A Guarani, empresa sucroalcooleira controlada pela Tereos Internacional, concluiu neste mês duas operações financeiras em dólar que somam US$ 145 milhões. Os recursos serão usados para quitar dívidas que vencem neste ano. A mais recente operação, de US$ 115 milhões, foi fechada com um pool de bancos coordenado pelo holandês Rabobank, segundo informou ao Valor o diretor para o Brasil do Grupo Tereos, Jacyr Costa Filho.
O financiamento tem dois anos de carência e cinco de amortização. O executivo não informou a que taxa de juros o empréstimo foi fechado, mas afirmou que é "um pouco mais alta" do que o custo da dívida que será paga com essa captação. O desembolso ocorrerá no dia 30 deste mês. Participaram do pool coordenado pelo Rabobank os bancos Natixis, ING e Credit Agricole.
Em 31 de março deste ano, a Guarani, que é uma exportadora de açúcar, tinha uma dívida de R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 861 milhões com vencimento no curto prazo. A maior parte do endividamento da companhia, assim como de sua controladora, é em moeda estrangeira.
Conforme Costa Filho, com essa repactuação a empresa resolve, não somente a dívida de curto prazo, mas também evita o desembolso em reais de uma dívida que, em dólar, está mais alta, dada a desvalorização do real no Brasil, em especial no segundo semestre deste ano. "Essa dívida em dólar está coberta por contratos de exportação de açúcar, que funcionam como um hedge natural.
Mas se ela fosse paga agora haveria um descasamento entre o desembolso e o recebimento da receita em dólar", explicou.
A outra captação, no valor de US$ 30 milhões, foi feita com o Banco Latinoamericano de Comércio Exterior (Bladex), do Panamá. O financiamento foi fechado com carência de dois anos e amortização de cinco. Os recursos também serão usados para quitar dívidas que estão vencendo e fazer frente às operações da Guarani, conforme Costa Filho. O custo desse financiamento foi de Libor mais 3% ao ano. "Essas operações foram importantes porque permitiram que a empresa não ficasse sujeita à variação brusca do dólar", disse.
Até o dia 30 deste mês, a empresa deve ter a confirmação de uma outra capitalização importante. É quando vence o prazo para o último aporte da Petrobras Biocombustível na companhia, no valor de R$ 250 milhões. A operação faz parte de um contrato firmado em 2010 entre a Petrobras e a controladora da Guarani, a Tereos, por meio do qual a estatal se comprometeu a investir R$ 1,6 bilhão para atingir 45,7% do capital da Guarani.
A sucroalcooleira, que faturou R$ 2,4 bilhões em 2014/15, detém sete usinas de cana em São Paulo, que em 2015/16 deverão processar 20 milhões de toneladas
A Guarani, empresa sucroalcooleira controlada pela Tereos Internacional, concluiu neste mês duas operações financeiras em dólar que somam US$ 145 milhões. Os recursos serão usados para quitar dívidas que vencem neste ano. A mais recente operação, de US$ 115 milhões, foi fechada com um pool de bancos coordenado pelo holandês Rabobank, segundo informou ao Valor o diretor para o Brasil do Grupo Tereos, Jacyr Costa Filho.
O financiamento tem dois anos de carência e cinco de amortização. O executivo não informou a que taxa de juros o empréstimo foi fechado, mas afirmou que é "um pouco mais alta" do que o custo da dívida que será paga com essa captação. O desembolso ocorrerá no dia 30 deste mês (outubro). Participaram do pool coordenado pelo Rabobank os bancos Natixis, ING e Credit Agricole.
Em 31 de março deste ano, a Guarani, que é uma exportadora de açúcar, tinha uma dívida de R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 861 milhões com vencimento no curto prazo. A maior parte do endividamento da companhia, assim como de sua controladora, é em moeda estrangeira.
Conforme Costa Filho, com essa repactuação a empresa resolve, não somente a dívida de curto prazo, mas também evita o desembolso em reais de uma dívida que, em dólar, está mais alta, dada a desvalorização do real no Brasil, em especial no segundo semestre deste ano. "Essa dívida em dólar está coberta por contratos de exportação de açúcar, que funcionam como um hedge natural.
Mas se ela fosse paga agora haveria um descasamento entre o desembolso e o recebimento da receita em dólar", explicou.
A outra captação, no valor de US$ 30 milhões, foi feita com o Banco Latinoamericano de Comércio Exterior (Bladex), do Panamá. O financiamento foi fechado com carência de dois anos e amortização de cinco. Os recursos também serão usados para quitar dívidas que estão vencendo e fazer frente às operações da Guarani, conforme Costa Filho. O custo desse financiamento foi de Libor mais 3% ao ano. "Essas operações foram importantes porque permitiram que a empresa não ficasse sujeita à variação brusca do dólar", disse.
Até o dia 30 deste mês, a empresa deve ter a confirmação de uma outra capitalização importante. É quando vence o prazo para o último aporte da Petrobras Biocombustível na companhia, no valor de R$ 250 milhões. A operação faz parte de um contrato firmado em 2010 entre a Petrobras e a controladora da Guarani, a Tereos, por meio do qual a estatal se comprometeu a investir R$ 1,6 bilhão para atingir 45,7% do capital da Guarani.
A sucroalcooleira, que faturou R$ 2,4 bilhões em 2014/15, detém sete usinas de cana em São Paulo, que em 2015/16 deverão processar 20 milhões de toneladas.