar em consequência de uma maior participação do etanol no consumo de combustível no País e a perspectiva de um maior equilíbrio entre oferta e demanda de açúcar no mercado global a partir de 2016.
“Há um avanço, mas ainda não estamos em um cenário de retomada da rentabilidade e estímulos aos investimentos”, diz Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única).
Nas últimas safras, a indústria sucroalcooleira colheu prejuízos. O consultor Plínio Nastari, da Datagro, afirma que as usinas bem administradas conseguem hoje uma rentabilidade próxima de zero. Uma pequena rentabilidade só é possível entre aquelas que unem muita expertise no negócio, boa localização e escala. “Não é à toa que 83 usinas encerraram atividades desde 2008”.
Um relatório do banco Itaú BBA, assinado pelo analista Alexandre Enrico Figliolino após o encerramento da safra 2014/15 em março, aponta que a dívida de 65 grupos usineiros, que respondem por 72% da moagem do Centro-Sul, foi ampliada de R$ 41,1 bilhões na safra anterior para R$ 50,5 bilhões.
Entre esses grupos, só 11 possuem uma operação ajustada e baixa alavancagem. Outros 30 estão em situação medianas e 19 possem endividamento alto ou geração de caixa operacional insuficiente para cobrir os investimentos e serviços de dívida. Os demais cinco grupos estão em recuperação judicial.
Elizabeth diz que a receita média do produtor era de R$ 114 por tonelada de cana na safra 2011/2012 e não houve variação nominal na última safra, em termos reais caiu para R$ 108 por tonelada. A situação, segundo Nastari, é decorrência da política do governo brasileiro de manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos para segurar a inflação, segundo o Valor Setorial Agronegócio.
Em 2015, o governo anunciou que a política de preços dos combustíveis seria ditada pela Petrobras, seguindo critérios empresariais. “Na prática, não é o que vem ocorrendo. Hoje temos defasagem nos preços da gasolina de 13,5% e não temos informações transparentes sobre como se dará a recuperação dessa defasagem”, diz o consultor. “Quem vai investir se não há previsibilidade sobre as condições de comercialização da produção?”, indaga Elizabeth.
As condições do mercado de etanol melhoraram por conta de outras medidas adotadas. Uma é o aumento de 25% para 27% na mistura do álcool anidro na gasolina. Outra é a decisão do governo federal de retomar a cobrança – interrompida em 2012 – da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina e o diesel, aumentando a competitividade do etanol hidratado, aquele usado diretamente no tanque do veículo.
A taxa, de R$ 0,22 por litro, é equivalente à metade do valor atualizado da tarifa vigente em 2008, que seria de R$ 0,44 por litro. Também contribuiu a decisão de governos estaduais, como os de Minas, Paraná e Bahia, de alterar as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do etanol hidratado e da gasolina, privilegiando a competitividade do primeiro.
As medidas levaram a um aumento do consumo do etanol. Em abril e maio, foram consumidos 2,4 bilhões de litros de anidro e hidratado, o mesmo volume da gasolina A, aquela que sai das refinarias sem a adição de etanol. O empate não ocorria desde o fim de 2010, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Para Elizabeth, as medidas são importantes para aumentar a competitividade do etanol, mas ainda não resulta em uma melhora da rentabilidade para o produtor. Ela diz que os usineiros estão pressionados pelos custos dos insumos, como o preço do fertilizante, que subiu acompanhando a desvalorização do real, elevação do preço do diesel e dos gastos com mão de obra.
Para se manter competitivo, o produtor tem que renovar seu canavial em 15% a 18% da área colhida, fazer a manutenção do parque industrial e renovar a frota de veículos. Elizabeth admite que muitas usinas não conseguem manter esses investimentos, colocando em risco os resultados do setor nos próximos anos. O envelhecimento do canavial, por exemplo, gera menor produtividade: chega a cerca de 50% a partir da quarta colheita.
Para complicar, os recursos oferecidos pelo governo no plano da safra 2015/2016 ao Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (Prorenova) foram cortados pela metade em relação a 2014, de R$ 3 bilhões para R$ 1,5 bilhão, com taxa de juros de TJLP mais 2,7% ao ano. Nos cálculos da Única, são necessários investimentos de R$ 10 bilhões para uma renovação adequada do canavial.
O primeiro levantamento da safra 2015/16 realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que serão moídos 6546 milhões de toneladas, 3,1% superior à safra anterior. O Centro-Sul será responsável por 90,5% da moagem total, ou seja, 592,6 milhões de toneladas. A Única estima uma moagem de 590 milhões de toneladas na região.
A estimativa da Conab é de que 43,8% da cana seja destinada à produção de açúcar, com uma produção de 37,35 milhões de toneladas, mais 5%. A produção total de etanol deve aumentar 1,9% em relação à safra anterior, deendo ser produzidos 12,73 bilhões de litros de anidro e 16,4 bilhões de litros de hidratado. Elizabeth atribui o avanço da moagem às condições climáticas favoráveis.
