A Iata, Associação Internacional do Transporte Aéreo, se diz “otimista” sobre uma nova regulação para o transporte aéreo no Brasil, a ser divulgada na semana que vem pelo governo e que pode ter impacto sobre os direitos dos passageiros.
''Estamos esperando padrões e procedimentos inteligentes (no Brasil)'', disse o vicepresidente regional da Iata, Pedro Cerdá. Ele notou que as companhias aéreas no país demonstram boa expectativa sobre um pacote ''inteligente'', previsto para o dia 14.
Cerdá notou que a regulação sobre direitos dos passageiros na América Latina está “cortando as asas” do setor aéreo na região e aponta o Brasil, maior e mais influente mercado, como também o mais caro para operar.
Conforme o executivo da Iata, o Brasil tem uma regulamentação totalmente diferente do resto do mundo sobre bagagem, mais burocrática, por exemplo. Diz que, no país, as companhias não podem cobrar pela primeira mala.
Segundo ele, os direitos de passageiros causam enormes queixas contra as empresas. Exemplifica que uma grande companhia da América do Norte, com voos para todos os cantos do mundo, recebeu 760 queixas globalmente, das quais 50 somente no Brasil em seis meses.
O executivo reclama igualmente de multas que a regulamentação atual aplica sobre as companhias no caso de voos atrasados, mesmo quando o problema não é causado por elas, e sim pelo tempo, por exemplo.
Para Cerdá, o governo brasileiro tem as melhores intenções. A Iata também quer garantir direitos do consumidor, ''mas, quando o governo penaliza a indústria (aérea), é mais pela boa publicidade e torna tudo mais complicado''.
Observou que a Iata, com presença em Brasília, se engaja em ''educar o governo e o Congresso sobre boas práticas'' no setor globalmente. ''O que estamos dizendo é de não reinventar o que já foi inventado'', acrescentou, citando o Panamá.
A Iata reclama também que o Brasil, apesar de produtor de petróleo, tem um dos preços mais elevados do combustível para o setor de aviação, representando um terço dos custos operacionais.
A entidade projeta que a demanda de passageiros no país pode quase dobrar dentro de 20 anos, de 97,8 milhões hoje para 167 milhões, desde que o governo implemente as boas condições, incluindo na área de infraestrutura.
Para a Iata, o Brasil passa pela ''tempestade perfeita”. “Com a crise política e econômica, a demanda desandou. A capacidade doméstica no transporte aéreo caiu 12% e os voos internacionais, 4%. Os custos operacionais aumentaram 25% em 2015 comprado a 2014, enquanto o faturamento só aumentou 3,7%. Segundo Cerdá, praticamente todas as companhias internacionais reduziram seus voos no país”.
A projeção é que as companhias aéreas da América Latina deverão ter lucro líquido de US$ 200 milhões em 2017, em queda quando comparado aos US$ 300 milhões projetados para este ano.
O resultado deste ano, em todo caso, é bem positivo quando se leva em conta que as empresas aéreas da região registraram prejuízo líquido de US$ 1,7 bilhão em 2015.
Peter Cerdá nota que a América Latina, apesar de ter grandes grupos, continua atrás em lucratividade em comparação com seus concorrentes. Exemplificou que a diferença é extrema com a América do Norte. As companhias dessa região têm lucro líquido de US$ 18,12 por passageiro, enquanto na América Latina é de apenas US$ 2,27 na média.
Ele considera que, com exceção do Panamá e do Chile, os países latinoamericanos não criaram condições para o transporte aéreo progredir. Sobre a segurança no transporte aéreo, conclamou os governos a acelerarem e reforçarem essa área. Acha que já ocorreram importantes avanços e o objetivo é reduzir em 50% os riscos de fatalidades até 2020 comparado a 2010.
Conforme a Iata, as companhias da América Latina, e em parte da Asia e Pacífico, têm o mais alto nível de dívida, deixandoas vulneráveis a choques financeiros com alta das taxas de juros.
