Grandes exportadores esperam elevar embarques

02/08/2016 Agricultura POR: Valor Econômico
Mesmo que este seja um ano de oferta justa de café no Brasil, alguns dos principais exportadores do país apostam no aumento de suas vendas do grão ao exterior. Além da cooperativa Cooxupé, maior exportadora brasileira de café, multinacionais como Olam e Ecomtrading também trabalham com a perspectiva de ampliar seus embarques a partir do Brasil.
Presidente do Conselho dos Exportadores de Café (CeCafé) Nelson Carvalhaes, afirma que "vai haver café suficiente para atender à necessidade no que se refere à exportação e ao mercado interno, mesmo com estoques baixos. Não faltará, mas não haverá excesso", avalia o dirigente. Estima­se que essa demanda seja de 57 milhões de sacas, considerando um consumo interno anual de 21 milhões de sacas e exportações de 36 milhões.
A oferta está mais justa em decorrência dos estoques considerados baixos e da quebra da produção de conilon no Espírito Santo na safra 2016/17, elenca Carvalhaes. Foram esses também os motivos que levaram à redução das exportações brasileiras de café na safra passada, a 2015/16, quando as vendas externas caíram 3,2%, para 35,418 milhões de sacas.
As exportações também estão em queda considerando o ano­civil, no período entre janeiro e junho deste ano, segundo o CeCafé. E o recuo é mais expressivo, de 8,7% sobre o mesmo intervalo de 2015, para 16,195 milhões de sacas.
Afora os estoques mais baixos e a quebra no Espírito Santo, chuvas no período de colheita da safra 2016/17 de arábica, entre o fim de maio e início de junho, em regiões de cultivo do Sudeste e do Sul, afetaram a qualidade de uma fatia da produção. Diferentes fontes do mercado estimam que entre 20% e 40% da safra pode ter a qualidade afetada. Carvalhaes considera, porém, que é difícil avaliar o tamanho do impacto na qualidade.
Na Cooxupé, de Guaxupé (MG), a meta é embarcar 4,8 milhões de sacas de café este ano, um crescimento de cerca de 14% sobre as 4,2 milhões de 2015. 
A cooperativa espera receber 6 milhões de sacas do grão este ano, 800 mil a mais que em 2015. O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, afirma que, os problemas climáticos deste ano, como a seca e a geada, não devem afetar a atual safra de café, a 2016/17. E um eventual prejuízo neste ciclo, que poderia afetar os volumes de recebimento e a exportação, só deve ser conhecido ao fim da colheita, que estava em 57% na região de atuação da Cooxupé até o dia 22 de julho.
A Olam, que já é a segunda maior exportadora de café do Brasil, espera elevar em 20% seus embarques, que somaram 2,6 milhões de sacas do grão em 2015. No ano passado, de acordo com Ubirajara Abreu Gonçalves, trader sênior da Olam, do total embarcado, 2,2 milhões foram café arábica e o restante da espécie conilon. Mas, este ano, o volume exportado de conilon deve diminuir por causa da quebra da produção capixaba.
Uma das dez maiores exportadoras de café do país, a Eisa ­ Empresa Interagrícola S.A, que faz parte do grupo multinacional Ecom, tem como meta exportar 2 milhões de sacas este ano, acima das 1,815 milhão de sacas de 2015, de acordo com Jorge Esteve Jorge, vice­presidente da Eisa. Mais de 90% do café que a empresa exporta é da espécie arábica.
Jorge destaca que a empresa não é uma grande exportadora da espécie conilon. De toda forma, diz, "a safra de arábica foi muito boa". Segundo a estimativa da multinacional, a safra 2016/17 de café no Brasil deve ficar entre 55 milhões e 57 milhões de sacas, "mesmo com problema no Espírito Santo". O volume é bem superior às 49,7 milhões de sacas estimadas pela Conab em maio passado.
O executivo também minimiza o impacto da questão da perda de qualidade do arábica em algumas regiões do país por causa da chuva na colheita. "O torrador vai comprar café chuvado porque o conilon quebrou", observa, referindo­se ao café que caiu da árvore por conta das chuvas e teve de ser submetido à varrição. 
Ubirajara Gonçalves, da Olam, também afirma que o mercado deve se adaptar a um eventual impacto na qualidade do café. Os números da múlti sobre a safra brasileira também são maiores do que os da Conab, mas os dados não são divulgados.
