GranBio quer acelerar desenvolvimento de variedades

16/11/2016 Cana-de-Açúcar POR: Valor
Com duas variedades de cana energia protegidas por registros no Ministério da Agricultura até o momento, a GranBio está focada agora na pesquisa em biologia molecular para acelerar o desenvolvimento de novas variedades. Conforme Bernardo Gradin, presidente da companhia, o objetivo é obter o reconhecimento oficial de três a quatro novas variedades por ano nos próximos anos. Para realizar as pesquisas, a companhia importou 400 genomas de cana convencional de um banco de germoplasma nos Estados Unidos. Sua subsidiária de biotecnologia, a GranCelere, sediada em Campinas, mapeou os genomas de cada variedade e está aplicando análise de "big data" (grandes volumes de dados) para otimizar os cruzamentos de genes. Nos últimos cinco anos, a GranBio já investiu R$ 25 milhões em pesquisas sobre cana energia, e a perspectiva para os próximos anos é manter esse ritmo de investimentos, a depender da demanda. "Nossa diferença é que, além da hibridação natural, temos um trabalho genômico. Estudamos os genes que fazem [a planta] crescer mais rápido ou como inserir características para aumentar a eficiência. Com isso vamos dar um grande salto de produtividade", afirma Gradin. Por meio do cruzamento de espécies ancestrais que tiveram seu genoma mapeado, a companhia está desenvolvendo diferentes variedades adaptadas a clima e solo de cada região em que atua e também com maior capacidade para produzir mais açúcar ou mais palha, por exemplo. Já há variedades que estão sendo testadas em dez regiões de atuação da GranBio no país, e para este ano a companhia espera obter o registro de mais três ou quatro variedades além das que já possui. Segundo Gradin, a empresa poderia lançar uma variedade transgênica de cana energia já no próximo ano, mas, como ainda é necessária a fase de testes, não há previsão para o lançamento. A meta é que, daqui cinco anos, as novas variedades de cana energia da GranBio estejam produzindo 3,5 vezes mais biomassa do que a cana convencional. Atualmente, as variedades registradas da companhia produzem cerca de 2 vezes mais biomassa.
Por Camila Souza Ramos 
Com duas variedades de cana energia protegidas por registros no Ministério da Agricultura até o momento, a GranBio está focada agora na pesquisa em biologia molecular para acelerar o desenvolvimento de novas variedades. Conforme Bernardo Gradin, presidente da companhia, o objetivo é obter o reconhecimento oficial de três a quatro novas variedades por ano nos próximos anos. Para realizar as pesquisas, a companhia importou 400 genomas de cana convencional de um banco de germoplasma nos Estados Unidos. Sua subsidiária de biotecnologia, a GranCelere, sediada em Campinas, mapeou os genomas de cada variedade e está aplicando análise de "big data" (grandes volumes de dados) para otimizar os cruzamentos de genes. Nos últimos cinco anos, a GranBio já investiu R$ 25 milhões em pesquisas sobre cana energia, e a perspectiva para os próximos anos é manter esse ritmo de investimentos, a depender da demanda. "Nossa diferença é que, além da hibridação natural, temos um trabalho genômico. Estudamos os genes que fazem [a planta] crescer mais rápido ou como inserir características para aumentar a eficiência. Com isso vamos dar um grande salto de produtividade", afirma Gradin. Por meio do cruzamento de espécies ancestrais que tiveram seu genoma mapeado, a companhia está desenvolvendo diferentes variedades adaptadas a clima e solo de cada região em que atua e também com maior capacidade para produzir mais açúcar ou mais palha, por exemplo. Já há variedades que estão sendo testadas em dez regiões de atuação da GranBio no país, e para este ano a companhia espera obter o registro de mais três ou quatro variedades além das que já possui. Segundo Gradin, a empresa poderia lançar uma variedade transgênica de cana energia já no próximo ano, mas, como ainda é necessária a fase de testes, não há previsão para o lançamento. A meta é que, daqui cinco anos, as novas variedades de cana energia da GranBio estejam produzindo 3,5 vezes mais biomassa do que a cana convencional. Atualmente, as variedades registradas da companhia produzem cerca de 2 vezes mais biomassa.
Por Camila Souza Ramos