Governo trava projetos de cogeração de bioeletricidade a partir de cana

06/08/2015 Energia POR: Brasil Agro
Além das questões de curto prazo, preocupa o setor de produção de bioenergia o fato de a capacidade instalada de cogeração estar crescendo a taxas ínfimas, diz o consultor de bioeletricidade da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), prof. Zilmar José de Souza.
Em 2014, a potência instalada no setor era de 9,881 mil MW. Em junho deste ano, a capacidade subiu para 10.046 MW, com a entrada de novos projetos, planejados nos anos anteriores. Até o fim de 2015, conforme a Aneel, essa capacidade será elevada para 10,419 MW, um acréscimo de 538 MW sobre 2014.
“Para 2016, devem ser adicionados 473 MW ao parque industrial de cogeração com biomassa. Em 2017, apenas 194 MW e, em 2018, somente 100 MW. É preocupante, considerando que, apenas em 2010, entraram em operação 1,750 MW de capacidade de cogeração em usinas”, comparou ao Valor Econômico.
Souza lembra que 2010 foi o ano em que entraram em funcionamento os projetos que haviam vendido energia nos leilões exclusivos de biomassa, ocorridos entre 2005 e 2008, com condições de remuneração atrativas para a época.
“Depois disso, o governo mudou as regras e o mercado se retraiu. Alguma sinalização positiva, com leilões a preços melhores, vem ocorrendo. Mas o setor sucroalcooleiro, assim como o segmento energético como um todo, está muito inseguro em investir”, explica.
Neste ano foi realizado um leilão de fontes alternativas A-5, no qual apenas dois projetos de biomassa venderam energia para entrega daqui a cinco anos. Juntos, esses dois projetos vão entregar 325,3 GWh ao preço máximo de R$ 278,5 o MWh. “É um valor acima dos leilões de biomassa findos em 2008. Mas os custos de implantação de uma planta de cogeração mudaram de lá para cá”, diz Souza.
BNDES
A ‘sovietização’ do sistema nacional de energia, iniciada no começo do segundo mandato do presidente Lula e agravada com a chegada de Dilma Rousseff à Presidência da República, impôs um duro revés ao mercado de cogeração de energia elétrica a partir da queima do bagaço e da palha da cana.
Todas as vantagens desta energia limpa e renovável, produzida no entorno das maiores áreas geográficas de consumo do País e nos períodos em que os períodos de precipitação pluviométricas são os mais baixos do ano, não foram suficientes para sensibilizar aos gestores da política energética brasileira.
Com as denúncias de corrupção, iniciadas no escândalo do ‘Mensalão’, agravadas com a tomada de assalto da Petrobras por políticos ligados à base do governo, e que já chegaram ao sistema de energia, fica claro e evidente que a prioridade única dos estrategistas do governo foi corromper o sistema e se apossar dos recursos públicos em benefício próprio.
Os interesses do País foram trocados pela formação da maior rede de corrupção e rapinagem instalada no sistema público do mundo. O BNDES, não tem liberado recursos para projetos de cogeração mesmo para usinas que não têm nenhum problema de crédito e que ofereçam garantias.
Ainda recentemente, uma destas usinas, contratou um projeto para instalar uma termelétrica de última geração, participou e vendeu bioeletricidade em leilão da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), mas acabou desistindo de seu objetivo em razão da negativa do BNDES em liberar recursos para financiar o projeto.
A usina preferiu pagar as multas à EPE e também aos fornecedores do projeto industrial, minimizando assim seus prejuízos futuros. 
Além das questões de curto prazo, preocupa o setor de produção de bioenergia o fato de a capacidade instalada de cogeração estar crescendo a taxas ínfimas, diz o consultor de bioeletricidade da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), prof. Zilmar José de Souza.
Em 2014, a potência instalada no setor era de 9,881 mil MW. Em junho deste ano, a capacidade subiu para 10.046 MW, com a entrada de novos projetos, planejados nos anos anteriores. Até o fim de 2015, conforme a Aneel, essa capacidade será elevada para 10,419 MW, um acréscimo de 538 MW sobre 2014.
“Para 2016, devem ser adicionados 473 MW ao parque industrial de cogeração com biomassa. Em 2017, apenas 194 MW e, em 2018, somente 100 MW. É preocupante, considerando que, apenas em 2010, entraram em operação 1,750 MW de capacidade de cogeração em usinas”, comparou ao Valor Econômico.
Souza lembra que 2010 foi o ano em que entraram em funcionamento os projetos que haviam vendido energia nos leilões exclusivos de biomassa, ocorridos entre 2005 e 2008, com condições de remuneração atrativas para a época.
“Depois disso, o governo mudou as regras e o mercado se retraiu. Alguma sinalização positiva, com leilões a preços melhores, vem ocorrendo. Mas o setor sucroalcooleiro, assim como o segmento energético como um todo, está muito inseguro em investir”, explica.
Neste ano foi realizado um leilão de fontes alternativas A-5, no qual apenas dois projetos de biomassa venderam energia para entrega daqui a cinco anos. Juntos, esses dois projetos vão entregar 325,3 GWh ao preço máximo de R$ 278,5 o MWh. “É um valor acima dos leilões de biomassa findos em 2008. Mas os custos de implantação de uma planta de cogeração mudaram de lá para cá”, diz Souza.
BNDES
A ‘sovietização’ do sistema nacional de energia, iniciada no começo do segundo mandato do presidente Lula e agravada com a chegada de Dilma Rousseff à Presidência da República, impôs um duro revés ao mercado de cogeração de energia elétrica a partir da queima do bagaço e da palha da cana.
Todas as vantagens desta energia limpa e renovável, produzida no entorno das maiores áreas geográficas de consumo do País e nos períodos em que os períodos de precipitação pluviométricas são os mais baixos do ano, não foram suficientes para sensibilizar aos gestores da política energética brasileira.
Com as denúncias de corrupção, iniciadas no escândalo do ‘Mensalão’, agravadas com a tomada de assalto da Petrobras por políticos ligados à base do governo, e que já chegaram ao sistema de energia, fica claro e evidente que a prioridade única dos estrategistas do governo foi corromper o sistema e se apossar dos recursos públicos em benefício próprio.
Os interesses do País foram trocados pela formação da maior rede de corrupção e rapinagem instalada no sistema público do mundo. O BNDES, não tem liberado recursos para projetos de cogeração mesmo para usinas que não têm nenhum problema de crédito e que ofereçam garantias.
Ainda recentemente, uma destas usinas, contratou um projeto para instalar uma termelétrica de última geração, participou e vendeu bioeletricidade em leilão da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), mas acabou desistindo de seu objetivo em razão da negativa do BNDES em liberar recursos para financiar o projeto.
A usina preferiu pagar as multas à EPE e também aos fornecedores do projeto industrial, minimizando assim seus prejuízos futuros.