No mercado global de açúcar, a produção em 2015 deve crescer 2,64 milhões de toneladas e chegar a 173,63 milhões de toneladas, gerando uma oferta acima da demanda de 2,21 milhões de toneladas, segundo a Organização Internacional do Açúcar (OIA). A estimativa, porém, é de um equilíbrio entre oferta e demanda em 2016, com um consumo superior à oferta em 3,7 milhões de toneladas em 2017.
Jacyr Costa, diretor para o Brasil do grupo francês Tereos, diz que o excedente de produção global de açúcar nos últimos anos é resultado de políticas públicas intervencionistas de dois países, que não devem se sustentar nos próximos anos. Índia e Tailândia ofereceram subsídios para a produção e exportação de açúcar, mas o excesso de oferta derrubou os preços no mercado internacional e gerou prejuízo aos produtores dos dois países, apesar do apoio governamental.
Na Tailândia, a situação resultou num problema extra: produtores de arroz migraram para o açúcar e os estoques de arroz estão baixos no país, elevando os preços ao consumidor. O Brasil, maior fornecedor global de açúcar, deveria questionar Índia e Tailândia na Organização Mundial do Comércio (OMC), avalia Costa. No entanto, o baixo estímulo dos preços internacionais tem levado produtores brasileiros a destinar uma parcela maior da produção ao etanol.
O grupo Tereos possui 42 unidades industriais em 12 países. No Brasil controla a Guarani S/A, que possui sete unidades produtoras na região noroeste do Estado de São Paulo. Na safra 2014/15, a Guarani processou 20,3 milhões de toneladas de cana e a estimativa para a safra 2015/2016 é que a moagem fique entre 20 milhões e 20,5 milhões de toneladas. A produção de açúcar deve alcançar 1,6 milhão de toneladas e a de etanol cerca de 690 milhões de litros. A empresa também deve gerar 1.080 GWh de bioeletricidade para comercialização.
Costa diz que a operação brasileira é rentável, mas o resultado vem sendo menor que a expectativa. “A rentabilidade tem sido conseguida com investimentos constantes em ganhos de produtividade por meio da adoção de agricultura de precisão, mecanização e coleta de palha para a cogeração de energia”.
Pedro Isamo Mizutani, vice-presidente-executivo da Raízen, avalia que há uma perspectiva melhor para o produtor sucroalcooleiro apesar de ainda não ser a ideal. No açúcar, além do maior equilíbrio internacional entre oferta e demanda, o câmbio, com uma relação de troca acima de R$ 3 por dólar deve gerar maior competitividade para o produto brasileiro. No etanol, o maior consumo gera escala. Mas, a seu ver, o governo deveria elevar novamente a Cide para gerar competitividade adequada ao etanol.
Apesar da melhora no ambiente, investimentos em novas unidades não estão no horizonte da companhia, mas a capacidade de moagem deve ser elevada de 63,8 milhões de toneladas para 68 milhões nos próximos cinco anos. A estratégia, por ora, diz Mizutani, é ganhar produtividade com melhoras no manejo e uso de novas tecnologias, como o uso de drones para realizar o levantamento da topografia das plantações, medição de área de lavoura e investigação de relevo, detectando falhas no plantio. Estima-se que os drones permitem reduzir em mais de 30% as manobras de plantio e colheita.
A Raízen é uma das pioneiras no país do etanol de segunda geração, produzida por meio da celulose gerada com o bagaço e a palha da cana. No fim de 2014, a empresa inaugurou uma unidade em Piracicaba (SP), com capacidade para 40 milhões de litros por ano. Se a tecnologia se comprovar economicamente eficiente, o plano da empresa é chegar a 1 bilhão de litros até 2020. Outra empresa que investe na tecnologisa é a GranBio, que inaugurou também em 2014 uma usina para 82 milhões de litros anuais em São Miguel dos Campos (AL).
A Copersucar, que reúne 43 usinas sócias, comercializou 7,2 milhões de toneladas de açúcar na safra 2014/2015, sendo 5,5 milhões no mercado externo, e 4,3 bilhões de litros de etanol. Para a safra 2015/2016, a previsão é de um aumento de participação do etanol no mix de produção. Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar, afirma que a expectativa é de maior produtividade agrícola na safra devido à melhora nas condições climáticas.
Destaca ainda que o setor tem investido em inovação tecnológica, para retomar a competitividade da indústria brasileira, mas que espera o estabelecimento de condições mínimas para a atração de investimentos. “É necessário que haja reconhecimento do etanol como um componente estratégico da matriz energética brasileira. Assim, teremos um novo ciclo de crescimento e rentabilidade no setor.