Mesmo que este seja um ano de oferta justa de café no Brasil, alguns dos principais exportadores do país apostam no aumento de suas vendas do grão ao exterior. Além da cooperativa Cooxupé, maior exportadora brasileira de café, multinacionais como Olam e Ecomtrading também trabalham com a perspectiva de ampliar seus embarques a partir do Brasil.
Presidente do Conselho dos Exportadores de Café (CeCafé) Nelson Carvalhaes, afirma que "vai haver café suficiente para atender à necessidade no que se refere à exportação e ao mercado interno, mesmo com estoques baixos. Não faltará, mas não haverá excesso", avalia o dirigente. Estima­se que essa demanda seja de 57 milhões de sacas, considerando um consumo interno anual de 21 milhões de sacas e exportações de 36 milhões.
A oferta está mais justa em decorrência dos estoques considerados baixos e da quebra da produção de conilon no Espírito Santo na safra 2016/17, elenca Carvalhaes. Foram esses também os motivos que levaram à redução das exportações brasileiras de café na safra passada, a 2015/16, quando as vendas externas caíram 3,2%, para 35,418 milhões de sacas.
As exportações também estão em queda considerando o ano­civil, no período entre janeiro e junho deste ano, segundo o CeCafé. E o recuo é mais expressivo, de 8,7% sobre o mesmo intervalo de 2015, para 16,195 milhões de sacas.
Afora os estoques mais baixos e a quebra no Espírito Santo, chuvas no período de colheita da safra 2016/17 de arábica, entre o fim de maio e início de junho, em regiões de cultivo do Sudeste e do Sul, afetaram a qualidade de uma fatia da produção. Diferentes fontes do mercado estimam que entre 20% e 40% da safra pode ter a qualidade afetada. Carvalhaes considera, porém, que é difícil avaliar o tamanho do impacto na qualidade.

 
Na Cooxupé, de Guaxupé (MG), a meta é embarcar 4,8 milhões de sacas de café este ano, um crescimento de cerca de 14% sobre as 4,2 milhões de 2015. 
A cooperativa espera receber 6 milhões de sacas do grão este ano, 800 mil a mais que em 2015. O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, afirma que, os problemas climáticos deste ano, como a seca e a geada, não devem afetar a atual safra de café, a 2016/17. E um eventual prejuízo neste ciclo, que poderia afetar os volumes de recebimento e a exportação, só deve ser conhecido ao fim da colheita, que estava em 57% na região de atuação da Cooxupé até o dia 22 de julho.
A Olam, que já é a segunda maior exportadora de café do Brasil, espera elevar em 20% seus embarques, que somaram 2,6 milhões de sacas do grão em 2015. No ano passado, de acordo com Ubirajara Abreu Gonçalves, trader sênior da Olam, do total embarcado, 2,2 milhões foram café arábica e o restante da espécie conilon. Mas, este ano, o volume exportado de conilon deve diminuir por causa da quebra da produção capixaba.
Uma das dez maiores exportadoras de café do país, a Eisa ­ Empresa Interagrícola S.A, que faz parte do grupo multinacional Ecom, tem como meta exportar 2 milhões de sacas este ano, acima das 1,815 milhão de sacas de 2015, de acordo com Jorge Esteve Jorge, vice­presidente da Eisa. Mais de 90% do café que a empresa exporta é da espécie arábica.
Jorge destaca que a empresa não é uma grande exportadora da espécie conilon. De toda forma, diz, "a safra de arábica foi muito boa". Segundo a estimativa da multinacional, a safra 2016/17 de café no Brasil deve ficar entre 55 milhões e 57 milhões de sacas, "mesmo com problema no Espírito Santo". O volume é bem superior às 49,7 milhões de sacas estimadas pela Conab em maio passado.
O executivo também minimiza o impacto da questão da perda de qualidade do arábica em algumas regiões do país por causa da chuva na colheita. "O torrador vai comprar café chuvado porque o conilon quebrou", observa, referindo­se ao café que caiu da árvore por conta das chuvas e teve de ser submetido à varrição. 
Ubirajara Gonçalves, da Olam, também afirma que o mercado deve se adaptar a um eventual impacto na qualidade do café. Os números da múlti sobre a safra brasileira também são maiores do que os da Conab, mas os dados não são divulgados.