A Iata, Associação Internacional do Transporte Aéreo, se diz “otimista” sobre uma nova regulação para o transporte aéreo no Brasil, a ser divulgada na semana que vem pelo governo e que pode ter impacto sobre os direitos dos passageiros.
''Estamos esperando padrões e procedimentos inteligentes (no Brasil)'', disse o vicepresidente regional da Iata, Pedro Cerdá. Ele notou que as companhias aéreas no país demonstram boa expectativa sobre um pacote ''inteligente'', previsto para o dia 14.
Cerdá notou que a regulação sobre direitos dos passageiros na América Latina está “cortando as asas” do setor aéreo na região e aponta o Brasil, maior e mais influente mercado, como também o mais caro para operar.
Conforme o executivo da Iata, o Brasil tem uma regulamentação totalmente diferente do resto do mundo sobre bagagem, mais burocrática, por exemplo. Diz que, no país, as companhias não podem cobrar pela primeira mala.
Segundo ele, os direitos de passageiros causam enormes queixas contra as empresas. Exemplifica que uma grande companhia da América do Norte, com voos para todos os cantos do mundo, recebeu 760 queixas globalmente, das quais 50 somente no Brasil em seis meses.
O executivo reclama igualmente de multas que a regulamentação atual aplica sobre as companhias no caso de voos atrasados, mesmo quando o problema não é causado por elas, e sim pelo tempo, por exemplo.
Para Cerdá, o governo brasileiro tem as melhores intenções. A Iata também quer garantir direitos do consumidor, ''mas, quando o governo penaliza a indústria (aérea), é mais pela boa publicidade e torna tudo mais complicado''.
Observou que a Iata, com presença em Brasília, se engaja em ''educar o governo e o Congresso sobre boas práticas'' no setor globalmente. ''O que estamos dizendo é de não reinventar o que já foi inventado'', acrescentou, citando o Panamá.
A Iata reclama também que o Brasil, apesar de produtor de petróleo, tem um dos preços mais elevados do combustível para o setor de aviação, representando um terço dos custos operacionais.
A entidade projeta que a demanda de passageiros no país pode quase dobrar dentro de 20 anos, de 97,8 milhões hoje para 167 milhões, desde que o governo implemente as boas condições, incluindo na área de infraestrutura.
Para a Iata, o Brasil passa pela ''tempestade perfeita”. “Com a crise política e econômica, a demanda desandou. A capacidade doméstica no transporte aéreo caiu 12% e os voos internacionais, 4%. Os custos operacionais aumentaram 25% em 2015 comprado a 2014, enquanto o faturamento só aumentou 3,7%. Segundo Cerdá, praticamente todas as companhias internacionais reduziram seus voos no país”.
A projeção é que as companhias aéreas da América Latina deverão ter lucro líquido de US$ 200 milhões em 2017, em queda quando comparado aos US$ 300 milhões projetados para este ano.
O resultado deste ano, em todo caso, é bem positivo quando se leva em conta que as empresas aéreas da região registraram prejuízo líquido de US$ 1,7 bilhão em 2015.
Peter Cerdá nota que a América Latina, apesar de ter grandes grupos, continua atrás em lucratividade em comparação com seus concorrentes. Exemplificou que a diferença é extrema com a América do Norte. As companhias dessa região têm lucro líquido de US$ 18,12 por passageiro, enquanto na América Latina é de apenas US$ 2,27 na média.
Ele considera que, com exceção do Panamá e do Chile, os países latinoamericanos não criaram condições para o transporte aéreo progredir. Sobre a segurança no transporte aéreo, conclamou os governos a acelerarem e reforçarem essa área. Acha que já ocorreram importantes avanços e o objetivo é reduzir em 50% os riscos de fatalidades até 2020 comparado a 2010.
Conforme a Iata, as companhias da América Latina, e em parte da Asia e Pacífico, têm o mais alto nível de dívida, deixandoas vulneráveis a choques financeiros com alta das taxas de juros.